No
dia 15 de janeiro de 2002, o secretário-geral da FIFA a época Michel Zen Ruffinen,
anunciou que a partir daquela data de acordo com o artigo (15) do Regulamento
de Organização da Arbitragem da entidade que controla o futebol no planeta,
estava autorizada a exibição da propaganda nas mangas das camisas da arbitragem
de futebol em todo o universo.
Na
ocasião, invocando o artigo em tela, Zen-Ruffinen, elencou que em hipótese
alguma o patrocínio da arbitragem poderia criar conflito de interesse com
nenhuma equipe participante do campeonato, onde o árbitro estivesse atuando.
Caso isso acontecesse, o árbitro não poderia utilizar o mesmo patrocín6io
estampado na camisa do clube, porque estaria em desacordo com o disposto no
artigo 15.
No
mesmo artigo foi especificado que o patrocínio na indumentária da arbitragem,
só é permitido nas mangas das camisas. E a parte frontal da vestimenta é
específica para os escudos oficiais e emblema da associação membra, e não pode
ter nenhum tipo de publicidade. É proibido também alocar qualquer tipo de
publicidade na parte dorsal da camisa, diz a FIFA.
Zen
Ruffinen anunciou também que os valores financeiros arrecadados com as
logomarcas estampadas nas mangas das camisas da arbitragem, deveriam ser
revertidos na sua totalidade em benefício de cursos de formação e capacitação
dos árbitros sobre as REGRAS DE FUTEBOL e diretrizes do (IFAB) - treinamento
físico, ensino de outros idiomas, sobretudo, o inglês a língua oficial da FIFA.
Logo
após a fala de Zen Ruffinen, os árbitros da Espanha
foram escolhidos pela entidade internacional para a realização do primeiro experimento.
Posteriormente, os apitos franceses num gesto audacioso celebraram contrato com
uma famosa rede de lojas e foram os primeiros a obterem lucros financeiros com
a publicidade.
Além
de descumprir o estipulado no Regulamento de Organização da Arbitragem da FIFA,
a CBF a partir de 2015 passou a explorar uma segunda logomarca nas costas das
camisas dos árbitros que atuam nas suas competições, o que é proibido
pela FIFA.
A
exemplo do patrocínio nas mangas das camisas, a CBF quando implantou no ano
passado, a segunda publicidade na vestimenta da arbitragem, que volto a repetir
é proibida pela FIFA, contou com a omissão e cumplicidade de dois aliados
incondicionais. A Associação Nacional de Árbitros de Futebol (Anaf) e os próprios
árbitros da Renaf. Detalhe: nos últimos meses, a
Anaf premida pela categoria vem se manifestando e recentemente ajuizou uma ação
na Justiça do Rio de Janeiro - onde pede a concessão do direito de imagem á
categoria.
Foto: FERNANDO DANTAS/GAZETA PRESS
Se
quando da alocação do patrocínio nas mangas das camisas lá atrás, o presidente
da Anaf à época e a arbitragem tivessem se posicionado sobre o tema e os demais dirigentes que o sucederam adotassem a
mesma postura, ou seja, que o montante fosse destinado à arbitragem da Renaf
como preceituado no artigo (15), talvez hoje, os apitos e bandeiras não tivessem
que assinar o documento que está sendo distribuído à arbitragem em relação ao direito de
imagem e patrocínio, que, está estampado no uniforme dos árbitros
e assistentes da Renaf, que irão atuar nesta temporada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário