CA/CBF em recente reunião na sede da entidade - Foto: CBF
A sequência de erros de interpretação e aplicação das REGRAS DE
FUTEBOL, perpetrados pela arbitragem, rodada após rodada no Campeonato
Brasileiro de Futebol da CBF, nesta temporada, nas Séries (A e B), dá margem ao
título desta matéria. É clarividente que o árbitro é humano, não uma máquina.
Por isso tem o direito de errar. Porém, a arbitragem ultrapassou os limites do
tolerável.
O que se viu no prélio Paraná Clube 2 x 1 Criciúma/SC - na sexta
(13), em Curitiba, não é aceitável numa competição do futebol detentor de cinco
Copas do mundo. Além dos erros notórios de interpretação do árbitro Igor
Junio Benevenuto (MG), as cenas de indisciplina dos atletas no campo e fora
dele contra a arbitragem, mostradas pela SportTV para todo o Brasil e pela
GloboSat internacional, atestam de maneira irrebatível que a arbitragem
brasileira atingiu o fundo do poço.
A ausência de concentração e controle emocional, exibiram o
açodamento e a insegurança do árbitro Igor Benevenuto – sobretudo, no momento
de intervir para cumprimento das regras e, especialmente, do seu espírito que é
punir o infrator na partida que dirigiu.
Nominar as trapalhadas do árbitro Junio Benevenuto na mencionada
peleja, tornam-se desnecessárias - porque o país já tomou conhecimento – o problema
é que Benevenuto já tinha se envolvido em situação similar a de ontem, na 15ª
rodada da Série (B), no Internacional/RS 1 x 0 Luverdense/MT.
Naquele jogo, além da paralisação de mais de cinco minutos e de
ter “acertado” na sinalização, segundo a CA/CBF, Junio Benevenuto e demais
componentes da arbitragem, dado o “furdúncio” e a invasão dos reservas e
comissão técnica da Luverdense/MT, foram “conduzidos” pelos invasores à pista do
estádio BEIRA-RIO. Ninguém foi punido!
Mas os erros da arbitragem como dissemos acima, não ficam
circunscritos apenas na Série (B) - considerada a “menina dos olhos” da CBF - a Série (A), nas últimas cinco rodadas teve equívocos da confraria
do apito em vários jogos.
Na 24ª rodada, no Corinthians/SP x Vasco da Gama, tivemos o gol
consignado com a mão pelo atacante Jô. Na 25ª, São Paulo x Corinthians, a
equipe do Morumbi foi prejudicada pela arbitragem. Coritiba x Botafogo, também
teve erros. Sport x Vasco, a arbitragem errou e depois de uma enorme confusão
consertou o erro. Bahia x Grêmio, Luiz Flavio de Oliveira errou e errou feio
contra o Tricolor dos Pampas, na marcação de pênalti que não existiu. Na 26ª,
Bahia x Coritiba, Pericles Bassol Cortes, deixou de assinalar pênalti indiscutível
à equipe paranaense. Na 27ª, Atlético/PR x Atlético/GO, novamente a arbitragem
errou – e no Corinthians x Coritiba, outra vez a “mão” que vai contra a
essência do futebol, foi utilizada em benefício do time do Parque São Jorge.
Gostem ou não, com a narrativa dos diferentes erros da
arbitragem e os consequentes prejuízos ao futebol brasileiro, é imperativo uma
mudança de comportamento da CA/CBF, em relação a escolha dos apitos e bandeiras
nesta reta final do Campeonato Brasileiro.
Já imaginaram se for feita uma compilação dos erros da
arbitragem desde o início do Brasileirão, e os prejuízos que esses erros
proporcionaram às equipes das Séries (A e B)?
Perguntar não ofende: A Seleção Nacional de Árbitros de Futebol
(Senaf/CBF), está insegura, é incompetente ou quer derrubar a CA/CBF?
ad argumentandum tantum – Alicio Pena Junior, Ana Paula
Oliveira, Cláudio Cerdeira, Manoel Serapião, Nilson Monção e Sérgio Corrêa da
Silva - exerceram a atividade de árbitro de futebol e teem consciência da bagunça que está acontecendo no setor do apito. Diante da debacle que solapa a arbitragem brasileira, irão tomar providências
sobre os acontecimentos ou irão ficar taciturnos?
[Reproduzo parte do texto que me foi enviado pela notável
personagem da arbitragem brasileira, professor Gustavo Rogério Caetano, ex-diretor da Comissão de Arbitragem da
Federação Paulista de Futebol e ex-membro da Conmebol, leitor do nosso Blog]. “Bicudo, este é o estágio atual de nossa
arbitragem e nos perguntamos: É comodismo, é medo, é má formação, é má
qualidade, é desconhecimento por má orientação? Que belo exemplo numa Primeira
Divisão se está dando aos árbitros mais jovens que aos jogos assistem para
aprendizado. Se numa Primeira Divisão do Brasileirão se vê coisas deste tipo, imaginem o que
não acontece nas divisões menores”...
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