terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Cinco faces



A revelação de que apenas os sindicatos de árbitros de futebol dos Estados do PARANA, RIO G. DOS SUL E SÃO PAULO, estão com a documentação regularizada perante o ministério do Trabalho e Emprego, expõe cinco faces: a primeira, desnuda e esclarece a verdadeira situação sobre as associações e sindicatos de árbitros de futebol em todo o País.

A segunda,  explicita a desorganização, o desleixo, o amadorismo e, sobretudo, a falta de conhecimento jurídico dos “líderes” sindicais de como preparar a documentação adequada, para ser protocolada perante a Coordenação Geral de Registro Sindical, órgão vinculado ao ministério do Trabalho e Emprego em Brasília, visando a obtenção da (Carta Sindical).

A terceira, determina aos “líderes” sindicais que é imperativo descentralizar as discussões, ações, deixar a arrogância de lado e calçar as sandálias da humildade.  Porque da forma como estão sendo realizadas as tratativas, o sindicalismo rudimentar que vem sendo praticado há vários anos, continuará propiciando benefícios a meia dúzia do status quo vigente, ou seja, aos dirigentes das associações que são maioria e não levará a arbitragem a lugar nenhum.


Inclusive, as denominadas "Reuniões de Trabalho" e os "Congressos da Anaf" se não mudarem o foco, continuarão com o círculo vicioso de proporcionar aos dirigentes das associações nessas reuniões e congressos, o aumento das milhas de viagem, a “felicidade” de conhecer o Brasil e a estadia em hotéis de primeira linha, enquanto aqueles que bancam com suas mensalidades o "tour" pelo País afora, os associados, ficarão “chupando os dedos”.
 
A quarta, diz que urge a contratação de um jurista de renome com amplo conhecimento sobre a Constituição do Brasil, da (CLT) Consolidação das Leis do Trabalho, Estatuto do Torcedor e das lides sindicais. No mundo globalizado não há espaço para amadores ou semiamadores – exige-se cada vez mais, profissionais de excelência independente da área de atuação.

A quinta, depois da jurídica a mais importante: escolher dois interlocutores de peso político -(um) na Câmara dos Deputados e outro no Senado Federal em Brasília, que se identifiquem com as causas do árbitro de futebol. Não adianta ter como representante no Congresso Nacional, pessoas que foram eleitas com a bandeira do "esporte", mas possuem vínculos com a CBF e as federações de futebol. O interlocutor alçado pela (Anaf) Associação Nacional de Árbitros de Futebol em Brasília, o ex-árbitro Evandro Rogério Romam, é vice-presidente da Federação Paranaense de Futebol. Ponto. O resto é blá-blá-blá.

PS: Assim como noticiei a real situação documental da arbitragem brasileira em nível sindical junto ao ministério do Trabalho e Emprego, deixo como sugestão aqui neste espaço, as cinco faces que podem ser melhor lapidadas e mudar substancialmente os rumos da confraria dos homens do apito do futebol brasileiro. 

PS(2): Até porque, a persistir o atual diapasão, a saga dos homens que manejam o apito e as bandeiras no futebol brasileiro, continuará "ad aeternum" de lutar por escalas tal qual um náufrago em alto mar.       

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