domingo, 11 de dezembro de 2016

Árbitro de Vídeo: É para quem tem cacife

                                                              Foto KNVB - Holanda
 

Após a decisão histórica do The International Football Association Board (IFAB), no dia 5 de março que passou, quando a entidade autorizou o experimento com o Árbitro de vídeo (AV), como ferramenta auxiliar à arbitragem a equacionar lances polêmicos uma euforia sem precedentes tomou conta dos aficionados do futebol em todo o planeta. O que se ouviu, leu e falou sobre o tema foi de que, todos os problemas da arbitragem quanto a interpretação e aplicação das REGRAS DO JOGO estavam resolvidas.

Ledo engano. A decisão do (The IFAB) autorizou o experimento do (AV), em competições não oficiais a exemplo de todas as demais experiências e modificações que a instituição permitiu e promoveu nas REGRAS DO JOGO, desde a sua fundação do (The IFAB), em 2 de junho de 1886. Aliás, destaque-se que, é o (The IFAB) a única entidade do planeta com poderes para autorizar testes e/ou modificações nas regras que regem o futebol dentro do retângulo verde.

Desde a sua criação, o (The IFAB) recebe anualmente mais de uma dezena de proposições para mudar as leis do jogo. Porém, como é formada por pessoas com equilíbrio acima da média mundial e teem consciência de que o futebol é um esporte totalmente diferenciado dos demais que se praticam no globo terreste, aquele corte só autorizou desde a sua fundação [onze modificações nas REGRAS DO JOGO]. A décima segunda modificação que poderá ocorrer a partir de 2018, o (AV), está sendo testado em diferentes torneios não oficiais via sistema {Offline].

Testes concretos sobre o (AV), estão acontecendo nas divisões inferiores da MLS (EUA), no Canadá e na SUPER TAÇA de futebol de Portugal – e, no Mundial de Clubes da FIFA, que está sendo realizado no Japão.

É importante frisar que os testes do (AV), só podem ser efetivados dentro do rigoroso Protocolo estabelecido pelo (The IFAB). O que significa parceria com multinacionais de altíssimo cacife financeiro, tecnologia de primeiro mundo, incluso técnicos versados sobre o assunto, árbitros, assistentes, quarto árbitro e aqueles que irão desenvolver a atividade como (AV). Além é claro, de uma gama de testes que exige muita dedicação e paciência sobre o experimento.
  
O resultado é que a euforia de quem imaginou que as experiências com o Árbitro de Vídeo seriam fáceis, caiu em todo o mundo perto de 80%. Tem gente saindo à “FRANCESA” dos testes do (AV), porque teve a certeza que o buraco é muito, muito... mais embaixo.

Para se ter uma dimensão da profundidade e do significado dos testes do Árbitro de Vídeo, o Mundial de Clubes que está sendo disputado no Japão, a FIFA formou um (pool) em conjunto com o The IFAB, a rede de televisão DENTSU/NTV e o sistema inglês HAWK-EYE - o denominado (Olho de Falcão). Os testes em cada jogo envolvem aproximadamente cinquenta pessoas.

PS: A verdade é uma só: independente das cifras estratosféricas e das inúmeras nuances que irão acontecer até que se prove 100% da sua eficácia à arbitragem - o Árbitro de Vídeo só será implantado em competições oficiais como ferramenta auxiliar aos homens de preto pelo (The IFAB), a partir de 2018 e com um detalhe importante: Só vai utilizar o (AV) quem tiver muita grana e comprometimento com uma arbitragem moderna e, sobretudo, transparente.  O resto é especulação.


PS (2): Perguntar não ofende: Já que o torneio da Primeira Liga não faz parte do calendário oficial da CBF e terá arbitragem designada pela Anaf, por que os cartolas do futebol brasileiro não viabilizaram o experimento do Árbitro de Vídeo (AV) na competição em tela?  Faltou visão?, tempo?, planejamento?, já que o teste está autorizado há mais de oito meses?, ou será que é importante ao futebol pentacampeão que o árbitro continue trilhando o caminho do subdesenvolvimento?
 


  

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