Árbitro Marco Fritz, checando o (AV) em jogo da Bundesliga na Alemanha - Crédito - Getty imagem
As
críticas que temos feito aqui neste espaço contra a CBF, a respeito
da não implementação pela entidade do Árbitro de Vídeo (AV) nas
suas competições, teem suscitado algumas discordâncias. Sou
acusado de escrever sobre a aludida tecnologia por ouvir dizer, e que
não tenho o conhecimento necessário para falar que dirá tecer
qualquer comentário sobre o (AV).
Comecei
acompanhar os primeiros testes realizados a respeito do (AV) nos idos
de 2015, pela KNVB ou como queiram a Federação de Futebol da
Holanda. Aliás, a FIFA já havia reconhecido que a KNVB foi a
precursora no experimento do (AV) - e voltou a fazê-lo, na reunião
do (The IFAB) do último dia 3 de março.
Posteriormente,
na reunião do (The IFAB) em 3 de março de 2016, quando foi
autorizado a experiência e estabelecido o protocolo que dava as
diretrizes para as associações, confederações e/ou federações
realizarem o experimento, além de lermos reiteradas vezes o
indigitado protocolo, passamos a acompanhar tudo o que aconteceu com
os testes do (AV).
O
acompanhamento ocorreu via jogos transmitidos pelas TVs em
diferentes competições da Europa, da MLS (EUA) e de todos os
torneios da FIFA. Além disso, para substanciar nossos comentários,
nos servimos das opções que a internet propicia como Facebook,
Instagram, Twitter, redes sociais e as opiniões que foram exaradas
sobre os testes que estavam sendo realizados pelos membros do (The
IFAB) e da FIFA.
Como
não tenho o poder da onipresença, onipotência e da onisciência,
acredito que alguma coisa passou batido. Mas duvido que alguém
tenha se inteirado com volúpia superior a nossa no que tange ao
(AV). O que nos faltou e falta foi a dinâmica do funcionamento,
treinamento teórico e prático da tecnologia em tela.
Quanto
a infraestrutura exigida (estádio, cabos de fibra ótica, empresa
versada na tecnologia, funcionários, custos etc…), para que o (AV)
seja instalado e funcione conforme o protocolo redigido pelo (The
IFAB, não é da minha alçada.
A
verdade é que o futebol brasileiro “rotou grosso” desde o início
na questão do árbitro de Vídeo. Mas no frigir dos ovos, sempre
tergiversou, contestou o protocolo do (The IFAB), afirmou que estava
buscando parceiros que nunca apareceram e fez dois testes pífios em
conjunto com a federação de futebol de Pernambuco.
E
a segunda verdade cristalina é que, no momento de implantar o (AV)
na sua principal competição, o Campeonato Brasileiro, a CBF
se “apequenou” e jogou o “problema” para os clubes da Série (A).
Aliás, das grandes potências do futebol mundial, a CBF é a única
que vai manter a saga do subdesenvolvimento no setor da arbitragem.
Nada mais a dizer.
ad
argumentandum tantum - A respeito da reclamação do Safesp/SP, sobre a exibição das
imagens das tomadas de decisões corretas e/ou erradas,
envolvendo apitos e bandeiras, no programa a REGRA É CLARA do
SportTV, o eminente jurista Alcides Leopoldo e Silva Júnior,
enfatiza que: “Desde que presente o caráter jornalístico da
utilização da imagem, é dispensado o consentimento para a
publicação e divulgação da imagem das pessoas públicas”. O
árbitro é um ser público e o programa em tela tem caráter jornalístico. Logo, inexiste proibição quando houver situações como a vociferada pelo nobre jurista. O que significa que, a reivindicação
do Safesp/SP, não encontra amparo jurídico.
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