Marco Antonio Martins, presidente da Anaf
Caminhando
pela orla da praia central de Guaratuba (PR), na direção do Morro do Cristo,
encontro um deputado federal paranaense, com quem mantenho contato e durante 1h18
de caminhada, estabelecemos diferentes tipos de conversações sobre política,
economia, Lava Jato, eleição na Câmara dos Deputados e do Senado Federal - e,
por derradeiro, sobre o esporte, especificamente no que concerne a arbitragem
que era o que me interessava. Porque é em Brasília, que as questões de
interesse nacional como você lerá abaixo são discutidas e votadas.
Perguntei
ao parlamentar que conosco caminhava, se tinha conhecimento de alguma proposta e/ou
projeto ao árbitro de futebol brasileiro na Câmara ou no Senado da República, e
como estava a situação.
A
resposta foi incisiva: Neste momento não estou participando de nenhuma comissão
vinculada ao esporte - porém, lá fica-se sabendo de tudo – e, pelo andar da carruagem,
no que concerne aos árbitros de futebol, salvo se for recente, não tenho
conhecimento de nenhuma proposta ou de qualquer projeto.
Aliás,
me disse o deputado que comigo percorria a orla, que por ocasião da tentativa
de derrubar o veto da presidente da República Dilma Rousseff, quanto ao direito
de arena votou com os homens de preto.
Como
o deputado abriu o leque de conversações sobre o tema arbitragem, questionei-o
de como a confraria do apito poderia romper as barreiras em Brasília, para regulamentar
a atividade do árbitro e rever o processo do direito de arena, equacionar a
questão do direito de imagem e, se possível, sair do casulo de submissão da
CBF, das federações e dos clubes.
A
resposta foi Perfurocortante:
Em Brasília, [OS FRACOS NÃO TEM VEZ]. Em Brasília, quem quer ser ouvido ou colocar
em discussão qualquer proposta e/ou projeto, tem que ter lobista de alto nível e uma FEDERAÇÃO
e/ou CONFEDERAÇÃO.
Do contrário, “um abraço pro gaiteiro.”
Ao
final da caminhada, antes de cada um seguir o seu destino o deputado me
perguntou: A arbitragem tem uma FEDERAÇÃO ou CONFEDERAÇÃO?
Respondi que não e a resposta veio a galope de cavalo no prado. Então vai ser
muito difícil eles (os árbitros) conseguirem seus intentos (expressão do
deputado).
Diante
do que se extraiu do colóquio verbal em tela, todo e qualquer argumento da Associação
Nacional de Árbitros de Futebol (Anaf), e das associações de árbitros de futebol que dão suporte
à manutenção da (Anaf), em detrimento da criação da FEDERAÇÃO BRASILEIRA DOS ÁRBITROS DE FUTEBOL,
cai por terra de maneira inexorável.
Sobretudo, a recente decisão dos presidentes de sindicatos (somente quatro são detentores da Carta Sindical, CE, PR, RIO G. do SUL e SÃO PAULO) - as demais são associações de árbitros - presentes no 42º Congresso Brasileiro de Entidades e dos Árbitros de Futebol e Assembleia Geral Extraordinária e Ordinária em Brasília, quando decidiram se unir em torno da (Anaf), cuja gestão vai até 2018.
PS: A continuidade da Anaf, vai dificultar sobremaneira que a classe dos homens de preto alcancem seus objetivos – a tendência é a arbitragem continuar a marcar passo, ou seja, vai ficar onde está.
PS
(2): A partir do momento que a Anaf e o grupo de
sindicalistas "fracassados",
que lhe dá sustentação, realizarem algo de concreto em benefício
da arbitragem brasileira, faremos menção. Como também, nominaremos
o "imobilismo"
e os retumbantes "fracassos"
da Anaf e congêneres.
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