No mesmo documento que abriram mão do direto de imagem à CBF, parte da arbitragem da Renaf, abdicou das logomarcas publicitárias alocadas na vestimenta. Foto: MHDB
Sem
nenhuma conquista expressiva e sem nenhum projeto de relevância em prol da
categoria do apito brasileiro nos últimos três anos, a Associação Nacional de
Árbitros de Futebol (Anaf), anuncia no seu sitio, uma audiência pública, que
terá o Ministério Público do Trabalho (MPT) do Rio de Janeiro, a CBF e a
própria Anaf.
No
site, a Anaf elenca os temas que irá discutir como: a profissionalização,
direito de imagem, sorteio, direito de arena e patrocínios nos uniformes da
arbitragem.
O
direito de arena foi pleiteado pela categoria junto ao canal competente que é o
Congresso Nacional há pouco mais de uma ano. Pleito que, foi vetado pela
presidência da República e, posteriormente, o veto mantido pelo Congresso
Nacional na concessão do referido direito aos homens de preto.
Na
querela do direito de arena, faltou consistência jurídica da Anaf na elaboração
da petição, e um trabalho político de alto nível perante os “caciques”
políticos de Brasília. “Caciques”, que decidem os temas que devem entrar em
pauta na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, e, por conseguinte,
aprovados.
Na
questão política do direito de arena, o equívoco da Anaf foi descomunal -
quando elegeu como timoneiro do pleito, o ex-árbitro e vice-presidente da
Federação Paranaense de Futebol Evandro Rogério Romam - deputado de primeiro
mandato, Romam, sem conhecimento adequado de como as pedras do tabuleiro do
xadrez politico da capital federal devem ser mexidas, fracassou
vertiginosamente. Resultado: “Deu chabu”. O direito de arena só tem um caminho:
tem que recomeçar do zero e retornar novamente ao Congresso Nacional.
Outra
questão arguida pela Anaf, diz respeito ao direito de imagem - há uma ação sobre
o fato, que foi erroneamente ajuizada na Comarca de Recife (PE). Ação que foi
remetida corretamente a circunscrição do Rio de Janeiro -, e encontra-se na 8ª
Vara Cível do Fórum Central. A informação é que a indigitada ação está mais
parada do que água de poço.
Já
o direito de imagem, a lei preceitua que: [se houver autorização para sua
utilização por quem solicita por escrito, e esta autorização for concedida,
está equacionado o problema]. Há um grupo de homens de preto da Relação Nacional
de Árbitros de Futebol (Renaf), que autorizaram a utilização da imagem pela CBF
pelo prazo de vinte anos.
Quanto
aos patrocínios exibidos na indumentária da arbitragem da (Renaf), que
atuam nos jogos da CBF, há um contingente de apitos e bandeiras que a exemplo
do direito de imagem, assinaram concomitantemente ao nominado direito, documento
abrindo mão do patrocínio do uniforme à CBF.
Já em relação a profissionalização da categoria dos apitadores, é bom lembrar que foi
protocolado em 2002, um pedido de profissionalização, que ganhou a rubrica de
Projeto de Lei Nº 6405/2002. Projeto que perambulou durante onze anos pelos
labirintos do Congresso Nacional. E quando saiu de lá em outubro de 2013,
totalmente descaracterizado, foi sancionado a meia-boca, com o reconhecimento
da atividade do árbitro do futebol brasileiro como profissional. Ponto.
Se
há vontade política da Anaf em mudar algo na profissionalização, não há outro
caminho a não ser Brasília. Por que é lá que são discutidas e aprovadas as leis
em âmbito nacional – leia-se: Câmara dos Deputados e Senado Federal.
Sobre o descontentamento do “modus operandi” utilizado pela CBF nos sorteios da
arbitragem, estranho o “descontentamento” dos descontentes - até porque, as
escalas do Campeonato Brasileiro independente da Série (A, B, C, D, Copa do
Brasil) e demais torneios da entidade teem sido bem diversificadas.
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