segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

ASSOCIAÇÕES E SINDICATOS TAMBÉM TÊM CULPA NO CARTÓRIO

O trovejar de vozes descontentes com a divulgação da nova lista de árbitros e assistentes da FIFA, no que concerne ao futebol brasileiro continua. Agora, quem resolveu por as "mangas de fora", contra os  árbitros e assistentes que sairam e os que entraram, foram as associações e sindicatos de árbitros com protestos - e, em alguns casos, se dizem surpresos com as mudanças ocorridas na indigitada lista.
Este grupo da Anaf, composto na maioria esmagadora por dirigentes de associações de árbitros, não conseguiu lograr êxito nos pleitos realizados em benefício da arbitragem brasileira nos últimos dois anos. Foto: Apito Nacional.
 
Lembro, que apenas quatro SINDICATOS DE ÁRBITROS DE FUTEBOL no Brasil, são detentores da CERTIDÃO DE REGISTRO SINDICAL (CARTA SINDICAL). CEARÁ, PARANÁ, RIO G. DO SUL e SÃO PAULO. Os demais estados não podem se intitular sindicato, porque não possuem {A CARTA SINDICAL) - documento que dá a identidade sindical, conforme determinação expressa do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

Feito o preâmbulo acima, seria aceitável o Jus esperneandi das entidades de classe dos homens de preto, desde que, eles cumprissem com as suas obrigações em defesa da confraria do apito em âmbito regional e nacional.

Com raríssimas exceções, associações e sindicatos em troca do toma lá de cá (cargos, prebendas e sinecuras) - foram transformados em extensão das comissões de arbitragem das federações de futebol. E há casos em que o presidente ou dirigente da associação é árbitro em plena atividade. 

Querem exemplos: No Paraná, Adriano Milczvski é árbitro na ativa e, por conseguinte, preside a associação da categoria. Qual é a independência que possui Milczvski para reivindicar e defender 100% seus associados perante a Federação Paranaense de Futebol, se ele até o final de 2016 estava na ativa? Aliás, em chapa única, Milczvski, foi reeleito por mais dois anos no final do ano que passou.

Se o nominado apito ou qualquer outro árbitro na sua função, começar a questionar e/ou reivindicar pra valer a federação em defesa da sua classe, todos nós sabemos que é de praxe dar uma "gelada" em quem assim procede.

No Rio de Janeiro, o diretor de arbitragem Jorge Rabello até prova em contrário, há vários anos, acumula a direção da comissão de arbitragem concomitantemente com a associação dos árbitros. O Rio de Janeiro não possui a (CARTA SINDICAL).

Fico circunscrito a dois casos concretos. Mas não se iludam.  Há dezenas de situações similares aos aqui narrados nas federações de futebol. E, onde não há casos iguais, ocorre o continuísmo nas comissões de arbitragens e nas escolas de formação de árbitros, que  disseminou-se tal qual metástase. 

Portanto, com o cenário vigente em praticamente todo o território brasileiro, é difícil acreditar que o chororô das associações e sindicatos quanto a lista divulgada pela FIFA, é verdadeiro.
Na verdade, a trempe, federações, associações e sindicatos teem trabalho unidas para o empobrecimento qualitativo do homem de preto do futebol pentacampeão. 
  
PS: Caso persista o modus operandi acima das associações e sindicatos, a confraria do apito brasileiro vai continuar ocupando a último lugar da milionária locomotiva que gere o futebol brasileiro.

PERGUNTAR NÃO OFENDE: Qual é o projeto da Associação Nacional de Árbitros de Futebol (Anaf), associações e sindicatos para otimizar a arbitragem brasileira neste 2017?

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