(AAA) em treinamento no Sub-17/Europeu na Eslovênia, atuam nas duas maiores competições do futebol mundial. Liga dos Campeões e Liga da Europa.
Dado
o quiproquó envolvendo os homens do apito e bandeiras no meio de semana que
passou, e, o acréscimo de mais três equívocos de proporções de elevada monta
perpetrados no final de semana por árbitros e assistentes, pela quarta rodada
do returno do Brasileirão da Série (A), saí a campo ouvir o que pensam árbitros
e assistentes da ativa, ex-árbitros, ex-diretores de departamento de árbitros e
professores de arbitragem sobre os recentes erros de interpretação e aplicação
das Regras de Futebol.
O
ex-árbitro Salvio Spínola e atual comentarista da ESPN, o único que falou sem “Off”,
sugeriu as seguintes ações para melhorar o desempenho dos juízes e bandeirinhas
e salvar a credibilidade do Campeonato Brasileiro desta temporada: 1) Que Sérgio
Corrêa, foque todas as atenções e energias para o Brasileirão e esqueça as Séries
(B, C, D, Copa do Brasil e demais competições da CBF). A Série (A) é o melhor
produto do futebol pentacampeão e a persistir a escalada de erros a coisa vai
para o beleléu.
2)
Os demais torneios da CBF devem ficar a cargo dos seus congêneres na CA/CBF. 3)
Selecionar (20) apitos e (30) assistentes e mais ninguém, salvo em caráter excepcional,
com exclusividade para atuarem na Série (A). 4) Falar com o presidente da CBF e
conceder um incremento financeiro aos apitos e bandeiras selecionados. 5) Não
fazer mais experiências com os árbitros e assistentes promissores na Série (A),
objetivando não propiciar “chabu” – vários promissores estão “queimados”
perante os cartolas e a imprensa. 5) Desenvolver gradativamente um projeto de
alto nível, preparando a arbitragem para o Brasileiro de 2016.
Além
das sugestões acima, ouvi outras personagens vinculadas à arbitragem, que,
solicitaram “Off” nas suas colocações com o objetivo de minimizar os equívocos
da confraria do apito as quais transcrevo: o retorno imediato dos árbitros
assistentes adicionais (AAA), desempenhando as funções determinadas pelo (IFAB)
de acordo com o prescrito no livro Regras de Futebol 2014/2015, nas páginas 120
à 122.
A
CA/CBF deve orientar o árbitro central no sentido de assinalar infrações que
estão dentro do seu campo visual, e não “transferir” a responsabilidade para o
assistente. Trabalho em equipe é uma coisa, agora, “transferir” a
responsabilidade pela marcação da falta para o assistente, quando o árbitro
está próximo do lance é “sacanagem”.
A
CA/CBF deve desenvolver em conjunto com as comissões de arbitragens das federações,
via Escola Nacional de Arbitragem de Futebol, um programa de treinamento com o intuito
de melhorar a marcação da Regra (11), o impedimento. Os seminários realizados
pela CBF são de grande valia, mas diante da impossibilidade de os homens de
preto dedicarem um tempo maior no estudo e treinamento, é de bom alvitre
estender treinamentos práticos no campo de jogo nas suas federações de origem.
Todos
foram unânimes de que a CBF errou quando rejeitou o legado da tecnologia na
linha do gol, da empresa GoalControl, após a Copa do Mundo no Brasil. Há um
temor estratosférico entre assistentes e árbitros, todas as vezes que a bola
toca a linha do gol. A olho nu, na maioria dos lances, com vários atletas
tapando a visão, é praticamente impossível determinar se a bola ultrapassou a
linha do gol na sua plenitude.
Outra
sugestão foi em relação a profissionalização do árbitro. Somos profissionais,
mas não temos direito a nada. Somos explorados pela CBF com patrocínios no
nosso uniforme, mas não recebemos um vintém em troca. Se sofrermos uma contusão
não temos sequer INSS, ninguém nos auxilia - é cada um si por si e ponto final.
Mesmo assim, descontamos das nossas taxas 5% para a Anaf, 11% de INSS e Imposto de Renda, salvo se
o árbitro for isento.
E,
por derradeiro, se há intenção da mudar algo na arbitragem brasileira, como
estudioso do tema Regras de Futebol, deixo algumas colocações para serem
analisadas pela CBF e sua comissão de árbitros. Implementar cursos de
capacitação continuada via Escola Nacional de Arbitragem de Futebol, em caráter
permanente, com a missão de requalificar juízes e bandeiras da Renaf. Fazer uma
renovação total no quadro de assessores e delegados especiais de arbitragem
para a temporada 2016. Não aceitar a indicação das federações de futebol, de
dirigente de associação ou sindicato de árbitros para exercer as funções de
assessor ou delegado especial nos campeonatos da CBF. Se mantiver este tipo de
indicação, a CBF dá uma demonstração inequívoca de que a propalada mudança num
dos setores mais importante do futebol que é a arbitragem, é mais falsa que
nota de três reais.
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