terça-feira, 30 de agosto de 2016

Um bom sindicalista de arbitragem tem que saber o bê-á-bá

Em função das constantes críticas que faço aqui neste espaço, contrárias ao modus operandi dos sindicalistas que gravitam em defesa da confraria do apito brasileiro nas associações e sindicatos de todo o país, sou questionado a elencar quais são as qualidades imprescindíveis a um bom sindicalista. Penso que se o candidato a presidir uma associação e/ou sindicato não for detentor dos requisitos a seguir, não deve em hipótese alguma ser sindicalista – e, por conseguinte, a categoria que aceitar alguém sem as condições aqui estabelecidas para guia-la, está ralada. Elenquei dez itens de um bom sindicalista – acompanhe a seguir


1)   A principal qualidade é ter o perfil para labutar na área sindical e ética em todas as ações que vier a desenvolver.
2)   Escolher uma equipe de parceiros para compor sua diretoria, que estejam 100% comprometidos com a sua linha de ação e as aspirações da categoria.
3)   Um bom sindicalista não aceita em hipótese alguma como presidente e nem seus diretores, prebendas e/ou sinecuras, cargos nas federações de futebol e na CBF. Porque a partir do momento que aceitar, está quebrada a ética e os 100% de comprometimento foi para o “beleléu”.
4)   Um bom sindicalista não anuncia como conquista da arbitragem brasileira, reposição da inflação na taxa de arbitragem e/ou aumento (a não ser que seja algo substancioso). Até porque, a Constituição brasileira prevê este tipo de repasse e, portanto, este tipo de propaganda é enganosa.
5)   É condição sine qua non de um bom sindicalista de arbitragem, não ser conivente e omisso em relação as propagandas que estão alocadas na vestimenta da arbitragem. Já que é sabido com raras exceções, que neste tipo de publicidade rola muito dinheiro e os principais propagandistas, os árbitros, há muito tempo estão “chupando os dedos” no futebol pentacampeão em relação ao fato.
6)   Um bom sindicalista de arbitragem não convoca seus congêneres e não participa de assembleias, reuniões e congressos, que não agregam nada à categoria dos homens de preto. Sobretudo, quando é notório que esses eventos têm tido resultados pífios.
7)   Um bom sindicalista de arbitragem viabiliza meios para obtenção das cinco Certidões de Registro Sindical (Carta Sindical) aos sindicatos da categoria, com o intuito de criar a Federação Brasileira dos Árbitros de Futebol. Entidade reconhecida pela Constituição brasileira, pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), e irá proporcionar independência e condições jurídicas e institucionais, aos homens de preto de pleitear a profissionalização na sua plenitude, o direito de arena, o direito de imagem e outras conquistas que têm sido negadas à arbitragem.
8)   Um bom sindicalista tem que ter livre trânsito e conhecer os escaninhos do Congresso Nacional (Câmara dos Deputados e Senado Federal) – para quando reivindicar algum pleito à arbitragem, este pleito não bata na “trave”.
9)   E, o bom sindicalista de arbitragem, se não tiver trânsito desimpedido e não conhecer os labirintos do Congresso Nacional, porque é lá que são decididas as causas de interesse nacional dos árbitros e da sociedade brasileira, deve acercar-se de pessoas competentes. E não procurar deputado de primeiro mandato, que está aprendendo o bê-á-bá de Brasília.
10) Um bom sindicalista de arbitragem não trabalha para o sistema, ao não ser que seja “pelego” – trabalha 100% àqueles que o elegeram.  

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