domingo, 6 de outubro de 2013

Vermelho e amarelo reclamam mais uma cor

Na década de 90, o mestre Telê Santana (in memoriam), um dos maiores técnicos que conheci na minha trajetória no futebol, perguntado sobre a expulsão de um dos seus atletas logo no início do jogo, afirmou: a Fifa poderia propiciar aos treinadores de futebol em todo o mundo, a oportunidade de quando um atleta estiver sob forte pressão, correndo o risco eminente de ser expulso, quem sabe criar outro tipo de cartão, o que impediria o jogador de ser alijado da continuidade do jogo e, por consequência, não prejudicaria a armação tática da sua equipe.
Questionado que cartão poderia ser implementado, já que universalmente a entidade internacional que comanda o futebol, estabeleceu os cartões amarelo e vermelho, a partir da Copa do Mundo de 1970 no México, Telê respondeu: o cartão azul. Inquirido sobre a forma disso acontecer, o mestre sugeriu que o atleta penalizado com o cartão em tela, deveria ficar dois minutos fora do campo de jogo e só retornar ou não à partida, após uma análise do treinador.
O futebol paulista realizou essa experiência (cartão azul) recentemente, e chegou a fazer uma demonstração à International Board, mas o fato não vingou. Agora, há poucos dias na cidade de Bolonha (Itália), o cartão azul voltou a chamar a atenção do mundo da arbitragem em escala mundial, já quem vem sendo utilizado num campeonato amador daquela cidade.
Segundo Andrea de David, presidente da Liga Amadora de Bolonha, o cartão azul, está sendo usando na sua liga da seguinte forma: o atleta que desaprovar com gestos ou palavras exacerbadas as decisões do árbitro, desde que não sejam ofensivas ou tiver um desentendimento verbal com o adversário, é punido com oito minutos de descanso. Após uma conversa com o  técnico, se o jogador penalizado com o cartão, demonstrar que está consciente do ocorrido, retorna ao campo de jogo, senão é substituído. Se o mesmo atleta cometer qualquer outra infração após o retorno, é expulso (cartão vermelho). 
A CBF que promove inúmeros campeonatos, dentre os quais o Sub-15, Sub-17, Sub-20, e por ser o futebol brasileiro o único pentacampeão da modalidade, poderia propor e realizar esse tipo de ensaio nas competições aqui nominadas.
Basta encaminhar um projeto nesse sentido, a Fernando Fressato (Espanha) e Massimo Busacca (Suíça), os responsáveis pela triagem para o International Board, das propostas de experiências e de possíveis alterações nas Regras de Futebol. Os técnicos de futebol ficariam muitíssimo agradecidos aos que comandam o futebol em Zurique, e o imortal Telê Santana, no Céu ao lado do Senhor, ficaria exultante. 
 Divulgação

PS: Sandro Meira Ricci (foto/Fifa/PE), o árbitro de Atlético/PR 2 x 1 Coritiba/PR, fez uma arbitragem transparente, discreta, objetiva e com critérios definidos nos quatro quesitos exigidos pela Fifa. 1) Tático, posicionamento perfeito em todo o transcorrer da partida. 2) Físico, acompanhou todos os lances com deslocamentos de pequena, média e alta intensidade, sem demonstrar nenhuma deficiência.  3) Psicológico,  pressionado interna e externamente em diferentes situações, demonstrou o equilíbrio que a Fifa exige de um árbitro, que está a caminho da Copa do Mundo de 2014. 4) Técnico, exibiu conhecimento, interpretou e aplicou as Regras de Futebol, com brilhantismo.       

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