Modelos,
diplomatas e embaixadores, pessoas honestas e íntegras são atributos
que a UEFA espera ver dos seus árbitros como representantes do
organismo.
Os
árbitros da UEFA receberam sábios conselhos sobre o seu papel e
responsabilidades como representantes do organismo gestor do futebol
europeu, nos cursos de Inverno da UEFA a decorrer em Atenas.
Os
participantes do 23º Curso Avançado da Uefa para Árbitros de Topo e do
24º Curso Introdutório da Uefa para Árbitros Internacionais foram
incentivados para serem modelos para todos aqueles que aspirem
seguir-lhes o exemplo, para que se comportem de forma impecável enquanto
a serviço da Uefa e mostrem honestidade e integridade, rejeitando
qualquer envolvimento na manipulação de resultados.
Ao receber os
árbitros na Grécia, o presidente do Comitê de Arbitragem da Uefa e o
segundo vice-presidente da instituição europeia, Angel María Villar Llona, foi firme e
inequívoco ao lembrar aos árbitros o que deles é esperado. "Vocês são a
'nata da nata' dos árbitros europeus e há muito trabalho e dedicação com
o objetivo de cuidar de vocês", afirmou.
"Pedimos que atuem
como modelos, em particular em relação a jovens árbitros nos vossos
países", acrescentou. "O vosso comportamento deverá ser exemplar e os
vossos ensinamentos são excepcionais. Queremos que os jovens juízes
olhem para vocês. lembrem-se que representam todos os árbitros da Uefa e
o próprio organismo, pelo que peço que ajam de forma responsável."
O
membro do Comitê de Arbitragem da Uefa, o inglês David Elleray (foto), desenvolveu este
mesmo tema numa apresentação junto dos novos árbitros internacionais,
na qual deu ênfase ao fato de os árbitros serem diplomatas e
embaixadores. "Vocês são embaixadores do futebol e do 'fair play'",
adiantou.
"Para além de se representarem a vocês mesmos, aos
vossos colegas e país, estão também a representar a Uefa. Tal significa
conseguir não só desempenhos de grande qualidade e mostrar capacidades
diplomáticas na gestão de um jogo, mas também uma conduta de grande
qualidade e diplomacia fora do campo."
Elleray incentivou os
árbitros a terem sempre presente que a sua apresentação e comportamento
longe dos relvados, e em particular quando em viagem para um jogo,
têm um peso crucial na sua reputação, mas também na da Uefa.
O
organismo considera a luta contra a viciação de resultados como uma das
suas prioridades, e o coordenador de informação da Uefa, Graham Peaker,
esteve presente no curso para uma apresentação na qual alertou os
árbitros para se manterem particularmente atentos face a qualquer
tentativa de persuasão, com o objetivo de manipular o resultado de um
jogo.
A Uefa tem uma posição de tolerância zero em relação à
manipulação de resultados", disse Peaker aos juízes, fazendo eco da
posição várias vezes assumida pelo Presidente Michel Platini de que o
espírito essencial do futebol ficaria em perigo de morte se os
resultados das partidas fossem conhecidos previamente. "Qualquer pessoa –
jogadores, treinadores, árbitros – considerada culpada de manipular um
resultado receberá um cartão vermelho que o irá banir do futebol para
sempre", sublinhou Peaker.
Para além de gerir um sistema de
detecção de fraude nas apostas que monitoriza mais de 30.000 encontros
por ano, a Uefa assinou recentemente um memorando de entendimento com a
agência da União Europeia, Europol, e criou um grupo de trabalho sobre
viciação de resultados que inclui procuradores europeus e órgãos de
aplicação da lei.
Os árbitros foram encorajados a seguirem o
princípio os "três R's" quando alguém os tentam envolver em situações de
manipulação de resultados: reconhecer o que está a acontecer; rejeitar a
abordagem e reportar o caso.
Fonte: Mark Chaplin - Uefa.com
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