Na
quarta-feira (23/11), os senadores Romário (RJ) e Randolfe Rodrigues (AP),
exibiram um relatório a parte da CPI do futebol, em que sugerem que os árbitros
que laboram no futebol pentacampeão sejam independentes da CBF e, por
consequência, das federações de futebol.
Ambos
os parlamentares afirmam no documento que, da forma como é gerida a arbitragem
no Brasil, a confraria do apito está, dada a sua dependência às entidades
mencionadas, vulnerável as pressões dos cartolas que comandam as instituições
em tela.
Os
indigitados senadores realçam ainda, que a persistir a situação vigente, em
alguns casos pode comprometer a lisura das tomadas de decisões da confraria do
apito, e colocar em “xeque” o resultado dos jogos.
Por
ser reconhecidamente o país do futebol, a independência da arbitragem deveria
ser regra no Brasil - sobretudo, porque o futebol é um dos elementos
catalisadores dos sentimentos da maior importância da vida nacional.
Infelizmente,
em função de uma cultura arcaica encalacrada na mente dos cartolas que buscam
atingir os fins a qualquer custo independente dos meios utilizados, e, da ausência
de políticas públicas nas áreas de saúde, segurança, saneamento, trabalho,
emprego e, sobretudo, educação
à população – com raríssimas exceções, todos enxergam o árbitro como inimigo número (um) do esporte das
multidões.
Mudar
o conceito no que concerne ao árbitro perante os diferentes setores que atuam
no futebol no Brasil, e vê-lo tomar decisões próximas da uniformidade das REGRAS
DO JOGO, requer vontade política, mudança de comportamento e a adoção de parte
das políticas públicas acima nominadas – acoplada a uma transformação na
filosofia dos usos e costumes de toda a classe dirigente do nosso futebol, Tribunais
de Justiça Desportiva, atletas, técnicos, imprensa, torcedor, sindicatos de
arbitragem e, principalmente, do guardião das REGRAS DO JOGO, o árbitro.
PS:
Pois do contrário, a proposição dos senadores Romario Farias e Randolfe
Rodrigues vai ficar apenas no papel.
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