domingo, 4 de agosto de 2013

Mike Riley dá lição de mestre



O modelo mais eficiente de arbitragem de futebol do planeta,  a (PGMOB) - Professional Game Match Officials Board, fundada em 2001, na Inglaterra, é a única no mundo onde os árbitros se dedicam exclusivamente ao labor do apito. A (PGMOB), mantém sob sua tutela profissionais que interpretam e aplicam as leis do jogo nas partidas de futebol, que atuam nas divisões A e B do futebol inglês, e tem um Ranking onde o principal método de ascensão é o merecimento.
 Dada a qualidade de excelência que é desenvolvida  pela (PGMOB) na Premier League, e sua consequente propagação em todo o globo terreste, a Confederação Asiática de Futebol, convidou os membros dessa entidade que é  presidida pelo ex-árbitro, Mike Riley, para um seminário de alto nível, aos árbitros asiáticos, realizado em Hong Kong, na semana que passou.
O evento contou com a presença de mais de duzentos árbitros e dos quarenta e sete dirigentes das entidades que compõe aquela Confederação, que com olhares imutáveis, presenciaram uma sequencia de aulas cátedra, sobre as Regras de Futebol, expostas por Mike Riley e os árbitros Anthony Taylor e Neil Swarbrick, ambos da Premier League.
Riley, que foi um dos melhores árbitros de futebol da história do futebol inglês, na sua palestra inicial disse que embora as diferentes culturas e os idiomas dos duzentos e dois filiados da Fifa, os problemas e os desafios da arbitragem são iguais em todo o mundo.
Mas que o excesso de teoria e a pouquíssima prática que é desenvolvida na didática ministrada nos cursos aos árbitros, vem prejudicando sobremaneira a qualidade do árbitro de futebol, e com isso, os equívocos nas tomadas de decisões pela arbitragem vem se acentuando.
Para o ex-árbitro inglês, o bom árbitro deve se antecipar aos problemas assim que os vislumbra no transcorrer de um prélio, com abordagens firmes objetivando demonstrar aos atletas, que ele está atento a todas as ações dos jogadores.
Perguntado como se antecipar aos problemas que podem acontecer numa partida, Riley afirmou que a linguagem corporal, o olhar, o uso do apito, a interação com os assistentes e o quatro árbitro, o diálogo de forma educada ou às vezes mais ríspido, são fatores determinantes que podem evitar cartões desnecessários e, sobretudo, a expulsão de um atleta de forma açodada, o que pode tornar o clima da porfia desfavorável à arbitragem.  Além disso, o árbitro deve estudar diariamente o manual das Regras de Futebol e se tiver dúvidas do que leu, deve imediatamente procurar auxílio para dissipar a dúvida que encontrou.  
Diante da escassez qualitativa que vivencia o homem de preto do futebol brasileiro, seria de bom alvitre que a Anaf e a CBF convidassem o mestre inglês, para proferir um seminário aos nossos apitos.
PS: Um estudo científico, divulgado pelo conceituadíssimo diário New York Times, detectou que as imagens que chegam da retina não passam de um borrão desfocado com um grande buraco no meio. E que as áreas corticais destinadas à visão humana, valendo-se principalmente de nossa experiência passada, é que vão pacientemente reconstruindo tudo de modo a criar uma interpretação coerente de tudo o que vemos. Diante do exposto, concordo com o oftalmologista espanhol, Francisco Marruenda, que recentemente pediu a Fifa que altere a Regra a Regra XI – o impedimento, objetivando facilitar o trabalho de identificação da arbitragem, se um atleta está ou não impedido.

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