quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

PROPOSTAS INADEQUADAS

  • No apagar das luzes do ano que passou, a Associação Nacional de Árbitros de Futebol (Anaf), divulgou no seu site matéria com o título: [ANAF apresenta à CBF (19) propostas de interesse da arbitragem]. Das proposições elencadas pela Anaf duas me chamaram a atenção: A de número (15) propõe que, a CBF destine um percentual do valor arrecadado dos patrocínios alocados nos uniformes da arbitragem – diz a Anaf que a entidade quer participar na formação e treinamento de novos valores (entenda-se árbitros) - mantendo-os em constante motivação para o crescimento da excelência do quadro da arbitragem nacional e nos estados filiados.
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  • A responsabilidade pela formação dos árbitros é das Federações de Futebol, e, se elas desejarem podem fazê-lo em parceria com as entidades sindicais dos seus estados, diz a Lei Pelé – ressalto que os valores financeiros cobrados a partir da taxa de inscrição do candidato e durante o curso, acrescido com o montante da formatura eleva a situação às alturas. Se há dúvidas pesquisem como este colunista pesquisou.

  • Aliás, a cada temporada são cursos em cima de cursos em todas as federações - o argumento é que é necessário renovar a arbitragem. Porém, com raríssimas exceções, os resultados teem sido fraquíssimos. Cito um exemplo: A Federação Paranaense de Futebol tem realizado cursos de formação de árbitros todos os anos. No entanto, o último apito masculino com capilaridade para atingir o quadro da FIFA é da turma de 2004. De lá para cá ninguém mais chegou a lugar nenhum.

  • A proposta (15) da Anaf - no levantamento que fizemos em “Off”, foi reprovada na sua totalidade pela categoria dos homens que manejam os apitos e as bandeiras. Quem faz a propaganda na TV, na internet, nos periódicos e nas revistas são os árbitros. Portanto, me disseram os pesquisados: [Nada mais justo, que o percentual das publicidades seja distribuído pela CBF à arbitragem proporcional ao número de jogos de cada um.]
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  • Acrescente-se que a Anaf, associações e sindicatos já descontam de cada árbitro, de cada assistente e de cada quarto árbitro, 5% da taxa de arbitragem de todas as competições da CBF - dinheiro que é divido em 3% à Anaf e 2% às associações e/ou sindicatos. A pergunta que todos fizeram foi: “QUEREM MAIS DINHEIRO DA ARBITRAGEM PRA QUÊ”?

  • Cursos de formação já tem as federações de futebol. E, em âmbito nacional, me lembraram os árbitros, a CBF desde 2006 vem realizando seminários de excelência na Granja Comary, na sua sede e em diferentes regiões do Brasil. 

  • Além do exposto, em 2014 a CBF criou a Escola Nacional de Arbitragem de Futebol (Enaf), considerada modelo pela FIFA. Implementar mais cursos me disseram os entrevistados, não irá solucionar algumas deficiências do árbitro brasileiro. O que precisa é otimizar os já existentes.

  • A outra proposição da Anaf a de nº 18, também recebeu um não veemente da classe – a Anaf pede que a entidade possa indicar tal qual na Justiça Desportiva, prevista no CBJD, membros para integrar a estrutura da arbitragem na CBF.

  • Os pesquisados afirmaram peremptoriamente que a Anaf não deve se meter na CA/CBF. Tem que manter neutralidade absoluta para quando for reivindicar algo à categoria tenha independência. 

  • Na opinião dos entrevistados, a Anaf deve direcionar seus esforços nos pleitos de interesse da categoria como: criar o número de sindicatos necessários para, a imediata criação da Federação Brasileira dos Árbitros de Futebol. O direito de arena. O direito de imagem. A regulamentação da atividade do árbitro de futebol, não confundir com reconhecimento, e as verbas das logomarcas estampadas na vestimenta dos árbitros da RENAF e outras reivindicações. 

  • Nossa opinião (1) - A Anaf independente do regime ser presidencialista, que é comandada por Marco Antonio Martins (foto), deveria refletir sobre as verdadeiras aspirações da arbitragem brasileira. Porque até o momento, a exceção do reconhecimento da atividade do árbitro de futebol do Brasil como profissional em 2013, não confundir com regulamentação - não houve uma única conquista de relevância do grupo que compõe a atual Associação Nacional de Árbitros de Futebol, em benefício dos homens de preto. 

  • Nossa opinião (2) - A principal deficiência dos cursos de formação de árbitros, está localizada na ausência de investimento financeiro das federações de futebol, na escolha adequada das pessoas com perfil e com notório conhecimento sobre as REGRAS DO JOGO, e, no posterior, acompanhamento, orientação e requalificação da arbitragem. 

  • Nossa opinião (3) - A Anaf solicitar verba das publicidades exibidas no uniforme dos árbitros da RENAF, que há anos fazem propaganda de graça - e há muito tempo desejam obter pelo menos um naco das referidas publicidades,  diante do fracasso retumbante da Anaf nos pleitos em defesa da categoria, significa um descomunal desrespeito à classe dos apitadores. 

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