Foto: MHDB
A
filosofia do departamento de árbitros da FIFA, que é comandado pelo Dr. Massimo
Busacca, quando realiza avaliação se um árbitro ou assistente, preenche os
requisitos exigidos pela entidade internacional, para atuar nos seus torneios,
inclui uma variedade de tópicos.
1) O pilar
técnico, define o conhecimento do árbitro na interpretação e aplicação das
Regras do Jogo. 2) O pilar físico, mede a capacidade física do árbitro durante
a partida, em jogadas de pequena, média e alta velocidade. 3) O pilar tático, demonstra
o grau da capacidade do desenvolvimento da coordenação psicomotora (agilidade,
destreza e flexibilidade de raciocínio) do árbitro, em obter a melhor posição
ou ângulo de visão no posicionamento dentro do campo de jogo. Ou seja, estar na
posição e no momento certo durante os jogos. 4) O pilar psicológico, expõe o
estado de espírito do árbitro, acoplado ao seu equilíbrio, sua frieza e
imparcialidade nas tomadas de decisões, em confrontos de lances de pequena,
média e/ou alta dificuldade e, sobretudo, nos momentos de forte pressão dos
atletas. 5) Versa sobre o pilar social, que expõe a vida familiar do árbitro,
seu local de trabalho, ambientes que frequenta e seu relacionamento com aqueles
que gravitam no futebol (atletas, cartolas, imprensa, torcedores etc...).
Além do exposto acima, o Manual
de Avaliação da FIFA no que concerne a um árbitro top de linha do século 21,
exige que este profissional tem que ter capacidade intelectual e social, para
fazer a leitura da cultura do país onde vai atuar, dos atletas, dirigentes, técnicos,
torcedores e, por consequência, planejar independente das nuances do jogo, o modus operandi que vai
implementar na partida que vai apitar.
Feito isto, diz a FIFA - As
condições para o árbitro alcançar a consistência e chegar próximo da
uniformidade nas tomadas de decisões, é de praticamente 98,7%.
Rafael Claus (foto/FIFA/SP),
foi o único árbitro do futebol brasileiro deste 2016, que teve a capacidade de
absorver na íntegra o Manual de Avaliação da FIFA, e é na nossa opinião, o ÁRBITRO DO ANO, do Campeonato Brasileiro de Futebol da Série
(A) desta temporada.
Já em relação aos assistentes, ninguém
superou a eficiência de Alessandro Rocha de Matos (FIFA/BA) e Rafael da Silva
Alves (ASP/FIFA/RS). Ambos foram perfeitos em todas as sinalizações nas faltas cometidas pelo
defensor, nas infrações perpetradas pelos atacantes, nas substituições, nas sinalizações
do arremesso lateral, nos tiros de canto, nos tiros de meta e, principalmente,
na mais
sibilina e discutida Regra do Futebol - o impedimento - Regra -11.
PS: Acrescento que o trio de arbitragem em tela,
independente do rodízio diversificado que é aplicado pela CA/CBF, na designação
de árbitros e assistentes nos confrontos, também foram corretíssimos no
trabalho em equipe.
PS (2):
Quanto ao árbitro revelação do atual Campeonato Brasileiro, entendemos que em
função das excelentes atuações que tiveram não só no Brasileiro, mas, nas
demais competições da CBF, são dignos desta menção, após serem promovidos ao
quadro de ASP/FIFA, [Bráulio
da Silva Machado (SC), Bruno Arleu de Araujo (RJ), Eduardo Tomaz Valadão (GO) e
Rodolpho Tóski Marques (PR)]. O nominado quarteto, exibiu crescimento técnico,
tático, físico e psicológico extraordinário - acoplada a facilidade na leitura
das partidas que apitaram neste ano.
PS (3):
Respeitamos as opiniões daqueles
que divergem da nossa opinião em relação ao melhor do trio de arbitragem do
Campeonato Brasileiro de 2016. Outrossim, informo aos divergentes que: “Estou na arbitragem desde 1979, e acompanho
em média de 15 a 20 partidas do futebol brasileiro e internacional por semana.
Bem como, leio, estudo e procuro compreender as REGRAS DE FUTEBOL e as
diretrizes do IFAB todos os dias. Quem foi árbitro, quem lê, estuda e acompanha diariamente
os desdobramentos e as nuances da arbitragem nos diferentes Continentes do
planeta terra, está capacitado a emitir juízo de valor. Já quem não exerceu a
atividade de árbitro, e mesmo sendo árbitro ou ex-árbitro e não acompanha, não lê
e não estuda as REGRAS DE FUTEBOL e as diretrizes do IFAB no cotidiano, não possui credenciais
para analisar, que dirá, emitir conceito a respeito das tomadas de decisões da
arbitragem". Ponto.
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