sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Busacca: Antes de advertir tem que dialogar


A revista da Fifa desta sexta-feira (19), disponível em inglês, narra a saga da mente prodigiosa do inglês Kenneth George Aston, que exerceu as funções de sargento, ex-árbitro de futebol e foi presidente do Comitê de Árbitros da Fifa, na criação e a importância da implementação dos cartões amarelo e vermelho. No texto, há menção para o primeiro atleta que foi advertido com cartão amarelo, Lovechev da extinta (URSS) União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. Na mesma matéria, o chileno Carlos Cazely, é mencionado como o precursor do cartão vermelho na Copa de 1974 na Alemanha.

Acessando os demais conteúdos do semanário da instituição internacional, vislumbrei a brilhante e didática entrevista de Massimo Busacca (foto), o chefe de arbitragem da entidade que controla o futebol no planeta. O suíço Busacca discorre sobre os onze anos que militou como árbitro da Fifa e da Uefa, sua trajetória como personagem responsável pela aplicação e interpretação das Regras de Futebol, as partidas que dirigiu e as diferentes situações e intempéries que vivenciou como árbitro.

Além disso, Busacca destaca a importância do diálogo entre o árbitro e os atletas no campo de jogo, antes do homem de preto advertir (cartão amarelo) ou expulsar (cartão vermelho) um jogador.

Diante da “catástrofe” que assola o quadro de árbitros da (Renaf/CBF), no Campeonato Brasileiro do ano em curso, seria de bom alvitre que a diretoria da entidade, a comissão de arbitragem, delegados especiais, observadores e tutores de árbitros lessem a entrevista do homem forte da arbitragem mundial. Mas, sobretudo os árbitros e assistentes deveriam ler e procurar entender o que leram. 

PS: O presidente da CBF José Maria Marin, se diz insatisfeito com o desempenho dos homens que manejam o apito e a bandeira no atual Brasileirão. Marin afirmou que assiste o maior número de prélios possíveis, e garantiu que a entidade tem feito de tudo para melhorar o nível e colaborar com o trabalho dos árbitros.
Dada a escalada de erros “crassos” que se sucedem rodada após rodada, penso que a CBF não fez os investimentos que afirma seu presidente, ou então os responsáveis em aplicá-los não estão sabendo utilizá-los em benefício da melhora da qualidade da arbitragem. Pois no campo de jogo, assim que a bola rola as decisões de juízes e bandeirinhas tem-se mostrado desconexas em relação ao preceituado nas Regras de Futebol. No domingo, no Raio-X da arbitragem brasileira, volto ao tema que tem como principal característica o continuísmo.     

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