Continua a “chororô” de alguns setores dos homens do apito
porque usei a expressão: “Voltem para Tocantis”, na última segunda-feira, contra
a dupla Alisson Furtado (árbitro) e Gilvan Medrado (assistente), ambos da Federação
Tocantinense de Futebol. Furtado e Medrado, atuaram no domingo que passou, na
partida São Paulo/SP 3 x 1 Coritiba. Mantenho as afirmações que fiz aqui neste
espaço, por questão de coerência e, principalmente, porque o futebol pentacampeão
do mundo exige e merece uma arbitragem de melhor qualidade.
submeter-se a um processo de requalificação com instrutores de
arbitragem de alto nível, se prepararem como sugeri, para então voltarem
qualificados para atuarem nos jogos do Campeonato Brasileiro da Série (A), não
é preconceito
Um árbitro preparado detecta os problemas sejam eles de ordem
administrativa, técnica ou disciplinar e antecipa-se com medidas eficazes pra
solucioná-las. É reconhecendo de maneira antecipada as dificuldades que irá em
conjunto com os assistentes e o quarto árbitro controlá-as.
Por que é determinado pela CA/CBF na Circular 26/2015, que a
arbitragem planeje e organize a sua viagem desde o momento que recebe a
designação do confronto que vai comandar? Para que haja uma interação entre
(juiz e bandeiras), sobre os prós e os contra do jogo que irão dirigir.
No planejamento e organização de um quarteto dos homens de
preto, estão inseridos o dia e como será feito o deslocamento até o local da
partida, onde ficarão hospedados, incluindo a chegada na cidade e,
posteriormente, ao estádio, bem como o retorno ao hotel e a cidade de origem de
cada componente do quarteto. O meio de transporte de acordo com o regulamento
da competição que será utilizado (carro, ônibus ou avião).
No planejamento e na organização está preceituado a chegada ao
estádio duas horas antes do início do jogo, objetivando que a arbitragem faça o reconhecimento
do vestiário que irá ocupar e se ele está de acordo com as exigências do
regulamento das competições da CBF. As condições do campo de jogo, segurança, e
o estabelecimento de um colóquio verbal com o chefe do policiamento, ouvindo e
solicitando educadamente junto a esse comandante da Polícia Militar, as
providências que julgar necessárias para segurança do quarteto de árbitros e
dos atletas.
E, por derradeiro, antes do aquecimento e entrada no campo de
jogo de forma definitiva, o quarteto de arbitragem deve reunir-se a sós e ali
discorrer sobre o comportamento das equipes, dos técnicos, dos atletas do banco
de reservas, do massagista, do preparador físico, dos gandulas, sobre a
presença de um corpo estranho no campo ou outras variáveis nas adjacências do
gramado, que tipo de sinais, fala, olhares serão trocados entre o árbitro,
assistente e quarto árbitro durante a partida independente dos acontecimentos,
e testar as bandeiras e o ponto eletrônico. E, por derradeiro dois, o árbitro
tem que ter arquitetado no seu intelecto um projeto de como vai dirigir a
partida, independente das peculiaridades que ela apresentar.
PS: Ao árbitro do século 21 não basta ostentar o diploma ou a
insígnia da CBF. Tem que participar de cursos de capacitação continuada, ler,
reler e trever o livro REGRAS DE FUTEBOL e as normas e diretrizes da CA/CBF.
Preparar-se fisicamente, interagir com a comissão de árbitros, com ex-árbitros
de notória capacidade via WatsApp ou e-mail, e discutir as várias nuances que
vivencia um árbitro na sua carreira. Quem agir assim alcançará o topo da
arbitragem.
PS (2): Quanto a arguição de que o árbitro precisa ser
profissional para preencher os requisitos aqui mencionados a afirmação é uma
galhofa. Há dois anos foi sancionada pela presidente da República a Lei nº
12.867/13, reconhecendo a atividade dos apitos como profissional. “Estranhamente”
de lá para cá, os maiores interessados, os árbitros, nunca moveram um décimo de
milímetro para a concretização do fato.
PS (3): Tanto é verdade a nossa crítica, que há mais de uma
década a CBF explora diferentes logomarcas de multinacionais na indumentária
dos árbitros brasileiros que laboram nas competições da CBF, e é sabido que a
entidade não lhes dá um único centavo em troca. E, o pior: Ninguém vinculado a
arbitragem até a presente data reivindicou o fim dessa exploração vergonhosa.
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