quinta-feira, 14 de julho de 2016

Sem dom, talento e vocação não tem arbitro top de linha

    Pierluigi Collina  na final da Copa de 2002 em Yokohama no Japão/2002 - Alemanha x Brasil - foto: Bob Thomas/Gettyimages

André Rizek, o apresentador do Redação/SporTV, nesta quinta (14), explicitou com brilhantismo o fracasso do São Paulo FC. na Libertadores. No Morumbi, o placar foi São Paulo 0 x 2 Atlético Nacional (Colômbia). Na quarta-feira (13/7), Atlético Nacional (Colômbia) 2 x 1 São Paulo. Portanto, o Tricolor Paulista tomou quatro gols em dois jogos e marcou apenas um.

No jogo do Morumbi, a arbitragem de Mauro Vigliano (FIFA/Argentina), exagerou na expulsão do zagueiro Maicon. Ontem em Medellin, o chileno Patrício Polic errou quando não assinalou pênalti indiscutível no meia Hudson do São Paulo.

Aliás, Vigliano e Polic são fraquíssimos e expuseram deficiências gravíssimas nos pilares técnico e disciplinar nos dois jogos, que deverão ser objeto de análise e correção por parte do Comitê de Arbitragem da Confederação Sul-Americana de Futebol.

Quem se ateve a ler nossas colunas nos últimos dias observou que escrevi a respeito dos erros da arbitragem e suas similaridades. Na Champions League da UEFA, quem assistiu pela televisão desde a fase de grupos, notou erros incríveis de arbitragem durante toda a competição - inclusive na final entre Real Madri x Atlético de Madri. E lá na Europa estão aqueles que muitos consideram os melhores apitos do planeta – opinião que nós corroboramos.

Na Liga da Europa da UEFA, os equívocos dos homens de preto se repetiram com menor ou maior intensidade – na finalíssima,  entre Liverpool (Inglaterra) x Sevilha (Espanha), equívocos do árbitro e dos assistentes foram consumados de maneira reiterada.

Na Copa América Centenário dos EUA, a arbitragem errou desde a primeira rodada - culminando com aquele absurdo no jogo Brasil x Peru, quando o atacante do país andino, Rui Dias, usou a mão para a feitura do gol que eliminou o futebol pentacampeão do aludido torneio.

Na recém-findada Eurocopa, a confraria do apito cometeu erros em cima de erros. Quem assistiu as partidas é testemunha ocular - quem não viu não deve emitir parecer porque aquilo que não se vê é impossível emitir uma opinião.

Independente de que o árbitro é humano e sujeito a erros, da formação, preparação, treinamento, seminário, cursos etc... há três fatores inerentes a quem deseja ser um árbitro top de linha, a exemplo dos grandes atletas das demais modalidades esportivas e que estão em falta em todo o planeta na atualidade: a tríade, dom, talento e, principalmente, vocação.

Vou citar um exemplo universal: Por que Pierluigi Collina foi eleito seis vezes consecutivas, o melhor árbitro de futebol do planeta pela Federação Internacional de História e Estatística do Futebol e pela FIFA? Resposta: Porque era possuidor de dom, talento e vocação. E, também porque, na entrevista que li há poucos dias sobre Collina, ele afirmou que repetia todos os dias nas suas redes neuronais as REGRAS DE FUTEBOL e as Diretrizes do IFAB.

A repetição, diz a neurocientista Suzana Herculano-Houzel, auxilia o cérebro a criar e interpretar. “A repetição individual e coletiva, ajuda os atletas e os times a criar e atingir a excelência, escreveu Tostão na sua coluna do último domingo, na FOLHA DE SÃO PAULO - e é um meio para atingir a excelência”, Idem à arbitragem.     

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