terça-feira, 7 de junho de 2016

O futebol brasileiro já era?



Os últimos acontecimentos envolvendo a cartolagem do futebol brasileiro, deveriam servir de alerta de que as coisas não estão como antes e é necessário uma transformação total nos usos e costumes, ou então, o outrora melhor futebol do mundo irá a bancarrota.

Com um cenário moral sob suspeita a partir da CBF e com os principais clubes mergulhados numa crise financeira sem precedentes – basta ler a matéria elaborada e confeccionada pelo jornalista Rodrigo Capelo, da REVISTA ÉPOCA, desta semana, desnuda a realidade financeira dos clubes do futebol brasileiro.

Clique em cima do link a seguir e observe a situação financeira de penúria das grandes equipes. [http://epoca.globo.com/vida/esporte/noticia/2016/06/o-endividamento-da-primeira-divisao-sobe-para-r-48-bi-impostos-omitidos-pesam.html] - crise que solapa os principais clubes do nosso futebol, mas a cartolagem “dá de ombros” para os problemas e continua de nariz empinado como se nada estivesse acontecendo.

A debacle do futebol no país não é de agora – mas ganhou contornos estratosféricos, meses antes da Copa do Mundo no Brasil - quando Ricardo Teixeira renunciou o comando da CBF por  problemas com a Justiça. Assumiu a direção da entidade seu vice, José Maria Marin, o timoneiro do maior “fiasco” do nosso futebol, quando o Brasil foi goleado no Mundial, pelo placar de 7 x 1 pela Alemanha.

Há um ano num Congresso da FIFA na Suíça, Marin foi preso e logo a seguir extraditado para os EUA, onde cumpre prisão domiciliar – quem o sucedeu na CBF, foi Marco Polo Del Nero que é investigado pela FIFA, pelo FBI dos EUA e é alvo de uma CPI no Senado Federal em Brasília.

Ressalte-se que Ricardo Teixeira comandou o outrora melhor futebol do planeta por quase três décadas. Seu sucessor, José Maria Marin fazia parte da sua diretoria e o atual Marco Polo Del Nero idem. Aqui temos um exemplo característico do que é o continuísmo e seus efeitos deletérios se mostram similares ao câncer em estágio de metástase.

Nas (26) federações de futebol, no Distrito Federal, nos clubes, nas associações e sindicatos de árbitros, o quadro se repete, ou seja, quem está no poder pensa e trabalha diuturnamente em ficar “ad aeternum”. E de lá só saem por doença grave, por morte, por decisão judicial ou então quando são presos. Não há renovação e quando surge alguém com ideias e/ou projetos de notório alcance para mudar para melhor o futebol brasileiro, este alguém é escanteado.

Nossos técnicos que saíram do Brasil nos últimos anos e foram laborar no exterior nos grandes centros e até mesmo em locais incipientes como a China, por não atingirem os objetivos planejados por seus clubes, ganharam “bilhete azul” - esta semana na China, foram dispensados Vanderlei Luxemburgo e Mano Menezes.

Ah, ia esquecendo!, tem a arbitragem. Os homens de preto apesar do cenário de incerteza e das constantes críticas que sofrem dos dirigentes, dos atletas e da imprensa vem se equilibrando há um bom tempo tal qual um “bêbado” quando está atravessando uma “pinguela”. Sem investimentos na formação a partir das escolas e das federações de futebol e requalificação até mesmo da CBF, lutam diariamente por uma escala e uma viagem de avião como se fossem náufragos em alto mar.

Diante do enunciado acima, pergunto: O FUTEBOL BRASILEIRO JÁ ERA?

PS: Viktor Kassai (FIFA/Hungria), foi o árbitro designado pelo Comitê de Arbitragem da UEFA, para dirigir a partida de abertura da EUROCOPA/2016, entre França x Romênia que será realizada na França, a partir desta sexta (10).

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