quarta-feira, 7 de julho de 2010

Missão cumprida com galhardia

Carlos Eugênio Simon entra para história da arbitragem mundial; quem será o árbitro do Brasil em 2014? Por Valdir Bicudo/Justiça Desportiva


Embora a opinião pública brasileira acreditasse que a Fifa no ano do jubileu do árbitro Carlos Eugênio Simon (Fifa-RS), fosse nutrir a sua competência porque completa 45 anos neste 2010, com a sua indicação para um número maior de jogos na Copa do Mundo da África do Sul, isto não aconteceu. Mas, é bom lembrar, que a participação de Simon como árbitro representando o Brasil no seu terceiro Mundial consecutivo, (ele participou das Copas de 2002, 2006 e 2010), além de ser um feito inédito em se tratando do futebol brasileiro, coloca-o em posição privilegiada em âmbito mundial, porque são pouquíssimos árbitros que alcançaram esta conquista. Além disso, seu nome ficará impregnado na história do futebol mundial na sua área de atuação, e hoje, no Ranking dos analistas internacionais, Simon, num universo de mais de 700 árbitros, desponta como o quinto colocado. É uma honorificação para a arbitragem brasileira.


No mesmo diapasão, inserem-se os árbitros assistentes Altemir Hausmann e Roberto Braat que acompanham Carlos Eugênio Simon desde 2007 num processo seletivo nunca antes realizado pela Fifa para uma Copa do Mundo. Meus cumprimentos à Simon, Braatz e Hausmann, pelo ótimo desempenho nas partidas da Copa, porque, só quem vivencia os bastidores de uma competição da magnitude de um Mundial, sabe o que significa estar lá.

2014 vem aí

E muito mais rápido do que se pensa para os árbitros Heber Roberto Lopes (Fifa-PR) e Paulo Cesar de Oliveira (Fifa-SP), pré-selecionados para a Copa de 2014 no Brasil. No que concerne a Paulo Cesar de Oliveira, não tenho nenhuma preocupação, porque o indigitado árbitro tem e terá ao seu lado a escola de formação de árbitros de São Paulo, uma das melhores do país e a Federação Paulista de Futebol, que possuem instrutores de alto nível, que deverão orientá-lo, acompanhá-lo de forma particularizada, com o escopo de prepará-lo adequadamente para as futuras competições internacionais e aos rigorosos testes que for convocado pela Conmebol e pela Fifa.

Mas se o árbitro paulista tem uma estrutura de alto nível, o mesmo não se pode afirmar em relação ao árbitro paranaense Heber Roberto Lopes, que pertence a Federação Paranaense de Futebol. Além de não ter uma escola de formação top de linha, o futebol do Paraná vivência uma decadência acentuadíssima há mais de uma década em vários setores, inclusive, com as contas da entidade bloqueadas e, para corroborar o enunciado, no último dia 29 passado, no teste realizado pela Comissão de Árbitros da CBF, com os candidatos à Asp/Fifa, o futebol do Paraná não conseguiu indicar um nome sequer que preenchesse os requisitos exigidos.

Heber Roberto Lopes, ao meu ver, se pretende apitar o Mundial de 2014 no Brasil, deve conversar com o mandatário do futebol do Paraná e pedir-lhe a infraestrutura necessária para que ele possa desenvolver um projeto, que lhe permita obter as condições necessárias até a definição dos nomes selecionados para a Copa no Brasil. Do contrário, sugiro ao nominado árbitro procurar outro rumo, de preferência São Paulo, Rio de Janeiro ou o Rio Grande do Sul.

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