segunda-feira, 26 de março de 2018

DÁ PARA ACREDITAR NOS ANALISTAS?

     Analistas da campo da CBF - Foto: CBF

Indicados na sua maioria pelas federações de futebol, os analistas de campo da CBF tem como missão precípua avaliar o desempenho da arbitragem nas competições da entidade.

Não obstante serem escolhidos pelas federações, o que na nossa opinião é um erro monstruoso, vários desses analistas, nunca exerceram a atividade de árbitro de futebol. Ou melhor, nunca vivenciaram um minuto sequer das inúmeras adversidades que enfrentam os homens de preto, antes, durante e após os jogos na prática.

Pesquisando descobrimos ainda que, pouca ou nenhuma renovação tem sido realizada pela CBF no que tange o quadro de analistas. Constatamos também que, os analistas são submetidos há um ou no máximo dois cursos de capacitação por temporada, o que é muito pouco dada as mutações que acontecem no transcurso dos jogos ao longo de uma temporada e às vezes nas regras.

Outra situação envolvendo os analistas de campo que atuam no Campeonato Brasileiro, diz respeito ao conteúdo do relatório por eles elaborado, e qual é a credibilidade dada pela CA/CBF à esses relatórios.

Faço a afirmação no parágrafo acima, embasado na escalada de erros que foram cometidos pela confraria do apito da (Senaf), apenas na temporada 2017.

O ano que passou, foi sem dúvida nenhuma, o período em que os erros de (árbitros, assistentes e árbitros assistentes adicionais), tiveram participação direta nos resultados das partidas das Séries (A e B), no principal torneio da CBF.

Porque se houve o relato FIDEDIGNO dos analistas de que, a arbitragem tomou decisões em descompasso com as REGRAS DE FUTEBOL, o mínimo que a CA/CBF deveria fazer sem macular aqueles que agiram inadequadamente, era submetê-los a uma requalificação. O que não aconteceu.

Pelo contrário: Tivemos vários casos de apitos, bandeiras e quarto árbitros, que trouxeram prejuízos as equipes e à arbitragem, e continuaram sendo “prestigiados” pela CA/CBF nas escalas.

Enfatizo que os analistas de campo são remunerados para exercerem o seu labor. Eles têm direito a uma taxa, diária para alimentação, hospedagem e transporte terreste e/ou de avião. O que é justo. 

Aliás, na pesquisa que fizemos descobrimos que tem analista de campo da CBF que é membro ou presidente de associação e/ou sindicato ou ocupam outros cargos nas federações. Há os que são presidente da comissão de árbitros da sua federação, concomitantemente são  diretores e professores da escola de formação de árbitros da federação de origem. Um absurdo inominável. 

Dá para acreditar na qualidade e independência dos relatórios confeccionados pelos analistas, pendurados em cargos, prebendas e sinecuras na CBF e nas federações?

ad argumentandum tantum – Será que a CBF, a corregedoria de arbitragem, a comissão de árbitros e o departamento de arbitragem da entidade,  desconhecem que há pessoas que não deveriam fazer parte do quadro de analistas de campo? A quem eles servem, a CBF ou a categoria que os elegeu?

PS: O caderno de esportes do jornal O ESTADO DE SÃO PAULO, desta segunda (26/3), noticia que a ambição da Alemanha é muito maior do que apenas faturar o pentacampeonato de futebol na Rússia no mês de junho. No mesmo mês, a Federação Alemã de Futebol (DFB) dará início a um projeto que promete ser por muito tempo o ápice da tecnologia e da ciência aplicada ao futebol. É a academia DFB, a nova sede do centro de treinamentos e estudos da federação em Frankfurt, que já vem sendo chamada de “Vale do Silício do futebol”. Os alemães estão investindo  a "bagatela" de 110 milhões de euros (R$ 450 milhões).

PS (2): Lembro que enquanto a CBF contestou em várias oportunidades o protocolo do (The IFAB), sobre o Árbitro de Vídeo (AV), e a cartolagem que dirige os principais clubes do futebol brasileiro, rechaçaram a implementação da aludida tecnologia no Campeonato Brasileiro, a (DFB) criou na cidade de Colônia, um centro de treinamento que tem a participação de cientistas para desenvolverem mecanismos de treinamento com eficácia, para o quadro de apitos e bandeiras da (DFB), no que concerne ao Árbitro de Vídeo. Pobre arbitragem brasileira!  

A ÚLTIMA: Após uma sequência de testes realizados nas competições da base da UEFA, experimentos que foram autorizados pelo (The IFAB), a UEFA anunciou nesta terça-feira (27), uma série de alterações nos regulamentos da Liga dos Campeões, Liga Europa e Supertaça Europeia que entram em vigor a partir da temporada 2018/2019. Uma das principais mudanças é a aprovação da quarta substituição.


O organismo que gere o futebol europeu esclarece que as equipas vão poder fazer quatro alterações ao onze inicial apenas em jogos de fases a eliminar e caso o encontro tenha prolongamento. As restantes três substituições mantêm-se.
Fonte: SAPO DESPORTO

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