Sob os ombros de Marco Antonio Martins, presidente da Anaf, está a responsabilidade de mudar ou não o modelo de gestão sindical falido que vigora na arbitragem brasileira.
Se a confraria do apito
brasileiro deseja sair da incômoda posição de último lugar que ocupa no vagão
que gere o nosso futebol, a classe não pode ser convocada e manuseada da forma
como foi em 2015 - após o veto do direito de arena pela presidência da
República a categoria foi convocada em assembleia geral em todo o território brasileiro,
os jogos do Brasileirão foram atrasados em um minuto e houve ameaça de “greve”
que na verdade teve “efeito traque”. Ali a categoria demonstrou desunião e
falta de inteligência. Não aconteceu absolutamente nada, foi um fiasco!
Se a confraria do apito
brasileiro deseja sair da incômoda posição de último lugar que ocupa no vagão
que gere o nosso futebol, urge contratar um advogado versado na Constituição
brasileira, na (CLT) Consolidação das Leis do Trabalho, Estatuto do Torcedor,
Lei Pelé e demais leis inerentes aos trabalhadores.
Porque os equívocos cometidos
pelo jurídico da Anaf no pleito do direito de arena e de imagem, explicitaram desconhecimento
da legislação sobre os dois temas e, por conseguinte, uma certa arrogância na
explicação de o porquê ter dado “chabu” nas duas petições. O desgaste e os
prejuízos foram debitados aos homens de preto.
Se
a confraria do apito brasileiro deseja sair da incômoda posição de último lugar
que ocupa no vagão que gere o nosso futebol, deve solicitar em caráter
emergencial via ofício, através do diálogo e se necessário via judicial, que,
os valores auferidos da logomarca estampada nas mangas das camisas dos árbitros
da CBF, sejam revertidos em benefício exclusivo da categoria como determina a
circular da FIFA há mais de uma década.
Se
a confraria do apito brasileiro deseja sair da incômoda posição de último lugar
que ocupa no vagão que gere o nosso futebol, deve buscar interlocutores políticos
em Brasília junto a Câmara dos Deputados e do Senado Federal, que conheçam os
labirintos do poder e tenham transito livre perante os caciques que mandam nas
duas casas de leis do País. Pois do contrário, o direito de arena e de imagem, leis
consagradas e protegidas pela Constituição Federal da República não serão
alcançadas pelos homens do apito.
Se
a confraria do apito brasileiro deseja sair da incômoda posição de último lugar
que ocupa no vagão que gere o nosso futebol, é imperativo que seja criada
imediatamente a Confederação Brasileira dos Árbitros de Futebol - entidade
reconhecida pela Constituição do Brasil, pela CLT, pelo Tribunal Superior do
Trabalho e ministério do Trabalho e Emprego. Porque como Associação Nacional de Árbitros
de Futebol, dificilmente a classe que maneja o apito e as bandeiras atingirá
seus objetivos. Em Brasília, quando se fala de sindicato, confederação ou
federação trabalhista, o tapete vermelho é estendido.
E,
por derradeiro, se a confraria do apito brasileiro deseja sair da incômoda
posição de último lugar que ocupa no vagão que gere o nosso futebol, os dirigentes
da Anaf não podem continuar a exercer qualquer função na CBF ou nas federações.
Não se pode servir a dois senhores. É vergonhoso, humilhante, incompatível,
antiético, o cidadão ser eleito para defender os interesses da categoria
trabalhista e, posteriormente, coligar-se com o patronato do futebol. No “jargão”
sindicalista quem adota tal prática é reconhecido como “pelego”. Aliás, a arbitragem brasileira está infestada de "pelegos" que nada mais fazem do que defender suas ambições e interesses pessoais, enquanto aqueles que os elegeram estão "chupando os dedos".
PS:
a continuidade do modelo sindical em voga praticado pela Anaf, associações e sindicatos,
conduzirá em curto espaço de tempo a arbitragem brasileira do último lugar do
vagão diretamente para o “bagageiro”.
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