Quando
anunciou a troca no comando da Comissão de árbitros, a CBF
trabalhou com dois cenários: a pressão que era exercida contra a
entidade por alguns cartolas, contrários a continuidade de Sérgio
Corrêa iria diminuir e, por extensão, a mudança provocaria uma
oxigenação no setor do apito da CBF em todos os níveis. Deu
“Chabu”.
Se
com Sérgio Corrêa, determinados erros de interpretação e
aplicação das Regras do Jogo eram toleráveis em determinadas
situações, após sua saída, a escalada de equívocos da confraria
dos homens de preto no Campeonato Brasileiro teve um aumento
descomunal - e a reprovação contra as decisões da confraria do
apito que labora nos torneios da instituição que comanda o futebol
pentacampeão, atinge níveis insuportáveis rodada após rodada.
Neste
universo de erros perpetrados pela arbitragem em todos os campeonatos
da CBF, principalmente na Série (A), tem surgido as mais absurdas
opiniões e/ou sugestões - e há até quem proponha soluções a
curto prazo, visando diminuir os equívocos nas tomadas de decisões
dos apitos do futebol brasileiro. As mais sugeridas são a
profissionalização do árbitro e a implantação da tecnologia.
Pergunto:
Por que a FIFA, a UEFA, a Bundesliga (Alemanha), a Real Federação
Espanhola de Futebol (Espanha), a Federação Italiana de Futebol
(Itália), as principais entidades de futebol do planeta, ainda não
profissionalizaram o árbitro de futebol?
A
resposta é simples: Porque há um conjunto de situações que
envolvem leis trabalhistas e/ou previdenciárias, e outros aspectos
em diferentes países e inúmeras restrições dos filiados da FIFA.
Portanto, a “galhofa” de que profissionalizando os homens de
preto, os erros teriam diminuição, não passa de uma “filigrana”.
A
outra sugestão que está em voga, sobretudo nas TVs, diz respeito ao
árbitro de vídeo (AV). O [IFAB] na 130º Reunião Geral Anual de
Trabalho, em março do ano em curso, autorizou em caráter
experimental testes com o (AV), como ferramenta auxiliar à
arbitragem nos lances que fujam do seu campo visual.
Na
ocasião, o IFAB explicitou que a experiência seria testada em
competições não oficiais dos seus filiados e dependendo dos
resultados, poderia ser submetida a um teste no Mundial de Clubes do
Japão em dezembro próximo. Os testes terão continuidade em 2017.
E, se comprovado 100% da sua eficácia, será implantado nos torneios
da FIFA a partir de 2018.
O
(AV), já foi testado com relativo sucesso na (KNVB – Holanda), na
(Major League Soccer – EUA), em Portugal e há trinta dias atrás
no amistoso Itália 1 x 3 França, na cidade de Bari (Itália). Há
expectativa de que nos próximos dias seja testado numa das
competições da CBF. O
(AV) é uma tecnologia sofisticada, e sua implementação dado o alto
custo econômico só será viável em competições de primeira linha
do futebol mundial.
Diante
do que se leu neste articulado, não há saída a curto e médio
prazo à CBF no que concerne a arbitragem na reta final do
Brasileirão. A sugestão que deixo é inserir os (10) apitos e
bandeiras da FIFA e os Asp/FIFA, que, possuem condições de
desenvolver seu mister nas partidas finais do seu melhor campeonato.
PS:
No Atlético/PR 2 x 0 Coritiba/PR, o ex-atleta e atual comentarista
Sicupira, o maior jogador de todos os tempos do rubro-negro da Arena
Baixada, quando chamado a intervir sobre as tomadas de decisões do
árbitro Bruno Arleu de Araujo (foto) e seus assistentes, que tiveram
ótima atuação, explicitou equilíbrio e conhecimento no que tange
as Regras de Futebol. Aliás, Sicupira, Guilherme de Paula e Remi Tissot, formam a
última trempe de comentaristas do rádio esportivo de Curitiba, que,
ainda conseguem emitir opiniões em conformidade com o que veem
durante uma partida.
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