A
resposta para o título acima é óbvia: Porque a CBF e as federações de
futebol ao invés de modernizar e preparar o árbitro, que é uma das personagens
mais importante do futebol, visando a sua capacitação em consonância com o modelo
de arbitragem que se pratica no século 21, optou pelo continuísmo no setor do apito.
Continuísmo
que está impregnado na CA/CBF - Comissão de Arbitragem da entidade - que há anos
é formada pelas mesmas pessoas com métodos que beiram a obsolescência. Continuísmo
que é explicitado anualmente, na indicação “política” pelos presidentes das
federações estaduais, com raras exceções, de pessoas que nunca apitaram uma
partida de futebol de meninos de conjunto habitacional, para exercerem as dificílimas
funções de assessor, delegado especial e tutor de árbitros em todas as
competições da entidade.
No
parágrafo acima um detalhe: Se observarmos com atenção alguns assessores,
delegados e tutores de arbitragem, veremos que tem gente se locomovendo com
dificuldades e já há quem apresente sinais de decadência o que é inerente a
natureza humana. Esse setor exige uma oxigenação imediata dado a sua importância.
Continuísmo
que é observado na composição da Renaf – Relação Nacional de Árbitros de
Futebol, que está “inchada” mas falta qualidade. A meritocracia, exigência “sine
qua non” para ser indicado para o teste seletivo da Renaf, há muito tempo vem
perdendo espaço em detrimento do “apadrinhamento” vergonhoso que se estabeleceu
a cada temporada na indicação de árbitros e assistentes. Lembro que a Renaf num
pretérito não muito distante, era considerada uma das “jóias” da arbitragem
nacional.
Continuísmo
que espalhou-se tal qual metástase na composição dos membros das comissões de
arbitragens, nas escolas de formação de árbitros das federações e na didática
ministrada pelos seus “professores”. É de lá que surgem pela ausência de uma
visão estratégica, os árbitros e bandeiras mal formados. Parte desse contingente
são indicados e aprovados para a Renaf. O resultado dessa formação inadequada,
é transformada na catástrofe de tomadas de decisões equivocadas das Regras de
Futebol, que vivenciamos de terça-feira à domingo, nas competições da CBF.
Portanto,
a entrevista do presidente José Maria Marin (foto), na semana que passou, de que está insatisfeito com o
desempenho da confraria do apito brasileiro é verídica. Resta saber, se há
interesse do mandatário da CBF em implementar medidas eficazes no sentido de
melhorar a qualidade das decisões do homem de preto do futebol pentacampeão.
Para
isso acontecer é imperativo uma mudança radical, sangue novo, a partir da
CA/CBF. Posteriormente, uma profilaxia na Renaf. Ato contínuo, uma renovação
total no quadro de delegados especiais, de observadores e tutores de árbitros.
E, por derradeiro, a implementação de uma nova composição e metodologia na Escola
Nacional de Arbitragem da CBF.
PS:
Aqui está o Raio-X do apito nacional. Vamos aguardar o que fará o responsável pelo
comando do futebol brasileiro e se sua insatisfação é pra valer, ou apenas mais uma "cortina de fumaça" e quais serão as medidas efetivas que irá colocar
em prática, objetivando melhorar a
qualidade dos nossos árbitros no campo de jogo.
Concordo. Tem que acabar com o continuísmo. No Paraná, Afonso Vitor, No RS, o Luiz Fernando, no Rio, o de menor idade entre os demais e quase 10 anos na frente do apito, o Jorge Rabello, em SP, o Marinho e assim vai. Tem que renovar tudo, inclusive na mídia, com um monte de comentaristas antiquados e obsoletos. O Bicudo tá certo! Fora esta velharada carcomida pelo tempo.
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