quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Tempo passa e o problema se avoluma


Alemanha 7 x 1 Brasil no último dia 8 de julho escancarou a mediocridade vergonhosa que assola o futebol brasileiro dentro e fora das quatro linhas. A desorganização, o protecionismo, o “jeitinho” brasileiro de agir, a falta de um projeto para ganhar a Copa do Mundo e a ausência de qualidade do outrora melhor atleta de futebol do planeta, foi desnudada de maneira inexorável.
O futebol brasileiro teve sete longos anos para se preparar para o maior espetáculo futebolístico do universo, inclusive a arbitragem. Mas o que viu gradativamente foi um “fiasco” sequencial ao outro. A debacle do que aconteceu no dia 8 de julho, teve início na indicação da trempe do apito, Wilson luiz Seneme, Leandro Pedro Vuaden e Heber Roberto Lopes. Todos reprovaram nos testes físicos da Fifa que é aplicado em escala universal aos árbitros e assistentes.
Portanto, a crise que estamos vivenciando na arbitragem após o Mundial no Campeonato Brasileiro não é de agora. Ela remonta a há quase uma década, período em que pouco ou quase nada foi realizado neste setor pela CBF.
E, como prova cabal de que as ações para melhorar as tomadas de decisões na área do árbitro e assistente foram tênues, basta ligar a Televisão na SPORTV a partir de terça-feira, às 19h30 e às 21h na Série (B). Na quarta-feira e quinta-feira na Série (A), a lambança dos homens de preto tem início às 19h30 e se prolonga até o final dos jogos, às 23h50. Na sexta-feira e no sábado novamente nas Séries (B) e (A). E o epílogo semanal da “bagunça de interpretação e aplicação equivocada das Regras de Futebol, tem seu “ápice” no domingo a partir das 16h e fecha por volta das 20h25.
É incrível o festival de critérios de interpretação e aplicação da REGRA 12Faltas e incorreções. O que tenho observado com raríssimas exceções, é que cada árbitro e assistente emprega a sua própria regra e não o que consta no manual das regras.  A impressão que se tem é de que a confraria do apito nacional não lê o livro Regras de Futebol. E se lê, não consegue traduzir para o seu intelecto aquilo que leu.
É deplorável a forma como o cartão amarelo é utilizado pela arbitragem. Um atleta da equipe (X) desaprova com gestos e palavras as decisões do juiz de maneira reiterada. É advertido com cartão amarelo, correto. Dali a alguns minutos um jogador da esquadra adversária, procede da mesma forma e às vezes usa de veemência gestual e verbal contra o bandeira ou o árbitro assistente adicional. Nada acontece.
A Regra XI – Impedimento, é o martírio dos assistentes. Me recuso a enumerar as deficiências escabrosas que tenho presenciado na sinalização ou não do “Offside”.

Pergunto respeitosamente ao diretor da CA/CBF/FIFA/, Sérgio Corrêa da Silva (foto): Diante das deficiências exibidas pelos bandeiras na marcação do impedimento, porque não convocar Altemir Hausmann e Roberto Braatz, os dois melhores profissionais na função que o futebol brasileiro produziu ao longo da sua história? Ambos, Hausmann e Braatz atuaram em centenas de partidas da CBF, da Conmebol e da Fifa, mas em que pese o Know-how que amealharam foram “esquecidos”. As contínuas designações dos Delegados Especiais de Arbitragem, Tutores e Observadores de Árbitros é um fracasso total e os resultados podem ser vistos nas "paupérrimas" arbitragens nos diferentes torneios da CBF.  

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