Marco Antonio Martins presidente da Anaf
O título da matéria que noticiou os acontecimentos
da 40ª assembleia de trabalho da Anaf: “arbitragem unida rumo a novas
conquistas”, traz um enorme hiato entre o que propaga a entidade e a realidade
que contempla a categoria dos apitos e bandeiras do futebol pentacampeão nos
últimos anos. Não há conquista, pelo contrário, após o reconhecimento da
atividade do árbitro de futebol como profissional, em outubro de 2013, a coisa
parou. Ponto.
Quantos e quais foram os árbitros e assistentes que
atuam nas competições da CBF, que, foram contemplados nos últimos dois anos com
um “naco” dos milhões de reais dos patrocínios, que, é
estampado nas mangas e nas costas das camisas?
Quantos sindicatos foram criados após o
reconhecimento da atividade do árbitro como profissional? Como explicar o
“fiasco” de que apenas três sindicatos de árbitros (Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo) estão ativos perante a Coordenação de Registro
Sindical do ministério do Trabalho e Emprego?
Cadê as ações referentes ao direito de arena e de
imagem dos confrontos da atual Copa do Brasil que está em andamento? A Anaf irá
se posicionar perante os clubes que irão disputar as (380) partidas da Série
(A), os (380) jogos da Série (B) e demais prélios das Séries C e D, que irão
iniciar nos próximos dias, sobre o direito de imagem e/ou arena?
Qual é a expectativa que a Anaf tem a oferecer aos
seus associados para esta temporada? Comemorar com alarido o percentual de 0,5%
como direito de imagem de um torneio não oficial – a primeira liga, com (12)
equipes, onde meia dúzia de apitos e bandeirinhas da (BA, MG, RS e SC)
laboraram é muito pouco ou praticamente nada.
A grande pergunta é: Quando é que a diretoria de
Anaf irá apresentar um projeto de alto nível, que mude o perfil qualitativo,
financeiro, de credibilidade e a história da arbitragem brasileira para melhor?
Arbitragem que ocupa o último vagão do futebol e está a caminho de ser lançada
no bagageiro.
PS (1): Pois do
contrário, as reuniões e congressos da Anaf realizados duas vezes ao ano,
continuarão proporcionando o aumento das milhas aéreas aos dirigentes das
associações e sindicatos – a felicidade
à esses mesmos dirigentes de fazerem um tour pelo
Brasil e conhecerem várias cidades. A oportunidade inédita aos sindicalistas de
se hospedarem em hotéis de ponta, trocarem de mesa e variar de cardápio a cada
reunião e congresso.
PS (2): O CD e o
DVD narrado pela Anaf, contando o que acontece nas reuniões e nos congressos
expirou. Tem que criar outro com conteúdo diferenciado urgente, porque ninguém
acredita mais no que vê e ouve.
PS (3): Em
função do texto em tela, Marco Antônio Martins presidente da Anaf se manifesta
a respeito do direito de imagem à este colunista com o seguinte teor: Caro Bicudo, ou vc não está informado ou
esta usando de má fé. A Anaf junto com os árbitros impetrou ação que está
tramitando no Rio de Janeiro em relação ao direito de imagem. Estou cansado
de mentiras. Deus deu as pessoas o direito de falar o que quiserem, a
humanidade criou a ética para ser seguida por homens de bem. As respostas à vc
a partir de hoje de forma oficial no site da ANAF.
PS (4): Então
vamos lá: Não estou mal informado e nem utilizando de má-fé em relação ao tema
direito de imagem, como qualquer assunto abordado neste espaço. É verossímil a
informação de que há uma ação sobre o direito de imagem ajuizada no Tribunal de
Justiça/RJ. Ação que num primeiro momento, por desconhecimento da Anaf e/ou do jurídico ou outras razões de quem a impetrou, foi
ajuizada na Comarca de Recife (PE). Tanto é verdade que o juízo da terra do
frevo, remeteu no final do ano que passou a indigitada ação para a Justiça carioca, sede da
Rede Globo de televisão, detentora dos direitos de transmissão do Campeonato
Brasileiro.
PS (5): Direito
de imagem que se não for conduzido de maneira equilibrada, jurídica e política,
poderá ter o mesmo destino do direito de arena que foi ao beleléu. A
matéria elenca que dado o diálogo com os dirigentes da Primeira Liga e a
concessão do percentual de 0,5% aos árbitros que laboraram naquela competição,
seria de bom alvitre a Anaf oficializar os clubes sobre o assunto. Os que estão
disputando a Copa do Brasil e aqueles que disputarão as demais competições da
CBF nesta temporada. Ponto.
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