A
rodada do final de semana que passou teve alguns equívocos de arbitragem a
exemplo de toda competição de futebol, que tenha a magnitude do Campeonato
Brasileiro da Série (A). São dez jogos -
vinte equipes, que estão niveladas tecnicamente num patamar baixíssimo,
como nunca se viu desde a primeira edição do Brasileirão em 1971, quando o
Atlético/MG abocanhou o título. Para quem gosta do futebol arte, está difícil
assistir uma partida na sua plenitude.
Acoplado ao exposto, as (20) esquadras que disputam a Série (A) do Brasileiro, conforme matéria de autoria do jornalista Rodrigo Capelo, publicada no último mês de junho pela [REVISTA ÉPOCA], após o pente-fino do Profut, a lei federal que permitiu renegociar e parcelar impostos não pagos pelos clubes, revela um rombo de R$ 4,8 bilhões (Quatro bilhões e oitocentos milhões de reais), montante infinitamente superior ao informado pelos seus dirigentes nos balanços até 2014.
Atolados
em dívidas estratosféricas, sobretudo, em função das péssimas gestões,
tornou-se prática recorrente ouvirmos ou lermos na mídia, que várias equipes da
Série (A) estão com salários atrasados em concomitância com o direito de arena
e luvas com os artistas do espetáculo, os atletas.
A beira
do abismo e sem um projeto que equilibre o déficit financeiro que cresce estratosfericamente
mês à mês, herança de seus antecessores e mantida pelos atuais dirigentes, e,
no desespero de manter as despesas vigentes, a solução encontrada pela
cartolagem que maneja o futebol pentacampeão, é a venda para o exterior a cada
janela, a preço de “banana”, das jovens promessas que nascem todos os dias nos
diferentes campos de futebol da várzea brasileira.
Desesperados
em impedir que a verdade da debacle financeira que assola seus clubes e o mau
futebol exibido por alguns cabeças-de-bagre no campo de jogo, chegue ao
conhecimento do torcedor na sua essência, dirigentes, técnicos, atletas e até
um pequeno segmento da mídia esportiva brasileira, travam semanalmente, uma
batalha no intuito de debitar na conta da arbitragem, a má-gestão dos cartolas
a principal causa da crise econômica que afeta o futebol brasileiro.
O
árbitro é humano e é suscetível a erros. Mas os equívocos que comete na
condução de um confronto de futebol, não chegam a uma milionésima fração das
más gestões da cartolagem que gere o nosso futebol.
PS: O chute desferido pelo meia Maycon da Ponte
Preta, aos 34’ da etapa inicial, contra a meta do Internacional no domingo (24/7), que ultrapassou a linha do gol na sua
totalidade é impossível de ser captado
pelo olho humano. Ali, somente Harvey Lee Yeary (Lee Majors), da série o homem
de seis milhões de dólares, poderia enxergar o que o árbitro Leonardo Cavaleiro
e o assistente não enxergaram.
PS (2): Já o lance em que o atacante Dodô do Figueirense, tentou driblar o arqueiro Cássio
do Corinthians e foi derrubado na entrada da área penal, aconteceu um equívoco
do jovem árbitro promissor, Marielson Alves Silva, que deverá ser orientado de
que o cartão aplicado (amarelo), está em descompasso com a regra – o correto
seria o cartão vermelho. Por quê? Porque o goleiro corintiano vai exclusivamente
na direção da perna do atacante catarinense e lhe desfere violento pontapé,
quando Dodô tinha uma oportunidade clarividente de gol. Conduta violenta,
cartão vermelho.
PS (3): Me questionam os motivos de o futebol do
Paraná não ter um número maior de árbitros (apitos), escalados pela CA/CBF na
Série (A) do Campeonato Brasileiro. A resposta é simples e objetiva: Porque o
modelo de gestão empregado por Afonso Vitor de Oliveira, há dez anos no comando
do setor da arbitragem da Federação Paranaense de Futebol, deve estar em
descompasso com o exigido pela CA/CBF. Pois do contrário, a entidade escalaria
os demais apitos na Série (A) do Brasileiro. Perdeu-se uma década na arbitragem paranaense que dificilmente será recuperada em curto ou médio prazo. Esta é a verdade, o resto é trololó!
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