segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

RENOVAÇÃO OU MAIS DO MESMO?


Após o retumbante fracasso da arbitragem que compõe a Seleção Nacional de Árbitros de Futebol (Senaf), no Campeonato Brasileiro do ano que passou, a CBF neste início de ano, via seu departamento de arbitragem, convocou para um curso de requalificação num primeiro plano, os instrutores regionais das federações de futebol - e numa segunda etapa, os instrutores que têm atuado nas competições da entidade, sob o argumento de renovação.

A medida em si é relevante, dada a importância dos instrutores regionais na formação dos novos árbitros e, por extensão, na avaliação da arbitragem que é realizada pelos instrutores nos campeonatos da CBF.

O setor de instrutores da CBF,  está há muito tempo a exigir uma profunda oxigenação - ou seja, gente nova e sem os vícios que a maioria carrega consigo e, por conseguinte, vícios que têm sido repassados aos homens de preto.

Pelo que observamos nos vídeos disponibilizados no site da CBF, com algumas exceções, - tanto os instrutores regionais, como aqueles que desempenham atribuições nos torneios da CBF, são os mesmos de sempre.

Acrescento que no caso dos instrutores da CBF, além dos cursos que são pagos pela entidade, todos recebem pecúnia, diárias, passagens aéreas e/ou  carro ou ônibus, quando escalados no Brasileirão, o que é justificável.

Porém, o custo benefício de todo esse investimento não tem atingido o objetivo esperado nas tomadas de decisões dos homens do apito e das bandeiras da Senaf – pelo contrário: O que temos visto é um autêntico “efeito traque.”

PS: A CA/CBF implementou no Campeonato Brasileiro de 2017, o RADAR (Relatório de Análise de Desempenho de Arbitragem) – ferramenta tecnológica, que teve a missão precípua de avaliar durante as partidas, a atuação dos árbitros de maneira mais científica e menos subjetiva, diz a entidade.
PS (2): Com analistas de vídeo e de campo e em alguns jogos delegado especial, o método do Departamento de Análise de Desempenho da Comissão de Arbitragem, visou não deixar escapar o que ocorreu dentro das quatro linhas. Mas também pontuou de maneira objetiva cada lance marcado no decorrer dos prelios. 

PS (3): Toda a parafernália acima nominada e os dispêndios financeiros, colocados a serviço do incremento da qualidade da arbitragem do nosso futebol, na temporada passada, infelizmente não proporcionaram os resultados que se pretendia alcançar. Vamos virar a página e esperar 2018.

Nenhum comentário:

Postar um comentário