quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

2016 não pode ser igual ao ano que passou (fim)

    Sob os ombros de Marco Antonio Martins, presidente da Anaf, está a responsabilidade de mudar ou não o modelo de gestão sindical falido que vigora na arbitragem brasileira.

Se a confraria do apito brasileiro deseja sair da incômoda posição de último lugar que ocupa no vagão que gere o nosso futebol, a classe não pode ser convocada e manuseada da forma como foi em 2015 - após o veto do direito de arena pela presidência da República a categoria foi convocada em assembleia geral em todo o território brasileiro, os jogos do Brasileirão foram atrasados em um minuto e houve ameaça de “greve” que na verdade teve “efeito traque”. Ali a categoria demonstrou desunião e falta de inteligência. Não aconteceu absolutamente nada, foi um fiasco!

Se a confraria do apito brasileiro deseja sair da incômoda posição de último lugar que ocupa no vagão que gere o nosso futebol, urge contratar um advogado versado na Constituição brasileira, na (CLT) Consolidação das Leis do Trabalho, Estatuto do Torcedor, Lei Pelé e demais leis inerentes aos trabalhadores.

Porque os equívocos cometidos pelo jurídico da Anaf no pleito do direito de arena e de imagem, explicitaram desconhecimento da legislação sobre os dois temas e, por conseguinte, uma certa arrogância na explicação de o porquê ter dado “chabu” nas duas petições. O desgaste e os prejuízos foram debitados aos homens de preto.
     
Se a confraria do apito brasileiro deseja sair da incômoda posição de último lugar que ocupa no vagão que gere o nosso futebol, deve solicitar em caráter emergencial via ofício, através do diálogo e se necessário via judicial, que, os valores auferidos da logomarca estampada nas mangas das camisas dos árbitros da CBF, sejam revertidos em benefício exclusivo da categoria como determina a circular da FIFA há mais de uma década.

Se a confraria do apito brasileiro deseja sair da incômoda posição de último lugar que ocupa no vagão que gere o nosso futebol, deve buscar interlocutores políticos em Brasília junto a Câmara dos Deputados e do Senado Federal, que conheçam os labirintos do poder e tenham transito livre perante os caciques que mandam nas duas casas de leis do País. Pois do contrário, o direito de arena e de imagem, leis consagradas e protegidas pela Constituição Federal da República não serão alcançadas pelos homens do apito.

Se a confraria do apito brasileiro deseja sair da incômoda posição de último lugar que ocupa no vagão que gere o nosso futebol, é imperativo que seja criada imediatamente a Confederação Brasileira dos Árbitros de Futebol - entidade reconhecida pela Constituição do Brasil, pela CLT, pelo Tribunal Superior do Trabalho e ministério do Trabalho e Emprego. Porque como Associação Nacional de Árbitros de Futebol, dificilmente a classe que maneja o apito e as bandeiras atingirá seus objetivos. Em Brasília, quando se fala de sindicato, confederação ou federação trabalhista, o tapete vermelho é estendido.
   
E, por derradeiro, se a confraria do apito brasileiro deseja sair da incômoda posição de último lugar que ocupa no vagão que gere o nosso futebol, os dirigentes da Anaf não podem continuar a exercer qualquer função na CBF ou nas federações. Não se pode servir a dois senhores. É vergonhoso, humilhante, incompatível, antiético, o cidadão ser eleito para defender os interesses da categoria trabalhista e, posteriormente, coligar-se com o patronato do futebol. No “jargão” sindicalista quem adota tal prática é reconhecido como “pelego”. Aliás, a arbitragem brasileira está infestada de "pelegos" que nada mais fazem do que defender suas ambições e interesses pessoais, enquanto aqueles que os elegeram estão "chupando os dedos".

PS: a continuidade do modelo sindical em voga praticado pela Anaf, associações e sindicatos, conduzirá em curto espaço de tempo a arbitragem brasileira do último lugar do vagão diretamente para o “bagageiro”.      

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