
Sistema baseado no 'hawkeye' soa alarme quando bola entra no gol.
Polêmicas decisões de arbitragem na Copa do Mundo realimentaram a discussão sobre o uso de tecnologia de ponta para ajudar os homens do apito. Avanços da tecnologia facilitam cada vez mais essa tarefa. Na análise dos jogos, o espaço dela é cada vez maior, recriando situações que existiram e que poderiam ter existido nas partidas. Mas também já é possível rastrear jogadores e a bola em tempo real. O sistema Hawkeye, por exemplo, é hoje amplamente usado no tênis, rugbi e críquete, e existem testes para o futebol. Nessa versão do sistema, Cairos, as traves são imersas em dois campos magnéticos: uma na frente e um atrás do gol. A bola tem um sensor capaz de acusar quando ela cruza a linha do gol. O árbitro usa um relógio que o alerta quando a bola invade a área e confirma a entrada da bola. Mas mesmo com toda a disponibilidade de tecnologia e a sua aplicação bem-sucedida em outros esportes, a Fifa decidiu não utlizar nenhuma delas na África do Sul. O árbitro e os seus assistentes são orientados a tomar decisões baseados apenas no que viram ou não viram no momento.
Fonte: Estadão.com
PS: A discussão sobre a implementação ou não de algum tipo de equipamento eletrônico para auxiliar a arbitragem no campo de jogo, ganhou consistência com os recentes equívocos na Copa da África do Sul, ocorridos nas partidas Alemanha 4 x 1 Inglaterra, quando o árbitro assistente Maurício Espinoza (Fifa-Uruguai) e seu compatriota, o árbitro Jorge Larrionda, não viram um chute portentoso de Lampard ultrapassar 33 centímetros a linha de meta no nominado jogo, lance que seria o gol de empate da equipe da terra dos Beatles. O outro episódio, foi o (off side) ocorrido no prélio Argentina 3 x 1 México, quando o meia Tevez, marcou o primeiro gol dos hermanos. Neste lance, diz a Fifa. Tem que ter entre a linha de fundo e a bola dois defensores. Não havia nenhum.
Mas, se Joseph Blatter, não mudar de idéia, nos dias 21 e 22 deste mês, quando acontece o painel de elaboração de regras, no País de Gales, a Fifa e o International Board, terão a oportunidade de tomar alguma decisão com o objetivo precípuo de tornar mais justo o esporte das multidões, autorizando a introdução da tecnologia em caráter experimental em partidas do sub-17, sub-20, masculino ou feminino. Dentre as propostas que está nas maõs de Blatter e do Board, vou nominar algumas. Basquete: Na (NBA), os árbitros decidem se assistem novamente ou não um lance duvidoso. O recurso é usado, principalmente, para saber se o jogador arremessou a bola antes de o cronômetro zerar. Turfe: Os centésimos de segundos que separam os competidores ao final da prova são medidos sem margem de erro graças a uma leitura fotográfica do tempo. É assim desde os anos 90 por causa de uma tecnologia conhecida como Scan'O' Vision. Tênis: A pedido dos atletas, um computador analisa se a bola tocou dentro ou fora da quadra. A trajetória do lance é mostrada no telão. Cada tenista tem o direito a três pedidos de revisão por set e um adicional, caso haja o tie-break. Hóquei sobre o gelo e Críquete: As duas modalidades também se valem da consulta de replay através de monitores de (TV) para corrigir decisões da arbitragem. Rúgbi: O árbitro pede para que a jogada seja revista. Em uma cabine, outro árbitro analisa o lance e toma a decisão a respeito. Futebol americano: Na (NFL), a liga americana, o técnico pode contestar o árbitro. O juiz, então, consulta um monitor de televisão. Ele decide se o parecer inicial deve ser alterado. Recente pesquisa realizada entre profissionais de imprensa que estão na África do Sul, sobre o uso ou não da tecnologia dentro das quatro linhas para auxiliar a arbitragem a dirimir lances polêmicos, apontou que, 92,1%, são favoráveis a sua implementação. Mas, é bom lembrar, que a Fifa e o International Board são extremamente conservadores.
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