quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Superar o subdesenvolvimento, eis o desafio de Seneme

     David Ellaray irá apresentar uma versão mais simplificada das Regras de  Futebol

A coluna “O significado de Seneme na Conembol”, provocou indignação entre os áulicos e sediciosos que gravitam e labutam na arbitragem brasileira. Este colunista esclarece que não é amigo e muito menos inimigo de Wilson Luiz Seneme – o articulado foi enfático, quando traçou um Raio-X do que aconteceu com Seneme quando foi indicado ao processo pré-seletivo à Copa do Mundo de 2014.

Ato contínuo, o fato repetiu-se com Heber Roberto Lopes e Leandro Vuaden - todos reprovados e vitimados por um sistema anacrônico, que beira o subdesenvolvimento e há décadas oprime e impede o desenvolvimento do homem do apito do nosso futebol.

Subdesenvolvimento que é não privilégio do árbitro brasileiro - mas, uma característica com raríssimas exceções de todo o homem de preto da América do Sul. Subdesenvolvimento que ficou caraterizado quando do teste YO-YO, dias antes do Mundial no Brasil com os árbitros da Conmebol.

Subdesenvolvimento que fica evidenciado a cada divulgação dos melhores apitos do planeta, pela (IFFHS) Federação Internacional de História e Estatística do Futebol, entidade reconhecida internacionalmente pela sua idoneidade.

Subdesenvolvimento que ficou explícito quando os árbitros Enrique Osses (Fifa/Chile) e Wagner Reway (Asp/Fifa/Brasil), entrevistados por este colunista, expuseram sobre a estrutura que vivenciaram por ocasião do Workshop que participaram na sede da UEFA em Nyon, (Suíça).

Subdesenvolvimento que é explicitado todas as vezes que apitos e bandeiras do quadro da FIFA da Conmebol e CBF, quando submetidos ao “temível” teste físico da entidade internacional, sob os olhares “imutáveis” de instrutores internacionais são reprovados.
Subdesenvolvimento que é exposto na ausência de intercâmbio entre os árbitros e os dirigentes da arbitragem Sul-americana e europeia. 

Não se vê por exemplo aqui no Brasil ou na Conmebol, um seminário ou painel com a presença de personagens da arbitragem como Mike Riley da Premier League, Pierluigi Collina e Hug Dallas UEFFA, David Ellaray, diretor do Centro de Excelência de Formação de Árbitros (CORE) da UEFA ou Werner Helsen o P.h.D. em educação física e instrutor dos árbitros da FIFA e da UEFA.

Aliás, o ex-árbitro da Premier League, David Ellaray, a pedido do IFAB desenvolveu ao longo de dezoito meses, um estudo que irá mudar a nomenclatura das Regras de Futebol, tornando-as mais fácil de lê-las, interpretá-las e aplicá-las. A nova versão das leis do jogo será apresentada à comunidade do futebol, na 130ª Reunião Anual do Board que ocorrerá no próximo dia 5 de março em Cardiff.
  
Portanto, a coluna teve como objetivo precípuo, expor de maneira modesta ao futuro dirigente do Comitê de Árbitros da Conmebol, Wilson Seneme, dada a sua importância, as deficiências e os acontecimentos pretéritos da arbitragem Sul-americana, muitos dos quais Seneme vivenciou como árbitro.

E, por consequência, Seneme de acordo com as condições que lhe forem concedidas pela direção da Conmebol, possa mudar gradativamente o status quo de subdesenvolvimento que grassa na arbitragem da América do Sul.

   

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