terça-feira, 19 de setembro de 2017

O (AV) NÃO É UMA ATIVIDADE PERFUNCTÓRIA NO FUTEBOL BRASILEIRO


A declaração do presidente da Associação Nacional de Árbitros de Futebol (ANAF), Marco Antonio Martins, de que o ÁRBITRO DE VÍDEO (AV), deveria ser implementado desde o início do Campeonato Brasileiro deste ano – e, que a instalação dessa tecnologia, vai esbarrar na falta de estrutura das arenas e estádios do país - o que impossibilitará produzir os efeitos almejados, é digna de reconhecimento - porque retrata uma verdade irretocável.

Além das deficiências estruturais das arenas e/ou estádios, apitos e bandeiras da Seleção Nacional de Árbitros de Futebol (SENAF/CBF), com raras exceções, sequer receberam o treinamento adequado de como manusear a ferramenta do (AV).

Tempo e oportunidade houve – mas a CBF refutou - alegando custo econômico demasiado e discordância do Protocolo estabelecido pelo (The IFAB), em 5 de março de 2016.

Na nossa opinião, a CBF só tomou a decisão de anunciar o experimento do (AV), porque: 1) Está premida pelas reiteradas insurreições dos cartolas que comandam os clubes, em função dos constantes erros da arbitragem – o que vem ocasionando prejuízos técnicos e financeiros às equipes, a exemplo do domingo que passou, no Corinthians/SP x Vasco da Gama/RJ. 2) A CBF sabe quem são e como agem os dirigentes do futebol brasileiro - são interesseiros, personalistas e sentimentalistas ao invés de profissionais, salvo uma ou outra exceção. 3) E o anúncio da implementação do (AV), mesmo em caráter experimental, é um paliativo que vai acalmar os ânimos nessa reta final do Brasileiro.

PS: Dado a exiguidade do tempo, diante dos acontecimentos e como o (AV) não faz parte do cotidiano do nosso futebol, é aguardado com expectativa qual será a empresa geradora das imagens. Tem que ser uma empresa especializada no tema. Que o setor da CBF responsável pelo (AV), cumpra o Protocolo definido pelo (The IFAB) - e não coloque obstáculos. Que os estádios e/ou arenas tenham as condições exigidas pelo Protocolo para implementar o teste do (AV). Que os instrutores responsáveis pelo curso de treinamento à arbitragem da (SENAF), sejam detentores de notório conhecimento a respeito da tecnologia em tela. E que a CBF convide a ANAF a participar do treinamento do ÁRBITRO DE VÍDEO.
Foto: FIFA 

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