terça-feira, 26 de julho de 2016

“Todos contra a arbitragem”

A rodada do final de semana que passou teve alguns equívocos de arbitragem a exemplo de toda competição de futebol, que tenha a magnitude do Campeonato Brasileiro da Série (A). São dez jogos -  vinte equipes, que estão niveladas tecnicamente num patamar baixíssimo, como nunca se viu desde a primeira edição do Brasileirão em 1971, quando o Atlético/MG abocanhou o título. Para quem gosta do futebol arte, está difícil assistir uma partida na sua plenitude.

Acoplado ao exposto, as (20) esquadras que disputam a Série (A) do Brasileiro, conforme matéria de autoria do jornalista Rodrigo Capelo, publicada no último mês de junho pela [REVISTA ÉPOCA], após o pente-fino do Profut, a lei federal que permitiu renegociar e parcelar impostos não pagos pelos clubes, revela um rombo de R$ 4,8 bilhões (Quatro bilhões e oitocentos milhões de reais), montante infinitamente superior ao informado pelos seus dirigentes nos balanços até 2014.

 
Atolados em dívidas estratosféricas, sobretudo, em função das péssimas gestões, tornou-se prática recorrente ouvirmos ou lermos na mídia, que várias equipes da Série (A) estão com salários atrasados em concomitância com o direito de arena e luvas com os artistas do espetáculo, os atletas.

A beira do abismo e sem um projeto que equilibre o déficit financeiro que cresce estratosfericamente mês à mês, herança de seus antecessores e mantida pelos atuais dirigentes, e, no desespero de manter as despesas vigentes, a solução encontrada pela cartolagem que maneja o futebol pentacampeão, é a venda para o exterior a cada janela, a preço de “banana”, das jovens promessas que nascem todos os dias nos diferentes campos de futebol da várzea brasileira.

Desesperados em impedir que a verdade da debacle financeira que assola seus clubes e o mau futebol exibido por alguns cabeças-de-bagre no campo de jogo, chegue ao conhecimento do torcedor na sua essência, dirigentes, técnicos, atletas e até um pequeno segmento da mídia esportiva brasileira, travam semanalmente, uma batalha no intuito de debitar na conta da arbitragem, a má-gestão dos cartolas a principal causa da crise econômica que afeta o futebol brasileiro.

O árbitro é humano e é suscetível a erros. Mas os equívocos que comete na condução de um confronto de futebol, não chegam a uma milionésima fração das más gestões da cartolagem que gere o nosso futebol.

PS: O chute desferido pelo meia Maycon da Ponte Preta, aos 34’ da etapa inicial, contra a meta do Internacional no domingo (24/7), que ultrapassou a linha do gol na sua totalidade é impossível de ser captado pelo olho humano. Ali, somente Harvey Lee Yeary (Lee Majors), da série o homem de seis milhões de dólares, poderia enxergar o que o árbitro Leonardo Cavaleiro e o assistente não enxergaram.

PS (2): Já o lance em que o atacante Dodô do Figueirense, tentou driblar o arqueiro Cássio do Corinthians e foi derrubado na entrada da área penal, aconteceu um equívoco do jovem árbitro promissor, Marielson Alves Silva, que deverá ser orientado de que o cartão aplicado (amarelo), está em descompasso com a regra – o correto seria o cartão vermelho. Por quê? Porque o goleiro corintiano vai exclusivamente na direção da perna do atacante catarinense e lhe desfere violento pontapé, quando Dodô tinha uma oportunidade clarividente de gol. Conduta violenta, cartão vermelho.

PS (3): Me questionam os motivos de o futebol do Paraná não ter um número maior de árbitros (apitos), escalados pela CA/CBF na Série (A) do Campeonato Brasileiro. A resposta é simples e objetiva: Porque o modelo de gestão empregado por Afonso Vitor de Oliveira, há dez anos no comando do setor da arbitragem da Federação Paranaense de Futebol, deve estar em descompasso com o exigido pela CA/CBF. Pois do contrário, a entidade escalaria os demais apitos na Série (A) do Brasileiro. Perdeu-se uma década na arbitragem paranaense que dificilmente será recuperada em curto ou médio prazo. Esta é a verdade, o resto é trololó!   

Nenhum comentário:

Postar um comentário