
"Pares
extra de olhos" têm oferecido aos árbitros principais um apoio crucial
na tomada de decisões desde a introdução, nos últimos anos, de dois
árbitros assistentes adicionais nos jogos das principais provas de
clubes e seleções da UEFA.
Esta
semana, a UEFA juntou em Nyon 40 árbitros que costumam desempenhar
essas funções para dois dias de análise, discussão e treino, com o
objetivo de afinar e melhorar o seu trabalho durante a temporada que
agora começa.
O sistema de árbitros assistentes adicionais,
presente nas Leis do Jogo desde 2012, dita que o árbitro principal, os
dois árbitros assistentes e o quarto-árbitro passam a ter a companhia de
dois árbitros adicionais, posicionados atrás da linha final, junto a
cada uma das balizas. A sua missão passa por observar incidentes que
ocorram dentro das áreas de penalty, como empurrões ou agarrões, ou
avaliar se a bola passou ou não a linha de gol. O sistema encontra-se
em operação na UEFA Champions League, UEFA Europa League e SuperTaça
Europeia, bem como na qualificação para o UEFA EURO 2016.
Hugh
Dallas e Marc Batta, responsáveis de arbitragem da UEFA, estiveram ao
lado de Vladimir Sajn, membro do Comitê de Arbitragem da UEFA, em Nyon
para conduzir o curso, enquanto Werner Helsen, especialista em treino de
árbitros da UEFA e da FIFA e a sua equipe guiaram as sessões de treino, com
exercícios específicos e preparação para situações de jogo. Incidentes
de jogos da UEFA e exemplos filmados das sessões de treino foram,
depois, analisados ao detalhe.
Entre as áreas cobertas estiveram a
concentração, o posicionamento, a antecipação, a correta movimentação,
a constante necessidade de uma comunicação clara e precisa e a
importância de um trabalho de equipe de alta qualidade. O treino da UEFA
para árbitros assistentes adicionais inclui agora preparação online
através de um website especial, com o estudo de situações de jogo,
conferindo aos árbitros assistentes adicionais uma experiência
importante e a possibilidade de trocarem opiniões com especialistas em
arbitragem da UEFA antes de entrarem em campo.
"Sabemos que o
papel dos árbitros assistentes adicionais tem sido benéfico", destacou
Dallas. O ex-árbitro internacional escocês explicou que a introdução
dos árbitros assistentes adicionais tem sido um fator importante para a
redução de erros potencialmente decisivos, sobretudo no que diz
respeito a ocorrências dentro das grandes áreas. "É crucial que tenhamos
decisões corretas, o que significa que os árbitros assistentes
adicionais têm de estar totalmente concentrados", frisou. "A ajuda
prestada pelos árbitros assistentes adicionais na identificação de
infrações dentro das áreas de penalty é um papel que implica precisão e
coragem".
"Um dos principais aspectos em que o sistema de
árbitros assistentes adicionais tem resultado", prosseguiu Dallas, "é
que funciona como elemento dissuasor. Jogadores e treinadores sabem que
há agora um par de olhos extra junto à baliza a analisar todos os
incidentes. Tal inibe os jogadores de se agarrarem, empurrarem ou
bloquearem. Estamos também a verificar uma redução deste tipo de
incidentes na sequência de tiros livres e cantos".
Dallas explicou que
um aspecto surpreendente do sistema de árbitros assistentes adicionais
foi a ajuda que este veio dar não só aos árbitros mas também aos
árbitros assistentes. "Uma vez que os árbitros assistentes podem agora
estar mais focados na avaliação dos foras-de-jogo, o acerto das suas
decisões subiu significativamente", destacou.
Com uma nova
temporada a começar, o feedback dado pelos árbitros em relação ao
sistema de árbitros assistentes adicionais continua a ser positivo. "Os
árbitros sentem-se confortáveis com esta partilha de responsabilidades",
refletiu Dallas. "Os árbitros e os árbitros assistentes adicionais
olham agora para o mesmo incidente a partir de ângulos diferentes – é
como se o árbitro principal tivesse mais um par de olhos. Isto significa
que existem menos razões para erros de julgamento dentro das áreas de
penalty – mais olhos significam maior precisão".
Por Mark Chaplin de Nyon - Uefa.com
PS: Na contramão da evolução do seu quadro de árbitros, a CBF de Marco Polo Del Nero, numa demonstração inequívoca de "atraso", aboliu os (AAA) e desprezou o sistema GoalControl que determina se a bola ultrapassa ou não a linha de meta. Em ambos os casos, a explicação para a não continuidade, foi o elevado custo financeiro. Bastava aplicar parte dos milhões de reais que a CBF fatura com as propagandas que são expostas nas camisas da arbitragem.
PS: Na contramão da evolução do seu quadro de árbitros, a CBF de Marco Polo Del Nero, numa demonstração inequívoca de "atraso", aboliu os (AAA) e desprezou o sistema GoalControl que determina se a bola ultrapassa ou não a linha de meta. Em ambos os casos, a explicação para a não continuidade, foi o elevado custo financeiro. Bastava aplicar parte dos milhões de reais que a CBF fatura com as propagandas que são expostas nas camisas da arbitragem.
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