sexta-feira, 8 de abril de 2016

Anaf: Tem que mudar o conteúdo do CD e do DVD

    Marco Antonio Martins presidente da Anaf
O título da matéria que noticiou os acontecimentos da 40ª assembleia de trabalho da Anaf: “arbitragem unida rumo a novas conquistas”, traz um enorme hiato entre o que propaga a entidade e a realidade que contempla a categoria dos apitos e bandeiras do futebol pentacampeão nos últimos anos. Não há conquista, pelo contrário, após o reconhecimento da atividade do árbitro de futebol como profissional, em outubro de 2013, a coisa parou. Ponto.


Quantos e quais foram os árbitros e assistentes que atuam nas competições da CBF, que, foram contemplados nos últimos dois anos com um “naco” dos milhões de reais dos patrocínios, que, é estampado nas mangas e nas costas das camisas?

Quantos sindicatos foram criados após o reconhecimento da atividade do árbitro como profissional? Como explicar o “fiasco” de que apenas três sindicatos de árbitros (Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo) estão ativos perante a Coordenação de Registro Sindical do ministério do Trabalho e Emprego?

Cadê as ações referentes ao direito de arena e de imagem dos confrontos da atual Copa do Brasil que está em andamento? A Anaf irá se posicionar perante os clubes que irão disputar as (380) partidas da Série (A), os (380) jogos da Série (B) e demais prélios das Séries C e D, que irão iniciar nos próximos dias, sobre o direito de imagem e/ou arena?

Qual é a expectativa que a Anaf tem a oferecer aos seus associados para esta temporada? Comemorar com alarido o percentual de 0,5% como direito de imagem de um torneio não oficial – a primeira liga, com (12) equipes, onde meia dúzia de apitos e bandeirinhas da (BA, MG, RS e SC) laboraram é muito pouco ou praticamente nada.

A grande pergunta é: Quando é que a diretoria de Anaf irá apresentar um projeto de alto nível, que mude o perfil qualitativo, financeiro, de credibilidade e a história da arbitragem brasileira para melhor? Arbitragem que ocupa o último vagão do futebol e está a caminho de ser lançada no bagageiro.

PS (1): Pois do contrário, as reuniões e congressos da Anaf realizados duas vezes ao ano, continuarão proporcionando o aumento das milhas aéreas aos dirigentes das associações e sindicatos – a felicidade à esses mesmos dirigentes de fazerem um tour pelo Brasil e conhecerem várias cidades. A oportunidade inédita aos sindicalistas de se hospedarem em hotéis de ponta, trocarem de mesa e variar de cardápio a cada reunião e congresso.

PS (2): O CD e o DVD narrado pela Anaf, contando o que acontece nas reuniões e nos congressos expirou. Tem que criar outro com conteúdo diferenciado urgente, porque ninguém acredita mais no que vê e ouve.

PS (3): Em função do texto em tela, Marco Antônio Martins presidente da Anaf se manifesta a respeito do direito de imagem à este colunista com o seguinte teor: Caro Bicudo, ou vc não está informado ou esta usando de má fé. A Anaf junto com os árbitros impetrou ação que está tramitando no Rio de Janeiro em relação ao direito de imagem. Estou cansado de  mentiras. Deus deu as pessoas o direito de falar o que quiserem, a humanidade criou a ética para ser seguida por homens de bem. As respostas à vc a partir de hoje de forma oficial no site da ANAF.

PS (4): Então vamos lá: Não estou mal informado e nem utilizando de má-fé em relação ao tema direito de imagem, como qualquer assunto abordado neste espaço. É verossímil a informação de que há uma ação sobre o direito de imagem ajuizada no Tribunal de Justiça/RJ. Ação que num primeiro momento, por desconhecimento da Anaf e/ou do jurídico ou outras razões de quem a impetrou, foi ajuizada na Comarca de Recife (PE). Tanto é verdade que o juízo da terra do frevo, remeteu no final do ano que passou a indigitada ação para a Justiça carioca, sede da Rede Globo de televisão, detentora dos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro.

PS (5): Direito de imagem que se não for conduzido de maneira equilibrada, jurídica e política, poderá ter o mesmo destino do direito de arena que foi ao beleléu. A matéria elenca que dado o diálogo com os dirigentes da Primeira Liga e a concessão do percentual de 0,5% aos árbitros que laboraram naquela competição, seria de bom alvitre a Anaf oficializar os clubes sobre o assunto. Os que estão disputando a Copa do Brasil e aqueles que disputarão as demais competições da CBF nesta temporada. Ponto. 

 

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