Crédito: CBF
O projeto do árbitro de
vídeo, criado pela CBF e incorporado pelo International Football Association
Board (IFAB), passou por mais uma bateria de testes práticos, entre os dias 26
e 28 deste mês, em Zurique, na Suíça. O diretor da Escola Nacional de Árbitros
de Futebol (ENAF), Manoel Serapião (foto), foi o representante da CBF no
workshop.
Além de Serapião,
participaram das atividades 34 representantes da FIFA, do IFAB e dos países que
já manifestaram interesse na aplicação do árbitro de vídeo: Austrália, Bélgica,
França, Alemanha, Itália, México, Holanda, Portugal, Qatar e Estados Unidos.
Foram feitos exercícios
dentro e fora de campo, simulando o funcionamento do árbitro de vídeo. Os
testes foram feitos com Sandro Schärer, árbitro local da FIFA, e os árbitros
suíços Jonas Erni e Bekim Zogaj.
Atualmente, há uma discussão
mundial sobre qual modelo será aplicado. No projeto da CBF, o árbitro de vídeo
fica em uma cabine, no estádio, e tem acesso às imagens (disponibilizadas,
rapidamente, por um editor) para auxiliar o árbitro principal em quatro
situações fundamentais.
– Nossa prioridade é reduzir
os equívocos e manter a dinâmica do futebol, algo que faz parte da nossa
cultura. O árbitro de vídeo atuaria em lances de erros claros nos casos de gol,
pênalti, cartão vermelho e identificação de jogadores – explicou o coordenador
do Projeto de Desenvolvimento e Implementação do Árbitro de Vídeo, Sérgio
Corrêa, que trabalha para viabilizar os testes no Brasil.
O grupo reunido em Zurique
discutiu os procedimentos de implementação e configurações de tecnologia do
projeto, incluindo a logística no estádio. O IFAB decidiu realizar novos
estudos para ter uma análise científica independente sobre a influência do
árbitro de vídeo nos resultados de arbitragem e os efeitos na dinâmica do jogo.
– Nós entendemos que os
lances de interpretação não deveriam fazer parte do protocolo, pois o jogo
teria que parar para o próprio árbitro principal examinar as imagens. É algo
usado em outros esportes, mas acreditamos que não seja o método mais adequado
para a cultura do futebol – afirmou Serapião.
O IFAB, órgão responsável
pelas Leis do Futebol, supervisionará cada novo teste, com o apoio do
Departamento de Inovação Tecnológica do Futebol da FIFA.
A CBF criou o projeto
pioneiro e testou o árbitro de vídeo de maneira offline (sem comunicação com
árbitro), na final do Campeonato Carioca deste ano. A entidade já manifestou o
interesse de utilização na Série A do Brasileirão 2017, mas precisa da autorização
do IFAB.
A decisão sobre a introdução
definitiva do árbitro de vídeo nas regras do futebol pode ser tomada até 2019,
mas o uso autorizado em competições específicas, apontadas pelo IFAB, deve
ocorrer antes desse prazo.
Fonte: CBF
Fonte: CBF
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