segunda-feira, 6 de novembro de 2017

ARBITRAGEM: MUDA TUDO OU UM SALTO NO ESCURO?

         Crédito: CBF
Assim que terminou o confronto da 32ª rodada do Brasileirão, entre Corinthians/SP 3 x 2 Palmeiras, no domingo (5/11), na Arena da equipe do Parque São Jorge, o presidente do Alviverde do Parque Antarctica, Mauricio Galiotte, disse a imprensa: “Vamos fazer um vídeo com os erros da arbitragem e enviar a CBF solicitando providências”.

Além do exposto, o presidente esmeraldino pediu uma reestruturação completa na metodologia utilizada no aprimoramento dos apitos e bandeiras do futebol brasileiro. E, por extensão, uma requalificação imediata na arbitragem e a consequente profissionalização dos homens de preto.

Perda de tempo – não vai acontecer nada. Repito, nada. Os níveis de pobreza qualitativa observados na arbitragem que atua no Brasileiro, tem início na base, ou seja, na formação das escolas de árbitros, onde a maioria dos instrutores e/ou formadores são de baixíssima qualidade.

A pobreza qualitativa da confraria do apito que estamos vivenciando nos principais torneios da CBF, tem sequência nos campeonatos das federações de futebol - que com raras exceções, tem apresentado níveis de indigência – mas a pobreza qualitativa ganha contornos gigantescos, no momento em que as federações indicam à CBF, o árbitro e/ou assistente para compor a Seleção Nacional de Árbitros de Futebol (Senaf).

Ao invés de prevalecer a meritocracia nas indicações, tem prevalecido a política – o resultado disso é uma desgraça da arbitragem em escala interminável – e os consequentes prejuízos técnicos, disciplinares e financeiros às equipes. O que significa que o desempenho da arbitragem hoje é similar a um salto no escuro.

Diante do cenário aqui descrito, só haverá mudança no incremento qualitativo da arbitragem do futebol detentor de cinco títulos Mundiais, a partir do momento que: 1) A CBF realizar uma profilaxia na Comissão de Árbitros. 2) Mudar totalmente a composição da Escola Nacional de Árbitros de Futebol. 3) Dissolver o atual quadro de analistas de arbitragem, que é o mesmo há vários anos. 4) Selecionar um novo contingente de analistas de arbitragem, que sejam ex-árbitros com notório conhecimento sobre as REGRAS DE FUTEBOL, e submetê-los a um teste escrito padrão FIFA.

5) Criar uma nova (Senaf), a exceção dos árbitros e assistentes da FIFA, utilizando como objetivo precípuo a meritocracia. 6) A CA/CBF deve ser formada por ex-árbitros de excelência - como determinado pela FIFA no seu manual. Pois do contrário, “tudo vai continuar como Dantes no quartel de Abrantes”.

ad argumentandum (1) – Mesmo tendo a disposição a parafernália composta pelo analista de campo, analista de vídeo, delegado especial de arbitragem, tutor de árbitros e o sexteto de arbitragem da mesma federação de futebol, a 32ª rodada da Série (A) e a 33ª da Série (B) do Campeonato Brasileiro, apitos e bandeiras apresentaram erros de interpretação terríveis na aplicação das regras .

ad argumentadum (2) – Diante da grandeza do futebol brasileiro, entregar o comando da arbitragem à uma pessoa que não foi árbitro, e nunca apitou sequer um prelio de menino de conjunto da Cohab, é o mesmo que dar as funções de neurocirurgião a um pedreiro. E, por derradeiro, é um desprestigio à arbitragem brasileira ser comandada por alguém que não é oriundo da arbitragem, quando se sabe que há vários ex-árbitros com condições éticas e profundo conhecimento do mister do apito.

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