Alemanha 7 x 1 Brasil no último dia 8 de
julho escancarou a mediocridade vergonhosa que assola o futebol brasileiro
dentro e fora das quatro linhas. A desorganização, o protecionismo, o “jeitinho”
brasileiro de agir, a falta de um projeto para ganhar a Copa do Mundo e a
ausência de qualidade do outrora melhor atleta de futebol do planeta, foi
desnudada de maneira inexorável.
O futebol brasileiro teve sete longos anos
para se preparar para o maior espetáculo futebolístico do universo, inclusive a
arbitragem. Mas o que viu gradativamente foi um “fiasco” sequencial ao outro. A
debacle do que aconteceu no dia 8 de julho, teve início na indicação da trempe
do apito, Wilson luiz Seneme, Leandro Pedro Vuaden e Heber Roberto Lopes. Todos
reprovaram nos testes físicos da Fifa que é aplicado em escala universal aos
árbitros e assistentes.
Portanto, a crise que estamos vivenciando na arbitragem
após o Mundial no Campeonato Brasileiro não é de agora. Ela remonta a há quase
uma década, período em que pouco ou quase nada foi realizado neste setor pela
CBF.
E, como prova cabal de que as ações para
melhorar as tomadas de decisões na área do árbitro e assistente foram tênues,
basta ligar a Televisão na SPORTV a partir de terça-feira, às 19h30 e às 21h na
Série (B). Na quarta-feira e quinta-feira na Série (A), a lambança dos homens
de preto tem início às 19h30 e se prolonga até o final dos jogos, às 23h50. Na sexta-feira
e no sábado novamente nas Séries (B) e (A). E o epílogo semanal da “bagunça de
interpretação e aplicação equivocada das Regras de Futebol, tem seu “ápice” no
domingo a partir das 16h e fecha por volta das 20h25.
É incrível o festival de critérios de
interpretação e aplicação da REGRA 12 – Faltas e incorreções. O que
tenho observado com raríssimas exceções, é que cada árbitro e assistente emprega
a sua própria regra e não o que consta no manual das regras. A impressão que se tem é de que a confraria do
apito nacional não lê o livro Regras de Futebol. E se lê, não consegue traduzir
para o seu intelecto aquilo que leu.
É deplorável a forma como o cartão amarelo é
utilizado pela arbitragem. Um atleta da equipe (X) desaprova com gestos e
palavras as decisões do juiz de maneira reiterada. É advertido com cartão
amarelo, correto. Dali a alguns minutos um jogador da esquadra adversária,
procede da mesma forma e às vezes usa de veemência gestual e verbal contra o
bandeira ou o árbitro assistente adicional. Nada acontece.
A Regra XI – Impedimento, é o martírio dos assistentes. Me recuso a
enumerar as deficiências escabrosas que tenho presenciado na sinalização ou não
do “Offside”.
Pergunto respeitosamente ao diretor da CA/CBF/FIFA/,
Sérgio Corrêa da Silva (foto): Diante das deficiências exibidas pelos bandeiras na
marcação do impedimento, porque não convocar Altemir Hausmann e Roberto Braatz,
os dois melhores profissionais na função que o futebol brasileiro produziu ao
longo da sua história? Ambos, Hausmann e Braatz atuaram em centenas de partidas
da CBF, da Conmebol e da Fifa, mas em que pese o Know-how que
amealharam foram “esquecidos”. As contínuas designações dos Delegados Especiais
de Arbitragem, Tutores e Observadores de Árbitros é um fracasso total e os
resultados podem ser vistos nas "paupérrimas" arbitragens nos diferentes torneios da CBF.
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