domingo, 5 de fevereiro de 2017

“EM BRASÍLIA OS FRACOS NÃO TÊM VEZ”

    Marco Antonio Martins, presidente da Anaf

Caminhando pela orla da praia central de Guaratuba (PR), na direção do Morro do Cristo, encontro um deputado federal paranaense, com quem mantenho contato e durante 1h18 de caminhada, estabelecemos diferentes tipos de conversações sobre política, economia, Lava Jato, eleição na Câmara dos Deputados e do Senado Federal - e, por derradeiro, sobre o esporte, especificamente no que concerne a arbitragem que era o que me interessava. Porque é em Brasília, que as questões de interesse nacional como você lerá abaixo são discutidas e votadas.

Perguntei ao parlamentar que conosco caminhava, se tinha conhecimento de alguma proposta e/ou projeto ao árbitro de futebol brasileiro na Câmara ou no Senado da República, e como estava a situação.

A resposta foi incisiva: Neste momento não estou participando de nenhuma comissão vinculada ao esporte - porém, lá fica-se sabendo de tudo – e, pelo andar da carruagem, no que concerne aos árbitros de futebol, salvo se for recente, não tenho conhecimento de nenhuma proposta ou de qualquer projeto.

Aliás, me disse o deputado que comigo percorria a orla, que por ocasião da tentativa de derrubar o veto da presidente da República Dilma Rousseff, quanto ao direito de arena votou com os homens de preto.

Como o deputado abriu o leque de conversações sobre o tema arbitragem, questionei-o de como a confraria do apito poderia romper as barreiras em Brasília, para regulamentar a atividade do árbitro e rever o processo do direito de arena, equacionar a questão do direito de imagem e, se possível, sair do casulo de submissão da CBF, das federações e dos clubes.

A resposta foi Perfurocortante:  Em Brasília, [OS FRACOS NÃO TEM VEZ]. Em Brasília, quem quer ser ouvido ou colocar em discussão qualquer proposta e/ou projeto, tem que ter lobista de alto nível e uma FEDERAÇÃO e/ou CONFEDERAÇÃO. Do contrário, “um abraço pro gaiteiro.”

Ao final da caminhada, antes de cada um seguir o seu destino o deputado me perguntou: A arbitragem tem uma FEDERAÇÃO ou CONFEDERAÇÃO? Respondi que não e a resposta veio a galope de cavalo no prado. Então vai ser muito difícil eles (os árbitros) conseguirem seus intentos (expressão do deputado).

Diante do que se extraiu do colóquio verbal em tela, todo e qualquer argumento da Associação Nacional de Árbitros de Futebol (Anaf), e das associações de árbitros de futebol que dão suporte à manutenção da (Anaf), em detrimento da criação da FEDERAÇÃO BRASILEIRA DOS ÁRBITROS DE FUTEBOL, cai por terra de maneira inexorável.

Sobretudo, a recente decisão dos presidentes de sindicatos (somente quatro são detentores da Carta Sindical, CE, PR, RIO G. do SUL e SÃO PAULO) - as demais são associações de árbitros - presentes no 42º Congresso Brasileiro de Entidades e dos Árbitros de Futebol e Assembleia Geral Extraordinária e Ordinária em Brasília, quando decidiram se unir em torno da (Anaf), cuja gestão vai até 2018.

PS: A continuidade da Anaf, vai dificultar sobremaneira que a classe dos homens de preto alcancem seus objetivos – a tendência é a arbitragem continuar a marcar passo, ou seja, vai ficar onde está.


PS (2): A partir do momento que a Anaf e o grupo de sindicalistas "fracassados", que lhe dá sustentação, realizarem algo de concreto em benefício da arbitragem brasileira, faremos menção. Como também, nominaremos o "imobilismo" e os retumbantes "fracassos" da Anaf e congêneres.



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