quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Análise rígida para ser meditada!


Carlos Eugênio Simon


Marcelo de Lima Henrique


Leandro Pedro Vuaden


Evandro Rogério Roman


Héber Roberto Lopes

Fotos: MHD

Observando diariamente os programas esportivos na mídia televisiva, notei que o ano que está chegando ao seu epílogo não reserva boas lembranças à arbitragem brasileira. Mesmo que um número expressivo de comentaristas esportivos tenham evidenciado profundo desconhecimento sobre as Regras do Jogo ao procederem suas análises sobre o desempenho dos árbitros e assistentes, acabaram convencendo o telespectador de que a arbitragem foi um marco negativo no último campeonato brasileiro em função dos grotescos equívocos da arbitragem.

Desde o início do Brasileirão/2010, realizei uma compilação das tomadas de decisões dos árbitros e assistentes no período que antecedeu o início da Copa do Mundo na África do Sul, e o índice de acertos atingiu 79,4%, por jogo.


Após o final do mundial e o reinício do Brasileirão, os índices de acertos nas tomadas de decisões da arbitragem, sofreram um decréscimo acentuado rodada após rodada e os índices de acertos caíram abruptamente para 48,6%, por jogo, o que significou uma queda na qualidade da arbitragem de 38,53%. Resumindo: a paralisação do campeonato brasileiro durante o mundial foi uma catástrofe para os árbitros do quadro nacional, que não conseguiram repetir a mesma desenvoltura antes do início da Copa.


Os árbitros que compõe o quadro da Fifa, com exceção de Carlos Eugênio Simon, Leandro Pedro Vuaden e Marcelo de Lima Henrique, deixaram a desejar em todos os quesitos, inclusive em quesitos elementares. Entre os paulistas, Paulo César de Oliveira teve um ano razoável e livrou a cara de São Paulo. Sálvio Spínola Fagundes apresentou altos e baixos e Wilson Luis Seneme foi a grande decepção dentre os três e talvez a sua pior temporada como árbitro. Os paranaenses Héber Roberto Lopes, após ser eleito o melhor apito do ano passado, caiu vertiginosamente neste ano e se não rever seus conceitos de interpretação e aplicação das leis do jogo e sua performance física, pode ser substituído no processo seletivo para a Copa de 2014. Um lembrete ao sr. Héber Lopes: a Fifa não trabalha com emoção mas com profissionalismo. Evandro Rogério Roman terminou o ano que passou em baixa, iniciou este ano no mesmo patamar e no segundo semestre exibiu razoável recuperação.


O carioca Periclez Bassol Cortes e o mineiro Ricardo Marques Ribeiro, alternaram momentos de lucidez técnica e disciplinar mas não tiveram condições de manter o equilíbrio técnico e disciplinar exigidos num árbitro Fifa. Além dos nomes aqui nominados, um contingente expressivo de apitadores teve ano ruim dentro de suas funções no recém findado Brasileirão, culminando por acarretar prejuízos de monta não só para os clubes que foram prejudicados, mas para quem assistiu o espetáculo.


O articulado-retro deve ser visto pelos árbitros da CBF não como crítica desairosa, mas como uma reflexão dos equívocos e suas consequências e, por conseguinte, na melhora individual de cada apitador.

Valdir Bicudo-bicudoapito@hotmail.com

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