Crédito: FIFA.com
Implementada
nos anos 80 pelo professor Rogério Caetano na Federação Paulista de Futebol, a
pré-temporada para árbitros que em média tinha uma semana de duração, diminuiu
após trinta e sete anos o tempo e o conteúdo.
Inserida
paulatinamente em várias federações de futebol, a pré-temporada teve seu tempo
de duração suprimido de uma semana para dois ou no máximo três dias – o que
significa perda de conteúdo e da qualidade do ensino ministrado pelos instrutores,
dada a exiguidade do tempo. Daí o motivo de questionarmos na coluna anterior: PRÉ-TEMPORADA OU ARREMEDO?
A
impressão que se tem ao ver a programação da pré-temporada nos sites das
associações de árbitros e das federações de futebol, é de que a arbitragem do
país cinco vezes campeão mundial de futebol, estacionou no século 19 em termos
de formação, preparação e requalificação da confraria do apito brasileiro,
embora estejamos no século 21.
Nestes
trinta e sete anos, o futebol pentacampeão teve vários segmentos que conseguiram avanços
significativos: A CBF, os cartolas das federações e dos clubes, atletas,
preparadores físicos, massagistas, fisioterapeutas, nutricionistas,
ortopedistas, a medicina das equipes foi
entregue a profissionais de alto nível, os técnicos foram reconhecidos e sua
atividade regulamentada como profissional, e a pré-temporada dos jogadores dura
em média duas semanas.
Enquanto
a plêiade acima nominada planejou suas ações e cresceu cada uma dentro da sua
área, conquistando melhores condições de trabalho, incremento salarial, direito
de arena, direito de imagem, registro em carteira profissional e os benefícios
da (CLT), a arbitragem entrou em processo de DECADÊNCIA acentuada - e pelo andar da carruagem a
situação vai perdurar por muito tempo.
O
arremedo das pré-temporadas à arbitragem que estão sendo realizadas pelo país
afora, neste início de 2017, abre um leque de desconfiança estratosférica sobre
a qualidade e credibilidade das tomadas de decisões da confraria do apito - a
partir do momento que a bola rolar nos campeonatos regionais, Primeira Liga,
Copa do Brasil e a seguir o Campeonato Brasileiro.
Ou
a arbitragem acorda do estado de letargia e sai do século 19 e entra definitivamente
no século 21, ou então, vai continuar sendo manuseada como mercadoria de troca
pelo status quo que gerencia o nosso futebol. E, por conseguinte, ocupando a
última poltrona do milionário negócio que é o futebol brasileiro, onde todos
ganham muito e a arbitragem uma “merreca”.
Ad argumentandum tantum: Se
almejam dias melhores e conquistas relevantes à categoria, ou seja, sair do
século 19 e entrar de uma vez por todas no século 21, os homens de preto do
futebol pentacampeão não podem mais ter como representante as associações. O
caminho é criar incontinenti novos sindicatos que se somarão aos quatro
sindicatos detentores da CARTA
SINDICAL, que são o CEARÁ,
PARANÁ, RIO G. do SUL
e SÃO PAULO. O próximo
passo é a fundação da FEDERAÇÃO
BRASILEIRA DOS ÁRBITROS DE FUTEBOL - entidade de segundo grau, com
assento garantido no ministério do Trabalho e Emprego e reconhecida e
regulamentada pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
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