quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Prestígio em queda

   A confraria dos homens de preto está insatisfeita com o "Modus operandi" da Anaf  - foto: Apito Nacional/Anaf

Convocados pelo site do sindicato dos árbitros de futebol do Rio Grande do Sul (Safergs), os apitos e bandeiras da Federação Gaúcha de Futebol, que, pertencem a Relação Nacional de Árbitros de Futebol (Renaf) - para participarem de uma reunião com a diretoria da Associação Nacional de Árbitros de Futebol (Anaf), na última sexta-feira (9/9), em Porto Alegre (RS), dos (25) homens de preto da terra dos Pampas da Renaf, apenas (7) compareceram a aludida reunião. 

Os principais nomes da direção da Anaf estavam lá na dita reunião - o presidente em exercício Jamir Carlos Garcez, o tesoureiro Salmo Valentin da Silva, o secretário-geral Almir Alves de Melo, o vice-presidente da Região Nordeste Arilson Bispo da Anunciação, o diretor de relações sindicais Ciro Camargo e o diretor do Conselho Fiscal da Anaf e atual presidente do Safergs, Carlos Castro.

Procurei saber os motivos que proporcionaram a fraquíssima presença no evento em tela, e a resposta veio a galope como se diz no Sul. 1) Apesar das constantes reuniões de trabalho e congressos da Anaf nos últimos três anos, não há conhecimento de nenhum projeto de curto, médio e longo prazo para melhorar a situação da arbitragem nacional. 2) Com exceção do reconhecimento da atividade do árbitro como profissional, nenhuma conquista de relevância atingiu a confraria de preto do futebol pentacampeão nos últimos três anos. 3) A atuação da Anaf ficou circunscrita a arrecadar 5% das taxas da arbitragem que labora em todas as competições da CBF - Sendo que 3% fica com Anaf e 2% à associação ou sindicato de onde a arbitragem é originária. 4) É muito pouco a Anaf disponibilizar um advogado aos árbitros, ou assistentes e quarto árbitro, quando estes são denunciados esporadicamente no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). 5) É imperativo a contratação de um diretor jurídico com vasto conhecimento sobre a Constituição do Brasil, a CLT, Lei Pelé, Código Penal Brasileiro (quando houver calúnia, injúria e difamação aos árbitros como neste caso - http://espn.uol.com.br/noticia/628159_diretor-do-juventude-se-revolta-invade-campo-e-mostra-dinheiro-a-arbitro e, sobretudo, com livre trânsito junto as lides sindicais. 

6) A Anaf deve construir lideranças políticas com estofo perante a Câmara dos Deputados e no Senado Federal, objetivando que a categoria tenha uma base referencial quando das suas reivindicações em âmbito federal. 7) A categoria não aprova como representante em Brasília, quem é vinculado a direção da CBF e/ou federações de futebol. 8) A classe quer ser ouvida e participar das reivindicações e das decisões da Anaf, já que, o atual grupo de sindicalistas fracassou nos pleitos de interesse à arbitragem brasileira. 9) Que a Anaf cumpra a Constituição e decida de uma vez por todas, se é a associação ou sindicato que deve representar a categoria junto a entidade nacional. 10) Que  sejam envidados esforços no sentido da obtenção da Carta Sindical do quinto sindicato, independente da posição de Santa Catarina, e, ato contínuo, a criação da Federação Brasileira dos Árbitros de Futebol.

PS: O anseio da confraria do apito brasileiro com algumas exceções, é a repetição de tudo o que temos escrito aqui neste espaço nas últimas matérias. E, por conseguinte, escancara o descontentamento da arbitragem nacional com a forma como a Anaf vem agindo. Resta saber, se há interesse da atual direção da Anaf e demais entidades sindicais em compartilhar as proposições aqui mencionadas com a classe e a seguir colocá-las em prática.

PS (2): Há um movimento silencioso em todo o Brasil da confraria do apito,  para não descontar mais os 5% da taxa de arbitragem à Anaf. 

PS (3): Cruzeiro/MG 0 x 2 Botafogo/RJ, foi dirigido por um trio de arbitragem da Federação Paranaense de Futebol, composto pelo árbitro Rafael Traci (Asp/Fifa) e os assistentes Bruno Boschilia e Luciano Roggenbaum. No afã de “justificar” a derrota a diretoria da Raposa e o técnico Mano Menezes, tentaram transferir a responsabilidade para o assistente Boschilia e o árbitro Traci. A mentira caiu por terra 24 horas depois, no programa BEM AMIGOS da Sportv na segunda-feira(12/9). No Globo Esporte desta quarta-feira (14/9), o lance voltou a ser exibido e a farsa foi outra vez desmascarada. Ainda bem que a CBF tem um sistema de observação eletrônica fidedigna de todos os jogos, o que impede que injustiças sejam perpetradas contra aqueles que cumprem as regras na sua essência.   
  


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