O presidente da comissão de arbitragem da CBF, Sergio Correa, garante
não ter havido influência externa nas marcações do árbitro Jean Pierre
Gonçalves Lima no empate em 2 a 2 entre Corinthians e Coritiba, neste
sábado (1), no Itaquerão, pelo Campeonato Brasileiro.
Mano Menezes e os jogadores do time alvinegro reclamaram do
comportamento do juiz, que pareceu indeciso e esperar longo tempo para
confirmar o que havia apitado. Duas vezes ele voltou atrás em anotações.
No primeiro tempo, marcou pênalti em Luciano, do Corinthians. Na etapa
final, deu falta de Cássio, que teria tocado com a mão fora da área.
Lima mudou de ideia, irritando os atletas das duas equipes.
"Não houve interferência externa. Isso é proibido e não tem como ser
feito. Os rádios de comunicação dos árbitros são criptografados. Não tem
como entrar na frequência", disse Correa à Folha.
O chefe da arbitragem do Campeonato Brasileiro conversou após a partida
com o delegado da CBF no Itaquerão, Nilson Moução, para saber o que
havia acontecido. Foi informado que as decisões foram revertidas após
consultas aos auxiliares. No caso do pênalti, Lima falou com o juiz que
estava atrás do gol. Na falta de Cássio, a influência foi do bandeira.
"O árbitro agiu muito bem. Comunicou-se com os demais integrantes da
arbitragem e mudou as decisões para acertar. Isso é muito importante",
completou Correa.
O Corinthians perdia por 2 a 1 até os 50 min do 2º tempo, quando Bruno Henrique empatou, de cabeça.
"Os lances foram demorados. Não tenho certeza se houve interferência ou
não. A gente precisa deixar isso claro para o torcedor porque vai ficar
uma coisa estranha e ninguém vai entender mais nada", contestou Mano
Menezes.
Jean Pierre Gonçalves Lima, que participou de matérias de TV vestido
como o ator Vin Diesel, já foi acusado anteriormente de usar ajuda
externa para mudar decisões em campo. Em 2012, ele era o quarto árbitro
na derrota do Palmeiras para o Internacional por 2 a 1, no Beira Rio.
Perguntou a uma jornalista se o atacante Barcos, então do Palmeiras,
havia feito o gol de empate com a mão. Após ouvir que sim, avisou ao
juiz Francisco Carlos Nascimento, que anulou a jogada.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/esporte
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/esporte
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