sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

A CULPA É DAS FEDERAÇÕES DE FUTEBOL

O alarido que ecoa em todo o território brasileiro, contrários e pró aos árbitros e assistentes que foram sacados e/ou dos promovidos ao quadro internacional de árbitros da FIFA, retrata com precisão a falência do modelo vigente de formação das escolas de árbitros de todo o país.


E, por conseqüência, desmente inexoravelmente a farsa de que as Federações de Futebol, investem num dos setores mais importantes do futebol que é a arbitragem.

Na verdade, a formação de árbitros de futebol pelas federações e as respectivas escolas, há muito tempo deixou de primar pela qualidade, talento, dom, vocação do candidato ao mister de árbitro.

Acoplado ao exposto, a avalanche dos cursos de formação de arbitragem a cada temporada, foi transformada num “baita negócio” financeiro. Cobra-se do candidato a arbitro taxa de inscrição, mensalidades altíssimas do curso com duração de quatro a oito meses, mais taxa de formatura.

Todos ganham. As federações, algumas associações de árbitros para ficarem “caladas”, os membros das comissões de arbitragem das federações e ex-árbitros desempregados. Detalhe: a maioria dos instrutores de arbitragem das escolas de formação de árbitros, domina de maneira precária o português - que dirá ministrar um segundo idioma como determina a FIFA aos cursos de árbitros.

Querem um exemplo do exposto acima: Há dez anos Afonso Vitor de Oliveira é diretor da comissão de árbitros da Federação Paranaense de Futebol (FPF). Apesar da longevidade de Vitor de Oliveira no setor do apito, e dos vários cursos realizados nos últimos anos pela (FPF), nenhum árbitro (apito masculino) - promissor com estofo de atingir o quadro da FIFA, foi revelado pela entidade paranaense.

E, para que a mentira não suplante a verdade, informo que: “O árbitro Rodolpho Toski Marques, da Federação Paranaense de Futebol, promovido com JUSTIÇA ao quadro da FIFA no último dia 1º de janeiro, foi formado pela turma de 2004, do professor Nelson Orlando Lehmhkul”.

A situação vigente no futebol paranaense no que tange aos instrutores, a formação dos novos árbitros, na falta de orientação, acompanhamento e requalificação dos formandos e dos demais árbitros e assistentes, é similar em todo o Brasil. Todos ficaram circunscritos a obsoleta pré-temporada. Ponto.

PS: A persistir o status quo em tela na base de formação que são as federações de futebol, daqui para frente, formar árbitros e assistentes com dom, talento, vocação e  qualidade, será como encontrar uma agulha num palheiro.  

PS (2): Quais são os motivos que levam os presidentes dos quatro sindicatos de árbitros de futebol, detentores da CARTA SINDICAL (CE, PR, R.G do SUL e SP) - a se manterem taciturnos diante dos fatos aqui narrados, já que é de conhecimento de tudo e de todos que gravitam na arbitragem brasileira? Qual é a finalidade dos sindicatos?

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