quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Sem treinamento árbitros adicionais irão falhar

                                                          Crédito: UEFA.com
 

Na Eurocopa de 2012, na partida Ucrânia x Inglaterra, disputada em junho daquele ano, o meia ucraniano Milevskiy foi lançado aos 15’ da segunda fase em posição irregular, e ato contínuo tocou para seu compatriota Devic e este tocou para o gol, a bola bateu no goleiro inglês Hart e a seguir ultrapassou a linha de meta na sua plenitude - incontinenti, o inglês Jhon Terry tocou na bola devolvendo ao campo de jogo (foto acima) - Pierluigi Collina, à época diretor de arbitragem da UEFA, ao ver o fato não teve dúvidas: tinha que implementar em caráter emergencial o treinamento aos ARBITROS ADICIONAIS.

Desde então, a UEFA inseriu nos dois seminários que realiza ao ano (no de inverno e de verão), à arbitragem dos (52) países filiados à entidade do Velho Continente, treinamento específico aos ÁRBITROS ADICIONAIS no simulador e na prática no campo de jogo.

Além do treinamento que é realizado no Centro de Treinamento de Excelência de Arbitragem (CORE), em Nyon (Suíça), cada ÁRBITRO ADICIONAL europeu, recebe uma cartilha onde está preceituado como e por quanto tempo deverá exercitar-se no retorno nesta atividade na sua associação, confederação ou federação de origem, acompanhado por instrutor de arbitragem de elite.
  
Esta é a diferença entre o ÁRBITRO ADICIONAL europeu (foto abaixo) e os ÁRBITROS ADICIONAIS brasileiros. Lá há treinamentos diários. No futebol brasileiro, tornou-se regra fazer um encontro de dois dias que é denominada de pré-temporada pelas federações de futebol, como neste início de 2017. E, posteriormente, nada acontece.

O episódio envolvendo o ÁRBITRO ADICIONAL, Leandro Newley Belota da Federação de Futebol do Rio de Janeiro, que não observou a bola sair pela linha de fundo, no lance que originou o segundo gol do Botafogo, contra a esquadra do Macaé, é a prova inconteste da falta de treinamento e orientação à quem vai desenvolver a função em tela.

PS: Na última pesquisa que realizamos perante o Cadastro Nacional de Entidades Sindicais, órgão vinculado ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), no mês de novembro que passou, a  respeito de quantos eram os sindicatos de árbitros de futebol detentores da CERTIDÃO DE REGISTRO SINDICAL (Carta Sindical) - a informação foi de que, apenas CEARÁ, PARANÁ, RIO G. do SUL e SÃO PAULO possuíam a nominada (Carta Sindical). O estado do Acre onde a Anaf irá realizar sua reunião de trabalho nos próximos dias não constava como sindicato e detentor da CERTIDÃO DE REGISTRO SINDICAL.

Perguntar não ofende: Diante do rotundo fracasso da plêiade de sindicalistas que representa a confraria do apito brasileiro, que não conseguiram nenhuma conquista expressiva à categoria - qual será a PAUTA da ANAF na aludida reunião?

Nenhum comentário:

Postar um comentário