quarta-feira, 14 de março de 2018

ÁRBITRO DE VÍDEO, ACOMPANHO TUDO

                  Árbitro Marco Fritz, checando o (AV)  em jogo da Bundesliga na Alemanha - Crédito - Getty imagem


As críticas que temos feito aqui neste espaço contra a CBF, a respeito da não implementação pela entidade do Árbitro de Vídeo (AV) nas suas competições, teem suscitado algumas discordâncias. Sou acusado de escrever sobre a aludida tecnologia por ouvir dizer, e que não tenho o conhecimento necessário para falar que dirá tecer qualquer comentário sobre o (AV).

Comecei acompanhar os primeiros testes realizados a respeito do (AV) nos idos de 2015, pela KNVB ou como queiram a Federação de Futebol da Holanda. Aliás, a FIFA já havia reconhecido que a KNVB foi a precursora no experimento do (AV) - e voltou a fazê-lo, na reunião do (The IFAB) do último dia 3 de março.

Posteriormente, na reunião do (The IFAB) em 3 de março de 2016, quando foi autorizado a experiência e estabelecido o protocolo que dava as diretrizes para as associações, confederações e/ou federações realizarem o experimento, além de lermos reiteradas vezes o indigitado protocolo, passamos a acompanhar tudo o que aconteceu com os testes do (AV).

O acompanhamento ocorreu via jogos transmitidos pelas TVs em diferentes competições da Europa, da MLS (EUA) e de todos os torneios da FIFA. Além disso, para substanciar nossos comentários, nos servimos das opções que a internet propicia como Facebook, Instagram, Twitter, redes sociais e as opiniões que foram exaradas sobre os testes que estavam sendo realizados pelos membros do (The IFAB) e da FIFA.

Como não tenho o poder da onipresença, onipotência e da onisciência, acredito que alguma coisa passou batido. Mas duvido que alguém tenha se inteirado com volúpia superior a nossa no que tange ao (AV). O que nos faltou e falta foi a dinâmica do funcionamento, treinamento teórico e prático da tecnologia em tela.

Quanto a infraestrutura exigida (estádio, cabos de fibra ótica, empresa versada na tecnologia, funcionários, custos etc…), para que o (AV) seja instalado e funcione conforme o protocolo redigido pelo (The IFAB, não é da minha alçada.

A verdade é que o futebol brasileiro “rotou grosso” desde o início na questão do árbitro de Vídeo. Mas no frigir dos ovos, sempre tergiversou, contestou o protocolo do (The IFAB), afirmou que estava buscando parceiros que nunca apareceram e fez dois testes pífios em conjunto com a federação de futebol de Pernambuco.

E a segunda verdade cristalina é que, no momento de implantar o (AV) na sua principal competição, o Campeonato Brasileiro, a CBF  se “apequenou” e jogou o “problema” para os clubes da Série (A). Aliás, das grandes potências do futebol mundial, a CBF é a única que vai manter a saga do subdesenvolvimento no setor da arbitragem. Nada mais a dizer.


ad argumentandum tantum - A respeito da reclamação do Safesp/SP, sobre a exibição das imagens das tomadas de decisões corretas e/ou erradas, envolvendo apitos e bandeiras, no programa a REGRA É CLARA do SportTV, o eminente jurista Alcides Leopoldo e Silva Júnior, enfatiza que: “Desde que presente o caráter jornalístico da utilização da imagem, é dispensado o consentimento para a publicação e divulgação da imagem das pessoas públicas”. O árbitro é um ser público e o programa em tela tem caráter jornalístico. Logo, inexiste proibição quando houver  situações como a vociferada pelo nobre jurista. O que significa que, a reivindicação do Safesp/SP, não encontra amparo jurídico.

 

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