segunda-feira, 6 de junho de 2016

Indisciplina tem a omissão e conivência da arbitragem




Dias antes do início do Campeonato Brasileiro deste ano, a CBF anunciou que a arbitragem iria ter uma novidade: o uso de um software de análise de desempenho dos árbitros. A plataforma, desenvolvida pela Sportstec, serviria como ferramenta educativa e de apoio para o trabalho desenvolvido pelos árbitros.

A cada partida, um analista de desempenho ficaria responsável por registrar todos os lances que considerasse importante - ou que sejam alvo de polêmica -  como faltas, pênaltis e/ou lances que possam ser de caráter educativo para o futuro. Os registros ficariam em uma nuvem para que, posteriormente, o árbitro recebesse o feedback sobre sua atuação. O objetivo visava utilizar os registros para orientar os árbitros e aumentar a qualidade do trabalho desenvolvido. Além disso, o material obtido pela tecnologia seria empregado nos cursos de formações realizados pela CBF.

“Vamos conseguir revolucionar a arbitragem através desse processo de retroalimentação dos árbitros nas partidas – disse Alício Pena Junior”, diretor-presidente da Escola Nacional de Árbitros de Futebol (ENAF). O texto acima está no site da CBF, do último dia 4 de maio do ano em curso.

Ultimada a 6ª rodada do Brasileirão, ficou explicito que alguns árbitros e assistentes não estão nem aí para o software. Há um grupo que vem agindo em total descompasso com as REGRAS DE FUTEBOL, e as diretrizes da CA/CBF. 

O trabalho em equipe, ferramenta primordial para o sucesso dos homens de preto no campo de jogo, vem sendo desprezado por algumas equipes de arbitragem. O caso mais recente foi no domingo (5/6), Flamengo/RJ 1 x 2 Palmeiras. Quem observou atentamente, viu o desprezo com que o árbitro Dewson Freitas (FIFA/PA), tratou uma intervenção do seu auxiliar, que, vislumbrou a infração que aconteceu e o indigitado apito reiniciou a partida com bola ao chão.

A campanha do respeito pelo que se viu nas sete rodadas iniciais do Campeonato Brasileiro foi para o “BELELÉU”. A sequência das desaprovações das determinações da arbitragem pelos atletas no transcorrer, nos intervalos e nos finais dos jogos [atletas, técnicos e preparadores físicos – apontando o dedo em riste e fazendo gestos na direção do quarteto de arbitragem] - prática que se considerava extinta no futebol pentacampeão, voltou, e voltou com força total. 

Os técnicos estão deitando e rolando em cima da arbitragem com gestos, reclamações verbais e em algumas situações grosseiras e impublicáveis na área técnica - já os atletas que ficam alocados no banco de reservas, é comum vê-los invadindo a área técnica e se insurgirem contra as sinalizações do árbitro. As cenas aqui mencionadas estão sendo exibidas diariamente pela TV. E o áudio captado pelos microfones instalados em locais estratégicos ao redor do retângulo verde da mesma televisão. Há orientação para permitir a indisciplina que estamos vivenciando a cada rodada?

PS: Cadê o quarto árbitro, cadê o software, cadê os assessores, cadê os delegados e os inspetores de arbitragem? Quantos mil reais estão sendo disponibilizados com toda esta parafernália a cada rodada, para monitorar as ações da arbitragem, cujos resultados com raras exceções são pífios até aqui?


PS (2): Matéria da REVISTA ÉPOCA desta semana, escancara as péssimas administrações dos principais clubes do futebol brasileiro e o montante da dívida estratosférica acumulada, bem como a tentativa dos cartolas de escamotear a verdade do torcedor e das autoridades financeiras do Brasil. Para ler a matéria completa clique em cima do link: http://epoca.globo.com/vida/esporte/noticia/2016/06/o-endividamento-da-primeira-divisao-sobe-para-r-48-bi-impostos-omitidos-pesam.html

Nenhum comentário:

Postar um comentário