Da esquerda para a direita José Maria Marin e Marco Polo Del Nero - Crédito: CBF
A reunião realizada na semana que passou na Barra da Tijuca no
Rio de Janeiro, envolvendo cartolas da CBF e os presidentes das (27) federações do futebol
brasileiro, expõe com exatidão inequívoca que senão na sua totalidade, parte do
contingente que deu sustentação aos desmandos praticados no comando da CBF à Ricardo Teixeira, José Maria Marin e Marco
Polo Del Nero, deseja manter o poder na CBF a qualquer custo.
Lembro que os motivos que propiciaram a derrubada e/ou
afastamento da trempe Teixeira, Marin e Del Nero do comando da entidade que geriu e
gere os destinos do outrora país do futebol, são denúncias de vários ilícitos
criminais por eles cometidos segundo a Justiça norte-americana.
Ilícitos que tiveram em Ricardo Teixeira o precursor. O que o
levou a renunciar a direção da CBF em 2012. Posteriormente, assumiu a CBF seu
vice - José Maria Marin, que ao invés de estancar as práticas delituosas do seu
antecessor, decidiu incrementá-las.
O resultado das ações inapropriadas de Marin teve reflexos
imediatos. Em 2015 quando participava de um congresso da FIFA na Suíça, Marin
foi “surpreendido” pela FBI-EUA, que cumprindo decisão da Justiça
Norte-americana, utilizou a famosa expressão, “Teje preso!”, contra o indigitado dirigente.
Além de Marin, naquela oportunidade, o FBI prendeu um grupo “respeitável” de cartolas que faziam parte do Comitê Executivo da FIFA, pelos mesmos motivos do brasileiro.
Custodiado momentaneamente numa prisão na Suíça, Marin a seguir
foi deportado para os EUA em conjunto com seus parceiros. Atualmente
encontra-se num ergástulo público do Brooklin, nos arredores de Nova York. Onde
aguarda o prolatar da sentença dos crimes que cometeu.
Diante do tsunami que levou parte dos dirigentes da FIFA e das
federações de futebol da América do Sul a ver o sol nascer quadrado, assumiu a
gerência do futebol brasileiro em 2015, Marco Polo Del Nero.
Del Nero nem chegou a esquentar a cadeira de presidente da CBF. Isto
porque, vários delatores, entre eles seu “Broter”, José Maria Marin, em depoimento ao
promotor dos EUA, Keith Edeman, acusaram Marco Polo de cometer as mesmas
práticas de seus antecessores a frente do comando do nosso futebol, e como
membro do Comitê Executivo da CONMEBOL.
Acusações que levaram o Comitê de Ética da FIFA a SANCIONAR Del Nero, a
(90) dias de suspensão do comando da CBF, a partir de 15 de dezembro/2017.
Nesta quarta (14), em função das novas denúncias surgidas no decorrer das investigações da
Justiça americana, a Câmara de Instrução da Comissão de ética da FIFA,
presidida pela magistrada da Colômbia, Maria Claudia Rojas, ampliou em mais (45)
dias a suspensão do presidente da CBF. Marco Polo Del Nero.
Dado que a maioria dos (27) presidentes das federações de
futebol e dos clubes das Séries (A e B), foram contemporâneos dos três
dirigentes nominados e são conhecedores das inúmeras irregularidades por eles
praticadas, pergunto: Será realizada uma profilaxia no futebol brasileiro ou
será mantida a cloaca a céu aberto em que se transformou o futebol detentor de
cinco Copas do Mundo?
ad argumentandum tantum – Já imaginaram o terremoto que uma ação
coordenada pelo Ministério Público Federal, a Polícia Federal e a Receita
Federal provocariam no futebol brasileiro, se fosse quebrado o sigilo bancário
e fiscal da cúpula que dirige a CBF e dos (27) presidentes das federações de
futebol?
PS: Nesta quinta (15), em Bogotá (Colômbia), o presidente da
FIFA Gianni Infantino, irá comandar o último seminário, que definirá as diretrizes
de funcionamento do Árbitro de Vídeo no Mundial da Rússia.
Perguntar não ofende: Diante da vergonhosa situação que ocupa o futebol brasileiro perante o cenário internacional na atualidade, será que teremos algum dirigente da CBF no seminário da FIFA em Bogotá?
Nenhum comentário:
Postar um comentário