sexta-feira, 8 de março de 2013

Futebol paranaense, um desfortúnio

 Foto: Jornal de Londrina

Quem foi a sede da Federação Paranaense de Futebol (FPF) ou assistiu pela Ó TV, as explicações  sem nexo  do diretor da comissão de árbitros da entidade, Afonso Vitor de Oliveira, sobre "os equívocos primários" de interpretação e aplicação da Regra XIV - Tiro Penal, perpetrados pelo árbitro Felipe Gomes da Silva, na partida decisiva do primeiro turno, entre Londrina x Coritiba, no domingo que passou, compreendeu porque o futebol do Estado do Paraná está mergulhado no lodo da mediocridade há sete anos ininterruptos.

Com declarações irônicas, agressivas em alguns momentos aos profissionais da imprensa que lá estavam e o público que o via pela TV, configurado  como e fosse "professor de Deus", Afonso Vitor, personificou com rara precisão durante quarenta minutos, a falta de educação e  o porquê da epidemia mortal de incapacidade que tomou da conta da comissão de arbitragem que dirige e, por extensão, do quadro de árbitros da FPF.

Ao afirmar que o árbitro agiu corretamente ao não assinalar pênalti do meia Robinho do Coritiba, que cortou a trajetória da bola dentro da área penal, aos dez minutos da primeira fase na partida acima nominada, Afonso Vitor, tenta desesperadamente "escamotear" a verdade do fracasso retumbante da sua administração a frente do setor do apito.  Ao afrontar a regra, é digno de censura por parte da Fifa e do International Board, responsáveis pela confecção e  manutenção das mesmas. Foi um acinte raríssimas vezes presenciado na sede da FPF.  
Punir o árbitro em tela por deslizes disciplinares, e por não ter assinalado penal em Arthur do coxa aos quarenta e sete da etapa final (pênalti que aconteceu) - foi uma forma não só de desviar a atenção para o retumbante insucesso do seu modelo de gestão, mas, também para que Afonso Vitor de Oliveira, possa circular livremente pela cidade de Londrina, onde reside, e adjacências sem ser “molestado” por ninguém. 

PS: Ad argumentandum tantum: Quem conviveu com Braulio Zanotto, Cel. Bruno Ribas, Jaime Nuldemann, Tito Rodrigues e Rubens Maranho (in memoriam), no comando do departamento de árbitros, só resta uma expressão: Dá pena, dá dó, do setor mais importante da Federação Paranaense de Futebol. Para se concluir que Afonso Vitor de Oliveira na atualidade do nosso futebol, é um dos equívocos no seu todo administrativo. Que saudades dos tempos áureos em que José Milani, Mota Ribeiro e Haroldo Alberge, comandavam a Casa Gêneris Calvo.  

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