A
declaração do presidente da Associação Nacional de Árbitros de
Futebol (ANAF), Marco Antonio Martins, de que o ÁRBITRO DE VÍDEO
(AV), deveria ser implementado desde o início do Campeonato
Brasileiro deste ano – e, que a instalação dessa tecnologia, vai
esbarrar na falta de estrutura das arenas e estádios do país - o
que impossibilitará produzir os efeitos almejados, é digna de
reconhecimento - porque retrata uma verdade irretocável.
Além
das deficiências estruturais das arenas e/ou estádios, apitos e
bandeiras da Seleção Nacional de Árbitros de Futebol (SENAF/CBF),
com raras exceções, sequer receberam o treinamento adequado de como
manusear a ferramenta do (AV).
Tempo
e oportunidade houve – mas a CBF refutou - alegando custo econômico
demasiado e discordância do Protocolo estabelecido pelo (The IFAB),
em 5 de março de 2016.
Na
nossa opinião, a CBF só tomou a decisão de anunciar o experimento
do (AV), porque: 1) Está premida pelas reiteradas insurreições dos
cartolas que comandam os clubes, em função dos constantes erros da
arbitragem – o que vem ocasionando prejuízos técnicos e
financeiros às equipes, a exemplo do domingo que passou, no
Corinthians/SP x Vasco da Gama/RJ. 2) A CBF sabe quem são e como
agem os dirigentes do futebol brasileiro - são interesseiros,
personalistas e sentimentalistas ao invés de profissionais, salvo
uma ou outra exceção. 3) E o anúncio da implementação do (AV),
mesmo em caráter experimental, é um paliativo que vai acalmar os
ânimos nessa reta final do Brasileiro.
PS:
Dado a exiguidade do tempo, diante dos acontecimentos e como o (AV) não faz parte do cotidiano do nosso futebol, é aguardado
com expectativa qual será a empresa geradora das imagens. Tem que
ser uma empresa especializada no tema. Que o setor da CBF responsável
pelo (AV), cumpra o Protocolo definido pelo (The IFAB) - e não
coloque obstáculos. Que os estádios e/ou arenas tenham as condições
exigidas pelo Protocolo para implementar o teste do (AV). Que os
instrutores responsáveis pelo curso de treinamento à arbitragem da
(SENAF), sejam detentores de notório conhecimento a respeito da
tecnologia em tela. E que a CBF convide a ANAF a participar do
treinamento do ÁRBITRO DE VÍDEO.
Foto: FIFA
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