terça-feira, 11 de agosto de 2015

Raio-X da arbitragem

    Observe a publicidade alocada nas mangas das camisas, na bermuda, no tórax, e no Brasileirão/15 há propaganda nas costas da arbitragem.

Efeito traque (1)

O “tonitruante” alarido das entidades de classe da confraria do apito brasileiro, após o veto da presidência da República do percentual de 0,5% aos árbitros como direito de arena, teve o efeito do disparo de um projétil de um revólver calibre 38 contra um tanque Merkava MK4 - uma das principais armas de guerra do exército de Israel. Ou seja, não produziu nenhum efeito positivo.

Efeito traque (2)

Idem, o conteúdo do discurso do ex-árbitro e hoje deputado federal Evandro Rogério Romam (PSD/PR) - na tribuna da Câmara dos Deputados nesta terça (11), sobre o tema. O que faltou no episódio dos 0,5%, foi representatividade política da confraria dos homens de preto para enfrentar a bancada da bola. Faltou conhecimento jurídico na formatação da petição com embasamento constitucional que versa sobre o direito de arena. Faltou acompanhamento e um trabalho político junto a Advogacia - Geral da União, que dá o parecer final se é ou não constitucional. Faltou liderança expressiva junto a Casa Civil da presidência República, última parada de todos os Projetos de Lei, PEC e Medida Provisória, antes de ir para sanção da presidente Dilma Rousseff.

Tem que alterar a lei

Especialistas ouvidos a respeito do tema direito de arena por este colunista foram incisivos: a lei atual não contempla os homens de preto. Se almejam a conquista de tal direito, é imperativo gestionar junto ao Congresso Nacional a alteração da nominada lei e ponto final. O resto é conversa “pra boi dormir”.

Greve não é a solução

Algumas notas nas redes sociais estão afirmando que a cataegoria do apito brasileiro, que labora nas competições da CBF, principalmente, aquela que atua na Série (A) do Brasileirão, poderá entrar em greve. Em “off” consultei pouquíssimos árbitros e bandeiras que rechaçaram de imediato qualquer paralisação. Qualquer movimento neste sentido não encontrará ressonância na categoria, afirmaram os entrevistados.

Chega de propaganda gratuita

A maioria dos contatados afirmou que antes de pleitear o direito de arena, que carece de mudança na lei e é um imbróglio ainda a ser discutido - a Associação Nacional de Árbitros (Anaf), deveria resolver a questão dos patrocínios das três multinacionais que a CBF aloca nos uniformes dos árbitros sem lhes repassar um único centavo de participação. A mesma posição deveria ser tomada pelas federações estaduais. Perguntar não ofende: Quem celebrou o contrato, qual é o tempo de duração e qual é o valor monetário que a CBF fatura com as três publicidades estampadas na vestimenta dos árbitros, assistentes e quarto árbitros que atuam nas suas competições?

Não precisa de lei

Como reivindicar o direito de arena aos árbitros que é uma lei federal, se as entidades de classe da arbitragem do Brasil “assistem” reiteradamente, a CBF explorar as logomarcas de três multinacionais na indumentária dos juízes e bandeiras que atuam nas suas competições sem lhes repassar um único centavo?  Aqui neste caso não precisa de lei – basta existir um mínimo de vontade da Anaf em conjunto com os sete sindicatos, sentar com a direção da CBF e expor o fato que vem se repetindo de forma sistêmica e ponto final. Quem decide se deve ou não repassar um percentual dos milhões de reais que fatura anualmente com a exploração das publicidades estampadas nas meias, nas bermudas, nas mangas e nas costas das camisas dos apitos e bandeiras é a CBF.

Assumir o risco/bloquear

O movimento da mão do atleta Wendel do Corinthians/SP, em direção a bola, na partida São Paulo/SP 1 x 1 Corinthians/SP, no último domingo, no Morumbi, é daqueles que o jogador assume o risco de bloquear a bola. Até porque, a Fifa e o (IFAB) determinam que quanto mais os braços do jogador estiverem abertos, maior o risco de sanção. E que deve-se dar prioridade a ação de bloquear e, posteriormente, a distância e velocidade da bola. Portanto, foi pênalti! - em desfavor da equipe do Parque São Jorge, não assinalada pelo excelente árbitro Leandro  Vuaden.

Reserva moral

Saio em defesa de Vuaden, porque trata-se de um árbitro com uma trajetória impoluta no quesito ético e é uma reserva moral do futebol brasileiro e, por conseguinte, Sul-Americano. Se exibiu problemas no pilar (técnico) – conhecimento, interpretação e aplicação das regras é outro problema. Acredito que a CA/CBF irá tomar as providências que se fazem necessárias em relação ao fato. Tanto é verdadeira a nossa afirmação, que o indigitado apito dirige na quarta (12), Joinvile/SC x Cruzeiro/MG.

Atingiu o topo

O confronto Atlético/PR 1 x 1 Sport/PE, efetivado na 17ª  rodada do primeiro turno do Campeonato Brasileiro, confirmou definitivamente a ascensão do árbitro Anderson Daronco (Fifa/RS), ao topo da arbitragem brasileira.  A próxima etapa de Daronco, a mais difícil da sua carreira, será superar os obstáculos que irão surgir na sequência e, por consequência, manter-se no patamar de excelência que alcançou. É o melhor apito do futebol pentacampeão ao lado de Dewson de Freitas (Fifa/PA) neste primeiro turno do Brasileirão.  
           

E a penumbra continua....
Sem força política na CBF, sem projeto de formação de excelência e requalificação do seu quadro de árbitros que está inchado com  um curso atrás do outro, vivenciando um continuísmo anacrônico na comissão de arbitragem como nunca se viu, os árbitros da Federação Paranaense de Futebol (FPF), que compõe a Relação Nacional de Árbitros de Futebol (Renaf/CBF), pelo andar da carruagem dificilmente serão aproveitados na Série (A) do Campeonato Brasileiro nesta temporada.  

Mentira deslavada

Tenho lido reiteradamente que o atual presidente da CBF Marco Polo Del Nero, é um dirigente que investe na arbitragem brasileira. MENTIRA! REPITO, É A PRINCIPAL MENTIRA DO FUTEBOL BRASILEIRO NESTA TEMPORADA NO QUE CONCERNE A ARBITRAGEM. Del Nero no comando do futebol brasileiro, dá sequência a  exemplo de seus antecessores, Ricardo Teixeira e José Maria Marin que está preso na Suíça, a "exploração vergonhosa" de três logomarcas de multinacionais na vestimenta de todos os árbitros que atuam nos torneios da CBF, sem repassar um único centavo aos apitos e banderias.

A escravidão já acabou

Embora o Brasil tenha sido o último País do mundo a abolir a prática criminosa da escravidão, a CBF pelo andar das coisas ainda não se tocou da necessidade imperiosa de dar um fim na "exploração vergonhosa" que impõe sistematicamente à arbitragem que labora nas suas competições.
 
 

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