Trocando informações com o confrade Marçal do site APITO NACIONAL, via WatsApp,
sobre o tema arbitragem há trinta dias atrás, veio a tona a nossa divergência
com a Associação Nacional de Árbitros de Futebol (ANAF).
No colóquio estabelecido com Marçal, discutimos vários assuntos
- e o derradeiro foi: Quais foram e/ou
são os motivos da querela deste colunista com o presidente da ANAF, Marco
Antonio Martins (foto). Disse que, nunca tive e não tinha nada de pessoal contra Martins,
ou outro dirigente da entidade que representa a confraria do apito
brasileiro.
Afirmei que nossas críticas sempre tiveram como escopo o melhor
à arbitragem do futebol pentacampeão. Foi quando Marçal me perguntou: “Bicudo,
você aceitaria conversar com o Marco Martins e resolvermos esta situação?”.
Incontinenti respondi que, independente de ideologia e filosofia, desde que a
conversa fosse de alto nível sobre as questões arguidas aqui neste espaço, sim.
Houve duas conversas e na terceira acertamos o encontro para a
sexta-feira (21/7), nas dependências do mais tradicional Restaurante de
Curitiba, o Madalosso, localizado no bairro nobre de Santa Felicidade.
Após o jantar, iniciamos nossos questionamentos com Martins sobre os diversos assuntos envolvendo
a arbitragem brasileira, que respondeu assim: 1) Situação atual da ANAF – todos sabem como recebemos a Anaf há
sete anos atrás. Hoje é uma entidade solidificada financeiramente, que goza de
respeitabilidade e tem trânsito livre em todos os segmentos do futebol
brasileiro, Ministério Público do Trabalho, Justiça do Trabalho, CBF e mais
recentemente, conseguimos duas vagas junto ao Profut no Congresso Nacional.
2) Direito de arena à
categoria do apito – Não perdemos o foco –
estamos esperando as coisas acalmarem em Brasília e na sequência vamos
reivindicá-lo novamente. 3)
Direito de imagem – Estamos acompanhando todos os desdobramentos desta
querela. Em breve teremos novidades. A ANAF quer que cada árbitro e/ou
assistente, negocie unilateralmente o seu direito. Vai acontecer, precisamos
aguardar um pouquinho mais.
4) Patrocínio na
vestimenta da arbitragem - É outra situação irreversível – a arbitragem
do futebol pentacampeão terá novidades em breve. Tenho trabalhado muito em cima
desta questão. Paciência é o segredo.
5) Relação da ANAF com a
direção da CBF – Temos as portas abertas
com o presidente Marco Polo Del Nero, com a Comissão de Árbitros e a ENAF. O
diálogo é franco e tivemos várias sugestões e pleitos atendidos – e, a
categoria tem conhecimento do aumento e nivelamento das (taxas e diárias de
todas as séries do Campeonato Brasileiro). Temos outras reivindicações – mas
tudo tem que ser a seu tempo. Quem falar o contrário, falta com a verdade para
com a categoria.
6) Arbitragem
da Primeira Liga – A ANAF reivindicou junto a direção da liga, taxa da FIFA aos
árbitros e assistentes - e conseguimos o direito de imagem à todos os árbitros,
assistentes e o quarto árbitro. O que já propiciou além da taxa (hum mil e oitenta
reais per capta).
7) Futuro da ANAF – Vamos nos reunir no período de 4 a 6 de agosto próximo, em
Florianópolis (SC) – quando então, discutiremos vários temas pertinentes à
classe. A decisão será do grupo, que, está conosco desde o início da nossa
caminhada à frente da ANAF. Ninguém faz nada sozinho. “Tudo o que
fizemos e conseguimos até hoje à arbitragem brasileira, e pretendemos obter na
sequência, foi e sempre será em grupo”.
8) Nome para substitui-lo na direção da ANAF - Como disse acima, sempre trabalhei em grupo e é o grupo quem vai decidir. Mas se depender da minha opinião, vou indicar Salmo Valentin. Um autêntico nauta de caráter inquestionável e com Know-how para conduzir a nau da arbitragem brasileira à um porto seguro.
PS: Observando o semblante de Marco Martins a cada
questionamento e, por extensão, a convicção das respostas, me convenci de que,
a Associação Nacional de Árbitros de Futebol, leu e absorveu nossas críticas e
mudou parte da sua postura.
PS (2): Há dois vitoriosos neste episódio: A ANAF e a arbitragem do
futebol brasileiro.
BICUDO enquanto o presidente da ANAF for observador de arbitragem da CBF não vai haver vitória nenhuma. Esta é a pergunta que tu sempre defendeu e na entrevista esqueceu ou não teve coragem. abraço
ResponderExcluirOs questionamentos que entendemos ser de real interesse da confraria do apito do futebol pentacampeão, foram perguntadas e as respostas nos convenceram. Quanto a questão do presidente da (Anaf) Marco Antonio Martins, exercer a função de observador, instrutor, delegado especial, não vejo como prioridade - Penso que esta é uma questão de foro intimo do presidente da Anaf, e que a sua presença (in loco nos jogos), como líder da categoria que preside pode dar maior segurança à arbitragem e impedir algumas atitudes desconexas daqueles que tramam contra a arbitragem. Foi o que ouvi de Marco Antonio Martins e concordei com o seu raciocínio.
ResponderExcluirValdir Bicudo