A revista da Fifa desta sexta-feira (19),
disponível em inglês, narra a saga da mente prodigiosa do inglês Kenneth George
Aston, que exerceu as funções de sargento, ex-árbitro de futebol e foi
presidente do Comitê de Árbitros da Fifa, na criação e a importância da implementação
dos cartões amarelo e vermelho. No texto, há menção para o primeiro atleta que
foi advertido com cartão amarelo, Lovechev da extinta (URSS) União das
Repúblicas Socialistas Soviéticas. Na mesma matéria, o chileno Carlos Cazely, é
mencionado como o precursor do cartão vermelho na Copa de 1974 na Alemanha.
Acessando os demais conteúdos do semanário da
instituição internacional, vislumbrei a brilhante e didática entrevista de
Massimo Busacca (foto), o chefe de arbitragem da entidade que controla o futebol no
planeta. O suíço Busacca discorre sobre os onze anos que militou como árbitro
da Fifa e da Uefa, sua trajetória como personagem responsável pela aplicação e
interpretação das Regras de Futebol, as partidas que dirigiu e as diferentes
situações e intempéries que vivenciou como árbitro.
Além disso, Busacca destaca a importância do
diálogo entre o árbitro e os atletas no campo de jogo, antes do homem de preto
advertir (cartão amarelo) ou expulsar (cartão vermelho) um jogador.
Diante da “catástrofe” que assola o quadro de
árbitros da (Renaf/CBF), no Campeonato Brasileiro do ano em curso, seria de bom
alvitre que a diretoria da entidade, a comissão de arbitragem, delegados especiais,
observadores e tutores de árbitros lessem a entrevista do homem forte da
arbitragem mundial. Mas, sobretudo os árbitros e assistentes deveriam ler e
procurar entender o que leram.
PS: O
presidente da CBF José Maria Marin, se diz insatisfeito com o desempenho dos
homens que manejam o apito e a bandeira no atual Brasileirão. Marin afirmou que
assiste o maior número de prélios possíveis, e garantiu que a entidade tem
feito de tudo para melhorar o nível e colaborar com o trabalho dos árbitros.
Dada
a escalada de erros “crassos” que se sucedem rodada após rodada, penso que a
CBF não fez os investimentos que afirma seu presidente, ou então os
responsáveis em aplicá-los não estão sabendo utilizá-los em benefício da
melhora da qualidade da arbitragem. Pois no campo de jogo, assim que a bola
rola as decisões de juízes e bandeirinhas tem-se mostrado desconexas em relação
ao preceituado nas Regras de Futebol. No domingo, no Raio-X da arbitragem
brasileira, volto ao tema que tem como principal característica o continuísmo.
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