Após
a decisão histórica do The International Football Association Board (IFAB), no
dia 5 de março que passou, quando a entidade autorizou o experimento com o
Árbitro de vídeo (AV), como ferramenta auxiliar à arbitragem a equacionar
lances polêmicos uma euforia sem precedentes tomou conta dos aficionados do
futebol em todo o planeta. O que se ouviu, leu e falou sobre o tema foi de que,
todos os problemas da arbitragem quanto a interpretação e aplicação das REGRAS
DO JOGO estavam resolvidas.
Ledo
engano. A decisão do (The IFAB) autorizou o experimento do (AV), em competições
não oficiais a exemplo de todas as demais experiências e modificações que a
instituição permitiu e promoveu nas REGRAS DO JOGO, desde a sua fundação do
(The IFAB), em 2 de junho de 1886. Aliás, destaque-se que, é o (The IFAB) a
única entidade do planeta com poderes para autorizar testes e/ou modificações
nas regras que regem o futebol dentro do retângulo verde.
Desde
a sua criação, o (The IFAB) recebe anualmente mais de uma dezena de proposições
para mudar as leis do jogo. Porém, como é formada por pessoas com equilíbrio
acima da média mundial e teem consciência de que o futebol é um esporte
totalmente diferenciado dos demais que se praticam no globo terreste, aquele
corte só autorizou desde a sua fundação [onze modificações nas REGRAS DO JOGO]. A décima
segunda modificação que poderá ocorrer a partir de 2018, o (AV), está sendo
testado em diferentes torneios não oficiais via sistema {Offline].
Testes
concretos sobre o (AV), estão acontecendo nas divisões inferiores da MLS (EUA), no Canadá e na SUPER TAÇA de
futebol de Portugal
– e, no Mundial de Clubes da FIFA, que está sendo realizado no Japão.
É
importante frisar que os testes do (AV), só podem ser efetivados dentro do rigoroso
Protocolo
estabelecido pelo (The IFAB). O que significa parceria com multinacionais de altíssimo
cacife financeiro, tecnologia de primeiro mundo, incluso técnicos versados
sobre o assunto, árbitros, assistentes, quarto árbitro e aqueles que irão
desenvolver a atividade como (AV). Além é claro, de uma gama de testes que
exige muita dedicação e paciência sobre o experimento.
O
resultado é que a euforia de quem imaginou que as experiências com o Árbitro de
Vídeo seriam fáceis, caiu em todo o mundo perto de 80%. Tem gente saindo à “FRANCESA” dos testes do
(AV), porque teve a certeza que o buraco é muito, muito... mais embaixo.
Para
se ter uma dimensão da profundidade e do significado dos testes do Árbitro de
Vídeo, o Mundial de Clubes que está sendo disputado no Japão, a FIFA formou um (pool)
em conjunto com o The IFAB,
a rede de televisão DENTSU/NTV
e o sistema inglês HAWK-EYE
- o denominado (Olho de Falcão). Os testes em cada jogo envolvem
aproximadamente cinquenta pessoas.
PS:
A verdade é uma só: independente das cifras estratosféricas e das inúmeras
nuances que irão acontecer até que se prove 100% da sua eficácia à arbitragem -
o Árbitro de Vídeo só será implantado em competições oficiais como ferramenta
auxiliar aos homens de preto pelo (The IFAB), a partir de 2018 e com um detalhe importante: Só vai utilizar o (AV) quem tiver muita grana e comprometimento com uma arbitragem moderna e, sobretudo, transparente. O resto é
especulação.
PS
(2): Perguntar não ofende: Já que o torneio da Primeira Liga não faz parte do
calendário oficial da CBF e terá arbitragem designada pela Anaf, por que os
cartolas do futebol brasileiro não viabilizaram o experimento do Árbitro de
Vídeo (AV) na competição em tela? Faltou
visão?, tempo?, planejamento?, já que o teste está autorizado há mais de oito
meses?, ou será que é importante ao futebol pentacampeão que o árbitro continue
trilhando o caminho do subdesenvolvimento?
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