segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

QUADRO DE INSTRUTORES TEM QUE SER RENOVADO



Tenho reiterado aqui neste espaço, que, a arbitragem brasileira precisa sair do estágio de letargia em que se encontra. O exemplo mais recente, foi a conquista dos treinadores de futebol, através da Federação Brasileira de Treinadores de Futebol, que pleiteou perante o Congresso Nacional, o percentual de 1,5% como direito de arena àquela categoria. Fato que será consumado em breve.

Mas não é correto nos atermos exclusivamente a confraria dos homens de preto. Recebo do diretor de arbitragem da CBF, Sérgio Corrêa, via WhatsApp, a notícia de que a entidade irá realizar nos próximos dias, curso de requalificação aos instrutores de árbitros da entidade.

Aqui está na nossa opinião, um dos “gargalos” que vem atravancando o desenvolvimento da produção dos homens que manejam os apitos e bandeiras do nosso futebol. É um setor que não evoluiu – a exemplo da CA/CBF, da Enaf, dos observadores, delegados especiais e analistas, são sempre os mesmos. Não há renovação.

Há vários “instrutores” atualmente na CBF, que não são árbitros e nunca dirigiram uma partida de pelada de menino de conjunto habitacional. Fato idêntico, acontece com o diretor da CA/CBF, Marcos Marinho. Ou seja, são “teóricos”.

E, os que foram árbitros no passado, e atuam nas funções acima nominadas, deixaram-se contaminar pela “teoria”. Nas federações de futebol, o quadro é similar ao da CBF.

Com o cenário descrito acima, a nossa arbitragem vem caminhando lentamente de maneira inexorável para uma catástrofe, gostem ou não. A prova cabal foi o Brasileirão de 2017, onde apitos e bandeiras usaram e abusaram do direito de tomar decisões em desconformidade com as regras. Competição que pela primeira vez, não revelou nenhum árbitro promissor.

PS: O Paraná tem um árbitro promissor, Rodolpho Toski Marques. Os gaúchos, Anderson Daronco. Os catarinenses no momento, não tem nenhum árbitro de futuro. Os cariocas rezam para Wagner Nascimento Magalhães dar certo. Os paulistas estão circunscritos a Raphael Claus. Os Mineiros, estão bem servidos com Ricardo Marques Ribeiro. Os goianos, com o excelente Wilton Pereira Sampaio. O (MT) acredita na sedimentação de Wagner Reway, mas ele precisa se ajudar. E o Pará, torce pela maturação de Dewson de Freitas. Acabou, não tem mais ninguém com características de apito promissor.

Ad argumentandum tantum – Não nominei a Região Nordeste, no que concerne a arbitragem, porque a impressão que se tem é de que, a CBF não dá importância aos árbitros e assistentes de lá. Árbitros com dom, talento e vocação há vários nos nove estados, que compõe a aludida região. Se a CBF tiver um mínimo de vontade, já que ano após ano, suas receitas vem crescendo, a entidade poderá firmar parceria com as federações da região e investir financeiramente, objetivando dotar as escolas de formação de árbitros do necessário, visando garimpar apitos e bandeiras promissores.

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