terça-feira, 25 de outubro de 2016

Globalizar a arbitragem é o caminho

    O intercâmbio entre a CONMEBOL e a UEFA, poderá propiciar a presença do árbitro  Nicola Rizzoli (FIFA/ITA), atuando no futebol pentacampeão - Foto: FIFA.com 

Globalização é um conjunto de transformações na ordem política e econômica mundial visíveis desde o final do século XX. Trata-se de um fenômeno que criou pontos em comum na vertente econômica, social, cultural e política, e que consequentemente tornou o mundo interligado.

O processo de globalização é a forma como os mercados de diferentes países interagem e aproximam pessoas e mercadorias. A quebra de fronteiras gerou uma expansão capitalista onde foi possível realizar transações financeiras e expandir os negócios - até então restritos ao mercado interno - para mercados distantes e emergentes. A globalização já atingiu vários setores do esporte, incluso o futebol, mas, ainda não chegou ao árbitro de futebol.

Entendi como globalização da arbitragem, o conteúdo da entrevista do presidente do Comitê de Árbitros da CONMEBOL, o brasileiro Wilson Luiz Seneme, ao Esporte Espetacular, do domingo que passou (23/10). Questionado sobre um provável intercâmbio dos apitos e bandeiras da UEFA, com os homens de preto da CONMEBOL, Seneme de maneira inteligente deixou no ar a expectativa de que o fato poderá acontecer.

O intercâmbio entre a confraria dos apitos da CONMEBOL e da UEFA, teria os árbitros brasileiros atuando nas competições europeias a serem definidas entre as duas entidades, e os juízes europeus laborariam de maneira idêntica nos torneios da CBF.

Teríamos uma troca de experiências de proporções no comportamento cultural da arbitragem, atletas, dirigentes, técnicos, imprensa e os torcedores de todos os envolvidos. Quanto as REGRAS DO JOGO, elas são universal e diz o The IFAB: “Devem ser interpretadas e aplicadas da maneira mais uniforme possível, respeitando as culturas de cada Nação, em todo o planeta”.

Efetivada a interação, analistas com notório conhecimento sobre as Regras do Jogo da CONMEBOL e UEFA, elaborariam relatórios circunstanciados dos fatos de cada partida, que, seriam remetidos para discussão com os dirigentes das duas instituições. E, gradativamente a cada prelio, o processo sofreria lapidações objetivando chegar a um nível de excelência.

PS: R$ 20 milhões ao ano é o custo estimado pela CBF, para a implantação do árbitro de vídeo (AV) na Série (A) do Campeonato Brasileiro. Portanto, não é tão fácil assim como muitos imaginam implementar a tecnologia como auxílio ao árbitro. Além da Austrália, Brasil, Alemanha, Itália, Holanda, Portugal, EUA, recentemente, a Bélgica e a França solicitaram autorização da FIFA e do IFAB para realizarem testes com o árbitro de vídeo (AV).

PS (2): Nesta quinta (27/10), o brasileiro Manoel Serapião Filho, que é o representante da CONMEBOL, no Painel Técnico Consultivo do The International Board (IFAB), participa de Workshop promovido pela FIFA, em Zurique (Suíça), onde irá expor projeto com o uso de imagens da tecnologia, visando auxiliar a arbitragem em lances que fujam do seu campo visual. Serapião e Sérgio Corrêa, têem trabalhado 24hrs por dia no projeto do árbitro de vídeo (AV).

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