Marin à esquerda, manteve a prática de Ricardo Teixeira de aceitar sindicalistas para desempenharem a função de assessor e/ou delegado de arbitragem nos campeonatos da CBF, que, vem sendo confirmada por Marco Polo Del Nero à direita.
A
Constituição Brasileira promulgada em 1988 propiciou à classe trabalhadora se
organizar em associações e sindicatos - e, por extensão, via estas entidades
pleitearem melhorias salarias, melhores condições de trabalho, de saúde e,
sobretudo, dignidade ao trabalhador independente do seu labor. Também
preceituou que os líderes sindicais eleitos, pudessem se licenciar com
imunidade da sua atividade laboral, e, se dedicassem exclusivamente
a atender as demandas da categoria que o elegeu.
Com
o passar dos anos o sindicalismo brasileiro sofreu distorções ao arrepio do que
consta na lei, e, gradativamente uma plêiade de sindicalistas passou a jogar
dos dois lados. Ou seja, estão com parte do corpo “trabalhando” pela classe que
representa e a outra parte associada ao patronato. Alguns dos denominados
sindicalistas ultrapassaram todos os limites do tolerável e de forma
despudorada agem abertamente em acordo o patronato que os mantém sob
“cabresto”. Esta prática nefasta ganhou a denominação de “peleguismo”.
Disseminado
tal qual metástase no corpo humano, esta moléstia não
poupou nem mesmo a arbitragem do futebol brasileiro. É comum observarmos a
presença de árbitros de futebol em plena atividade nas federações e na CBF, no
comando de associações e sindicatos. Tornou-se normal, dirigentes de
associações e sindicatos dos homens de preto, ocuparem diferentes funções nas
federações de futebol, na CBF e nas cooperativas que estão sob investigação do
ministério Público Federal do Trabalho.
Para
que o leitor tenha ideia do cinismo daqueles que agem como pelegos e dos que
aceitam o peleguismo, até o Campeonato Brasileiro, considerado o suprassumo da
CBF foi “invadido” por esta moléstia.
Entra
ano sai ano e lá estão os dirigentes das associações e sindicatos que, pela lei
deveriam estar no exercício das suas atividades sindicais. No entanto, estão
exercendo as funções de assessores e/ou delegados de arbitragem em todas as competições da CBF - (assessores e/ou delegados de arbitragem), cuja função
precípua é elaborar relatório sobre o desempenho da arbitragem, justo,
equilibrado e tecnicamente correto), no mais importante torneio do futebol
pentacampeão. Afinal, quem manda no Brasileirão?
A
manutenção da designação dos dirigentes de associações e sindicatos, para
laborarem nas funções aqui mencionadas, apequenam a CBF e o futebol brasileiro. Apequena
a Relação Nacional de Árbitros de Futebol (Renaf). Apequena o quadro de assessores e/ou
delegados de arbitragem da CBF. Apequena as associações e sindicatos da confraria
do apito. Apequena
e coloca sob “suspeita” a veracidade do relatório confeccionado por este tipo
de pessoas. A principal derrotada neste imbróglio, é a arbitragem brasileira.
Nenhum comentário:
Postar um comentário