domingo, 8 de novembro de 2015

Não existiu “Fair Play”

       Ricardo Marques Ribeiro (FIFA/MG), é candidato a receber o troféu de melhor apito do Brasileirão/2015.
Fair Play (em português: Jogo Limpo)- é uma filosofia adotada em esportes que prima pelo jogo limpo. A expressão nasceu em 1896, durante as primeiras Olimpíadas da Era Moderna, de Atenas. Barão de Coubertin, o organizador dos jogos, idealizou a filosofia por meio da frase: “Não pode haver jogo sem fair play. O principal objetivo da vida não é a vitória, mas a luta”.
No futebol, a filosofia é adotada por meio do Fair Play Campaign (Também chamada de FIFA Fair Play) - que é uma campanha criada pela entidade que controla o futebol no planeta (FIFA), que visa beneficiar o cumprimento das regras, do bom senso e do respeito aos atletas, árbitros, equipes adversárias, imprensa e  torcedores.
Mas o Fair Play ganhou robustez da Fifa, a  partir da Copa de 1986 no México, quando o maior atleta do futebol argentino, Diego Maradona, utilizou a mão para a confecção de um gol contra a Inglaterra. Antes do episódio em tela, a partir de 1978, a Fifa concedia o troféu Fair Play à seleção que cometesse o menor número de faltas durante o Mundial.
Desde 1997, como parte da Fair Play Campaign, a FIFA dedica uma semana do seu calendário internacional, quando celebra e promove eventos, onde é solicitado às federações nacionais a organizarem atividades para realçar a importância da aplicação do Fair Play dentro e fora de campo. O Fair Play não consta nas Regras do Jogo da Fifa e não há nenhuma determinação do International Board (IFAB) a seu respeito.
Em abril deste ano em reunião na sede da CBF, os técnicos de futebol das equipes que disputam as competições da entidade, acordaram entre eles as condições para a utilização do Fair Play.
Ficou decidido que: “quando um atleta da equipe adversária apresentasse algum tipo de contusão que necessitasse de atendimento médico, a esquadra que estava com a bola colocaria a pelota para fora do campo de jogo. No reinício da partida, a equipe que foi beneficiada com a paralisação, devolveria a bola à equipe que colaborou e aí entraria o Fair Play”.    
Diante do exposto acima, o lance ocorrido aos 42’ da segunda etapa, em que o jogador Biro-Biro, da equipe de Campinas cai ao solo alegando cãibra na panturrilha, e o seu companheiro Alexandro toca a bola para fora do campo pela linha lateral não exigiu o Fair Play. Quem estava na posse da bola era a Ponte Preta.
Inteligentemente o Internacional executou a cobrança do arremesso lateral, e após exatos quatorze toques, o time do treinador Argel confeccionou o gol que lhe deu a vitória pelo placar de 1 x 0.
Portanto, é improcedente qualquer tipo de culpa contra o árbitro Ricardo Marques Ribeiro (FIFA/MG), que teve uma atuação tranquila, num confronto de altíssima dificuldade.
PS: “Estranhamente, Biro-Biro que saiu do campo de jogo alegando câibra, retornou incontinenti num pique de fazer inveja a um velocista de prova de cem metros rasos”. 

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